—Tome, beba isto. —Uma semana antes. Jane estava naquele maldito porão, não havia saído de lá desde a última vez e quando Jane observou suas mãos sem as correntes, golpeou o homem rapidamente e pegou a comida junto com a água e os consumiu como alguém que não comia há anos. —Coma devagar, senhorita. O senhor Tesca disse que o seu castigo acabou.
Jane apertou o pão com ódio. «Sete anos... Vou matar meu pai e também aquela raposa da minha mãe», Jane se levantou e ordenou ao homem.
—Leve-me ao meu quarto, quero tirar esta porcaria de cima de mim. —Durante o tempo em que permaneceu castigada, seu pai a obrigou a estudar acorrentada. Em algumas ocasiões, ele permitiu que ela tomasse banho, mas ela tinha que continuar acorrentada. Foi tratada como um maldito cachorro.
—Seus irmãos estão lá em cima.
—Você acha que me importo? —O homem caminhou à frente para mostrar-lhe o quarto certo. Jane caminhou lentamente, fazia muito tempo que ela não caminhava tanto, ela deveria praticar novamente.
Jane entrou no quarto e se jogou na cama, estendeu os dois braços enquanto afundava a cabeça no confortável colchão.
Depois de ficar um tempo deitada, ela se levantou e foi tomar um banho decente. Enquanto esfregava a esponja em seu corpo, o rosto de Jul apareceu como uma fotografia em sua cabeça. Com um sorriso brilhante e o cabelo preto preso em um rabo de cavalo alto.
—Certo, tenho que ir ver meu objeto e matar aquele idiota. —Jane apertou os punhos.
Jane se vestiu e chamou um empregado de lá, sussurrou algo em seu ouvido e então fez um sinal para que ele permanecesse em silêncio.
O jovem assentiu e saiu rapidamente dali. Jane sorriu feliz com o que faria naquela noite. Amanhã ela voltaria para a cidade e não poderia sair da cidade sem deixar uma marca, algo para aquelas mulheres e homens levarem para suas vidas.
O que você faria com alguém que te machucou muito? Fazê-lo pagar em dobro ou acabar com ele?
Um carro preto com vidros escuros, perfeitos para camuflar a pessoa que estava dentro. Estacionou em frente à mansão dos Tesca. As empregadas avisaram a mulher e ela desceu as escadas esperando que fosse seu marido ou seu primeiro filho, que talvez viesse visitá-la.
Jane saiu do carro e sua mãe olhou para ela confusa.
—Olá, mãe, —a mãe de Jane estava usando um vestido preto justo e um chapéu preto com um laço dourado. Ela mantinha o cabelo castanho preso em um coque baixo e estava maquiada sutilmente. —Você parece que vai a um enterro. —Jane gargalhou e sua mãe franziu a testa ainda mais.
—Traga-me a arma. —Jane moveu o dedo em negação e então tirou uma arma da bolsa que carregava e atirou no homem que sua mãe havia ordenado que buscasse a arma.
—Sabe, mãe? Pensei que vocês fossem fortes, mas vocês simplesmente tinham armas e dinheiro. Meu pai e meus irmãos eram muito fracos, com apenas uma gota de veneno e já estavam completamente frios com os olhos revirados e espumando pela boca. Foi muito divertido vê-los se mexendo como minhocas, se contorcendo no chão. Ah... você deveria ter visto.
—O que você fez? —E pela primeira vez Jane viu uma expressão diferente no rosto daquela mulher e não o típico rosto frio e sem emoção.
—O que eles me ensinaram. —Jane apontou a arma para a mãe e apertou o gatilho. O corpo de sua mãe caiu no chão depois que a bala atravessou seu crânio. —Recolham o corpo. —Ela ordenou aos empregados. —Corte-a em pedaços e dê aos cachorros comerem. E matem as empregadas que lhe eram leais. —Os homens obedeceram e foram recolher o corpo.
Jane, por sua vez, se virou e caminhou em direção à floresta. Havia se passado muito tempo e ela se perguntava se ainda caberia naquele abrigo, seu esconderijo secreto.
Enquanto caminhava pela floresta, sentindo a luz do sol em sua pele e olhando as árvores à sua frente com suas folhas amareladas e marrons, era outono.
A cada passo que ela dava, as folhas secas estalavam sob seus pés. Levou algum tempo para chegar ao seu esconderijo, foi difícil porque as marcas estavam desbotadas devido ao tempo.
Quando ela chegou, ela viu o corpo de um estranho à distância, deitado no chão. Ela se aproximou e ficou surpresa ao ver a enorme quantidade de sangue no chão.
—Jul?
Quanto tempo pode durar uma amizade? Um ano, dois ou mais? Eu não sei a resposta.
Jul abriu os olhos lentamente e olhou para o teto esbranquiçado, olhou ao redor e viu belas decorações, pinturas e um cheiro agradável invadiu suas narinas.
Ela tentou se sentar, mas sentiu uma dor no abdômen e gemeu por causa disso. A porta se abriu e isso a alarmou, e ela viu uma mulher vestida como uma empregada entrar e se aproximar dela e medir sua temperatura. A mulher ia se retirar, mas Jul segurou seu braço e perguntou.
—Onde estou e quem é você?
—Na mansão dos Tesca, sou apenas uma empregada. —Ela saiu e deixou Jul pensativa. Ela não sabia por que estava naquela mansão, não queria ter falsas esperanças sobre o retorno de Jane.
—Não, não é possível. —Jul se acomodou na cama novamente, pensando em como escapar de casa, já que em breve ela seria maior de idade e por lei estaria livre de seus tutores. Ela aguentou bem, resistiu muito bem, Jul sorriu enquanto lágrimas rolavam por ambos os lados do seu rosto até molhar suas orelhas. Jane lhe daria um prêmio por isso?
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Atualizado até capítulo 23
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