" Na quietude da manhã, a luz invade o quarto,
Refletindo dourado nas paredes, um suave conforto.
O celular vibra, trazendo consigo a realidade,
E a voz familiar, um toque de serenidade.
Entre lençóis macios e o chamado da rotina,
Despertam-se os dilemas, a mente se afina.
Promessas sussurradas, sob o véu da incerteza,
E a busca por respostas, uma eterna travessia.
No terno elegante, no espelho o reflexo,
Um semblante sério, ocultando o complexo.
Entre o escritório e o lar, os desejos se entrelaçam,
E a decisão, um fio tênue que se desata.
No convite ao jantar, um gesto de união,
Entre família e amigos, uma celebração.
A voz ao telefone, o calor do afeto,
E o coração, palco de um eterno dileto."
Alessandro
A luz matinal invade o quarto através das cortinas semiabertas, pintando nuances douradas nas paredes. O toque suave do sol parece contrastar com a turbulência que persiste em minha mente. Ao acordar, sinto a maciez do lençol sob meu corpo, e por um instante, tento me perder na tranquilidade ilusória do momento.
No entanto, a realidade se manifesta abruptamente quando o celular sobre o criado-mudo começa a vibrar, quebrando o silêncio que envolve o quarto. Com a visão embaçada pela sonolência, estendo a mão para alcançar o aparelho, notando o número familiar piscando na tela: Mãe
Com cuidado para não acordar Isabella, que repousa com uma expressão serena ao meu lado, libero-me delicadamente de seu abraço. Levanto-me da cama, procurando um local mais privado para atender à chamada
- Mãe aconteceu alguma coisa?- murmuro, a voz ainda rouca pela noite mal dormida.
Do outro lado da linha, a voz de minha mãe, Rosa, soa com uma mistura de preocupação e drama. - Alessandro, meu amor, você nem mesmo deu bom dia hoje! Pensei que algo terrível tivesse acontecido. Por que você está tão distante, meu filho?- Suspiro, sentindo a pressão aumentar enquanto tento articular uma resposta que acalme as inquietações
- Desculpe, mãe. A noite foi agitada, e eu estava com o pensamento um pouco longe.
A resposta parece satisfazer temporariamente a curiosidade de minha mãe, e, do outro lado da linha, ouço o som suave de um sorriso.
- Imagino, vi suas fotos com Giulia nos tablóides. Fico feliz que vocês estejam se dando bem- ela diz, animada.
A menção de Giulia desperta uma mistura de emoções, e minha expressão se torna uma careta de frustração.
- Malditos paparazzis...- resmungo, deixando transparecer minha irritação.
Então, a voz de minha mãe adota um tom sugestivo, algo que me surpreende.
- Por que você não chama Giulia para vir jantar aqui em casa esta noite? Assim poderia conhecê-la melhor. Seus irmãos também estão ansiosos para conhecê-la.
Um suspiro escapa de mim enquanto pondero sobre a proposta.
- Mãe, não sei se é uma boa ideia neste momento. As coisas estão um pouco complicadas.
Antes que eu possa processar completamente a sugestão de minha mãe, a voz doce de Isabella ressoa ao meu lado.
- Amor...
- Giulia está aí? Posso falar com ela?- minha mãe pergunta ao ouvir a voz de Isabella
Olho para Isabella consciente da promessa que fiz de passar a noite em casa com Isabella. Contudo, a insistência de minha mãe persiste, e um dilema se desenha diante de mim.
- Estamos um pouco ocupados, mãe. Vou falar com ela sobre o jantar depois te dou a resposta. Até mais- respondo, desligando o telefone antes que a mãe continue
Eu sei que a mãe pode ficar nervosa com a negativa, mas a presença de Isabella precisa ser protegida a todo custo.
Isabella, mantendo o olhar fixo em mim
- Quem era?
- Minha mãe... Ela quer que eu convide Giulia para jantar em casa essa noite- confesso, ciente da tensão que paira no ar.
- Mas você prometeu que passaria a noite comigo... Quase não estamos tendo tempo para nós ver, você vive ocupado com o trabalho, e agora essa... Giulia apareceu para complicar mais ainda nossas vidas- Isabella resmunga, lançando um olhar de desaprovação
-;Sei que é difícil para você, eu também gostaria de ter mais tempo. Mas entenda, minha querida, minha vida é complicada, ainda mais agora. Prometo que vou encontrar um tempo para nós- digo suavemente, aproximando-me de Isabella e abraçando-a pela cintura. Um beijo casto nos lábios dela busca amenizar a tensão, mas sei que as incertezas persistem.
- Então... Você não vem esta noite, não é?- Isabella pergunta, buscando clareza em meio às dúvidas.
- Ainda não sei. Te ligo mais tarde para avisar. Agora, preciso me arrumar para o trabalho- respondo, afastando-me de Isabella
Ao voltar para o quarto para trocar de roupa, opto por um terno elegante, um cinza escuro que ressalta a seriedade do meu papel como CEO. A camisa branca complementa o conjunto, e uma gravata azul-marinho adiciona um toque refinado. Observo-me no espelho, ajustando os detalhes para garantir que a imagem transmita a confiança necessária no mundo corporativo.Enquanto finalizo os preparativos, percebo Isabella sentada na cama, seu olhar fixo em mim. Uma expressão de tristeza e ansiedade permeia seus olhos, e o desejo de oferecer conforto cresce em meu peito.
- Preciso ir, Isabella. Prometo que resolvemos isso mais tarde- digo, beijando-a suavemente antes de me afastar em direção ao estacionamento.
...
No escritório, mergulho nas tarefas, mas as palavras de minha mãe ecoam em minha mente. A sugestão de convidar Giulia para jantar na casa dos meus pais ressurge, e, por algum motivo, a ideia começa a ganhar força. Uma sensação inexplicável me impulsiona a chamar Giulia, mesmo que eu mesmo não compreenda completamente esse impulso.
Lembranças do encontro com Giulia, do beijo, do perfume envolvente, da voz melodiosa e do toque carinhoso persistem como um eco incessante. A inquietação interior cresce, e uma decisão surge: decido ceder ao pedido de minha mãe.
Pego o celular e disquei o número de Giulia, a expectativa e a incerteza misturadas. A ligação é atendida, e a voz de Giulia ecoa do outro lado da linha
- Alessandro... Bom dia- saúda Giulia, e o tom de sua voz traz uma melodia suave que parece desacelerar o ritmo frenético do meu dia.
- Bom dia, Giulia. Gostaria de convidar você para jantar na casa de minha mãe esta noite. Ela está ansiosa para conhecê-la melhor- compartilho, sentindo uma mistura de antecipação e nervosismo se entrelaçarem em minhas palavras.Um silêncio paira no ar por alguns minutos, alimentando a incerteza sobre a resposta de Giulia. Então, a voz dela retorna, suavizando as tensões.
- Seria um prazer. Também estou ansiosa para conhecer melhor sua família. Que horas devo ir?- diz Giulia, e um sorriso involuntário surge em meus lábios.
-Passo para te pegar às sete - respondo
- Tudo bem, estarei esperando- responde Giulia, e sua voz carrega um sorriso perceptível, ecoando através do fio da ligação. Um calor reconfortante preenche meu peito, enquanto a antecipação desse encontro ganha contornos mais definidos.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Cleidilene Silva
ansiosa demais!
2025-01-29
0
Wal Laranjeira
Autora posta mais , essa história é maravilhosa 👏👏👏👏👏
2024-03-23
1
Wal Laranjeira
Alessandro, Alessandro, eu estou vendo 😲, esse coração 💗 batendo forte quando vê Giulia
2024-03-23
0