- De volta a este lugar, boneca?, diz uma detida com escárnio, olhando Rosa de cima a baixo,
Rosa a encara friamente, tão friamente que a outra não tem escolha a não ser desviar o olhar e sair do seu caminho,
Rosa se senta e coloca as mãos em ambos os lados da cintura,
Ela está com fome, muito cansada, quer dormir e que ninguém se aproxime dela,
Naquele momento, ela ouve a voz de uma policial dizendo que ela será transferida,
Rosa se surpreende quando a tiram da cela e a algemam para transferi-la para a penitenciária de Ezeiza,
Um tempo depois...
Penitenciária Feminina em Ezeiza, Buenos Aires, Argentina.
Rosa e outras detentas descem lentamente de uma van blindada, esta van tem o apelido de "a porca",
É usada para transportar detidos e presos de delegacias para prisões e também para os tribunais para julgamento,
Suas janelas são lacradas e o ar é irrespirável e quando está cheio parece um galinheiro onde ninguém se importa se você vive ou morre durante a transferência,
Os guardas estão protegidos da cabeça aos pés e em suas mãos está sempre o famoso cassetete, que eles usam muito, não importa se você merece ou não ser atingido por ele,
Rosa, ao chegar, percebe que isso é um déjà vu para ela,
Seu pai a torturava muito em situações ainda piores do que essa,
Ela pensou que isso nunca iria acabar e agora pensa que terá que provar seu valor novamente e que ninguém depois disso vai pisar nela, é por isso que ela já decidiu que não vai esperar por um julgamento onde eles já selaram seu destino, ela vai escapar e procurar quem decidiu arruinar sua vida, e quando ela encontrar essa pessoa vai desejar nunca tê-la conhecido,
Ao chegar ao pavilhão,
Todas entram e então as guardas fecham a porta atrás delas,
Sem dizer nada, sem explicar ou avisar, Rosa nota algo ruim no ambiente,
Dez mulheres estão lá dentro, três estão sentadas e o resto está se exercitando, elas ficam em silêncio ao vê-las,
Uma presa as olha e com voz autoritária diz,
- Bem-vindas, princesas!, quem fala é a rainha e portanto aqui se faz o que eu mando,
Então encontrem um canto para dormir,
As outras riem naquele momento,
E ela continua dizendo,
- Aqui o que é meu, é meu e o que é seu também é meu, entenderam?, meu nome é Laura, mas podem me chamar de Égua,
Ah, antes que eu me esqueça?, não escrevam cartas porque ninguém vai lê-las, nem tentem escapar porque vocês não vão conseguir, eu mesma as matarei,
Se souberem rezar, rezem muito, porque se acham que estar aqui é um castigo, não é nada comparado a estar comigo e minhas lobas, posso fazer da vida de vocês um inferno na terra se não obedecerem,
Então, minhas queridas, espero que aproveitem a estadia porque ficaremos juntas por muito, muito tempo,
Então ela continua conversando com as outras como se nada tivesse acontecido,
Rosa procura um lugar, mas logo outra detenta o toma, empurrando-a violentamente enquanto ri alto de sua ousadia,
- Não me olhe assim, garotinha?,
Encontre outro lugar porque este já tem dona!
Pavilhões
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Atualizado até capítulo 76
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