Capítulo 11

Quando o sinal tocou, a primeira a sair foi a Jane, já que não aguentava mais ficar naquelas quatro paredes extremamente chatas e junto com objetos irritantes.

Jane caminhava sem rumo, era a primeira vez que estava ali, então não conhecia nada. Enquanto Jane observava algumas coisas, sentiu algo duro bater em sua cabeça. Jane segurou a testa e então viu o sangue gotejar rapidamente.

— Sai daqui!

— Pirralha demoníaca, fora!

Os alunos estavam incomodando-a e Jane suspirou, observando aquelas coisas que a tinham feito sangrar. Quando estava prestes a pular em cima de um deles, Jul apareceu e empurrou um menino no chão.

— Não se atreva a machucar a Jane, ela não te pertence! — Jane parou de segurar o ferimento para olhar bem a cena.

— Jul, o que está fazendo? Todos nós sabemos que essa garota é filha do diabo, ela mata gatos e bate em crianças. — Jane tentou se lembrar da parte de bater em crianças e só se lembrou de ter batido na Jul.

— Mentiroso, a Jane nunca bateu em ninguém.

— Pare de defender uma assassina de gatos. — O menino se levantou e empurrou Jul, que caiu no chão. — Se você quer tanto defender essa cadela, tudo bem, agora vamos jogar pedras e lixo na sua cabeça também. — Jul olhou como todos a observavam, feras que estavam prestes a devorá-la. Por outro lado, Jane se virou e se afastou da cena. Jul olhou com tristeza enquanto Jane se afastava e sentiu uma dor no peito.

“Verdade, a Jane nunca vai me defender”, pensou Jul enquanto os alunos se aproximavam para importuná-la. No entanto, uma estudante gritou fortemente e Jul ergueu os olhos, vendo como uma pedra estava enfiada no olho da menina, o sangue escorrendo e manchando o lindo uniforme escolar. Jul ficou assustada ao ver algo tão horrível, o globo ocular tinha sido esmagado e a carne sobressaía ao redor da pedra que estava enfiada no olho.

— O que foi que me fez isso? — Jane apontou para o ferimento na testa. — Bem, eu já sei, só quero quebrar mais coisas. Não deve haver razão para isso, foi o que eles me ensinaram. — Muitos a olharam confusos, Jane falava de uma forma muito estranha.

Jane jogou outra pedra, mais rápido do que a anterior, os alunos começaram a correr e se dispersar pelo pátio. Jane sorriu enquanto atirava mais pedras, até que uma mão segurou seu braço e ela olhou para cima e viu a professora que a havia obrigado a entrar na sala de aula anteriormente.

Jane abriu um grande sorriso e pisou no pé da professora, que gritou e a soltou. Então, Jane, ao ver a mulher curvada olhando para o pé, golpeou-a na cabeça com a pedra que tinha na mão.

Jul observou tudo sentada no chão. Respirando com dificuldade e sem saber o que fazer, estava paralisada de medo.

Será que Jul conhecia a Jane? A resposta era óbvia.

— Pare com isso! — Jane parou de bater na mulher e observou como a professora responsável sacava um rifle e apontava para ela. — Se você não parar, eu atiro.

— Pode atirar, eu não tenho medo da morte. — A mulher olhou com espanto para Jane, que ergueu a mão novamente para bater na mulher que estava agarrada ao pescoço do vestido, com o rosto destruído e irreconhecível.

Então, um homem apareceu e Jane sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo.

— O que pensa que está fazendo, Jenny? — Jane soltou a pedra e se endireitou. Ela não ousou olhar o homem nos olhos. — Ah, vejo que minha filha causou um problema sério. Leve-me ao diretor da escola, vamos resolver isso em particular. — O homem se dirigiu à mulher que estava com o rifle. Ele se vestia de maneira muito elegante, gravata, terno e um longo casaco preto. O cabelo loiro penteado para trás, caindo para os dois lados, e possuía olhos tão bonitos quanto os de Jane, o mesmo tom, o mesmo brilho.

Quando o homem se afastou com a mulher, Jane soltou um longo suspiro de alívio.

— Jane… — Jane olhou de cima para Jul, que se aproximava dela com cautela.

— Não me siga. — Jane ia se dirigir para outro lugar, porém, Jul correu para abraçá-la por trás.

— Eu gosto de você, não, eu te amo. Acredite em mim, este mês sem sua presença me destruiu, não posso resistir a nada se você não estiver ao meu lado. — Jane se virou e olhou nos olhos de Jul, aqueles olhos expressavam tantos sentimentos, que pena, porque Jane não se importava com aquelas bobagens. — Não vá embora, por favor, não se afaste de mim. Use-me, me bata, me corte e, se quiser, me mate, mas, por favor, fique comigo. — Jane sorriu amplamente e assentiu sem dizer nada. Jul estava com os olhos vermelhos, era óbvio que a qualquer momento ela choraria, então Jane a puxou e a abraçou com força enquanto acariciava as costas de Jul.

O que é sentir amor?

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