Capítulo 9

Todas estavam reunidas na casa de Martha novamente, desta vez por uma razão mais importante do que tomar chá enquanto fofocavam sobre os outros.

Raquel acariciou as costas de Martha, tentando tranquilizar a pobre. Que era um mar de lágrimas, sua maquiagem estava borrada, ela parecia destruída.

—Por que eu, Sr. Griffin? —Martha reclamou como uma adolescente no meio da puberdade. E Raquel, junto com Juliana, tentou acalmá-la, as outras também sentiram pena da situação.

—Sério que não podemos fazer nada? Isso é um pesadelo —, disse Abigail.

—Podemos fazer justiça com as nossas próprias mãos, ela não é uma criança, é um demônio. Como ela ousou machucar um ser tão inocente? —Juliana se expressou como se fosse um cordeiro branco imaculado. As palavras nem conseguiram sair de sua traqueia ao dizer aquilo.

Horas antes.

Jul saía de casa escondida de seus pais, não queria ver a cara de nenhum deles ou ter que passar o dia inteiro junto com seu pai. Que parou de ir trabalhar como fazia com frequência e estava mais presente em casa, portanto, ficar lá seria como cavar sua própria cova.

E quando cruzou a cerca da casa de Martha, viu Jane carregando o Sr. Griffin e saindo silenciosamente pela cerca. Não era tão cedo, mas alguns ainda não tinham acordado, incluindo a Sra. Martha.

Jul seguiu Jane, vendo-a entrar na floresta, Jul a seguiu de perto sem ser notada. Vendo a direção que Jane estava tomando, ela estava indo para o esconderijo secreto. Quando Jane estava na frente do esconderijo, amarrou o Sr. Griffin em uma árvore com uma corda e então entrou para procurar ferramentas.

—Jane, o que você está fazendo? —Jul parou de se esconder e a enfrentou cara a cara.

—Pensei que você estaria sempre se escondendo. O que estou fazendo? Não pergunte coisas óbvias. —Jane levantou a faca e a enfiou no pescoço do gato, que miou de dor enquanto sangrava e lentamente sua voz desaparecia.

—Por que você fez isso! —Jul empurrou Jane para longe do gato e se aproximou para ajudar o gato.

—O que você acabou de fazer, Jul? Fora da minha vida! Se você não está disposta a me ver como eu sou, saia. Eu nunca me fiz de inocente, então por que você está confusa? —Jane perguntou magoada, na verdade era a primeira vez que ela sentia aquele tipo de dor. Ela se levantou chateada e pegou a faca. —Eu sei, se eu enfiar essa belezinha em você, vou me sentir melhor. —Jul se afastou assustada. Mas, seu estado de choque não a deixou nem ficar de pé.

—Desculpa, não queria te empurrar. É que eu sempre brinquei com o Sr. Griffin e ele é como um amigo e você ter feito isso com ele me chateou muito. Desculpa, eu não vou fazer nada assim, então não se afaste de mim, eu gosto de você. —Jane continuou olhando para ela com aquela cara de brava, mas abaixou a faca e a jogou na neve, manchando o chão de vermelho. Branco e vermelho, que bela combinação.

—É que ele era meu amigo... —Jane imitou a voz de Jul zombando dela e isso fez Jul rir, que começou a rir. Jane se aproximou e pegou a coisa do chão. —Só preciso dos olhos dele, depois te devolvo seu amigo. Você pode ficar com ele mesmo que ele não se mexa. —Jul assentiu e se levantou do chão, tirou a neve da roupa e então entrou junto com Jane.

De volta ao presente.

—Você não disse que ia ficar com ele? —Jane perguntou enquanto observava Jul cavar um buraco no chão.

—Não temos um pote grande o suficiente para caber o Sr. Griffin. Além disso, é melhor dar a ele um enterro adequado. —Jul derramou algumas lágrimas e continuou cavando.

—Um enterro adequado? Meus objetos anteriores não tiveram esse privilégio. Na verdade, os dois me tiraram dos meus objetos. —Jul se virou para olhar para Jane, que tinha um olhar perdido e melancólico ao mesmo tempo. Ela devia estar se lembrando de alguma coisa. —Se você morrer, quer um enterro adequado?

—Não, eu não quero ficar longe de você. A menos que sejamos enterradas juntas. —Comentou Jul.

—Eu não quero nenhum enterro, bem, também não haverá ninguém disposto a me dar um enterro adequado. —Jane falou zombeteiramente.

—Me passa o Sr. Griffin—, Jane chutou o gato e o fez cair no buraco. —Jane!

—Não grite, louca, estou me despedindo do seu amigo—, disse ela sarcasticamente.

—Você pode parar de machucar os gatos, todos os animais em geral? —Essa pergunta pegou Jane desprevenida, que olhou para Jul irritada.

—Se você não gosta de me ver fazer isso, vá embora. Não é tão difícil. Ah, seria chato se eu não tivesse coisas fofas, entende? —Jane explicou meio irritada para Jul.

—Não é o suficiente ter a mim?

—Você quer acabar como as outras coisas? Não, você tem medo. É, volte para o seu mundo perfeito. Eu não quero mais te ver, você está me incomodando muito. —Jane começou a se afastar e quando Jul ouviu seus passos ela se levantou e correu para abraçá-la.

—Eu não vou mais te incomodar, não vou reclamar, só não me deixe. —Jane tirou as mãos dela e a empurrou.

—Droga, Jul. Pare de querer me fazer sua, eu vejo sua manipulação, mas chega. Você é igual a eles, que nojo. —Jane se afastou irritada e Jul caiu de joelhos chorando e arrependida por tentar controlar Jane.

—Não, não, por favor, Jane, me perdoe. Eu realmente gosto de você e de uma forma ou de outra você terá que ficar ao meu lado, ou então eu morro. —Jane ouviu isso, no entanto, ela não parou e continuou seu caminho. —Não! —Jul começou a bater no chão com raiva e soltar gritos bem zangados.

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