18. Olhar de desespero

Stella subiu no palco mais bela do que nunca. Ela cantava e dançava sensualmente com os dançarinos que a acompanhavam. Ritchie até tentava prestar a atenção nela, mas sua preocupação estava na segurança dela. Ele sabia que o fato dela estar ali era uma armadilha que o pai dele estava armando, outro fato que o surpreendeu foi saber que Elias também havia sido convidado.

O fato de ter sido interceptado antes de chegar à mesa, deixava claro que havia uma acompanhante com ele, só que ele queria ter a certeza se era a mesma mulher de antes ou não. Como ele era curioso e sempre dava um jeito de satisfazer a sua curiosidade, ele pediu a Gustav para sondar, e logo o ruivo voltou com um sorriso enigmático:

— Sim, como você previu, ele está acompanhado de uma mulher muito bonita e em nada perde para nenhuma convidada.

— Obrigado Gustav, agora vou te pedir mais um favor já que meu segurança está cuidando da Stella. — Ritchie suspirou. — Descubra o hotel onde ela está.

— Nossa, eu vi que ela é bonita, mas por que está se esforçando tanto?

— Tenho que pedir desculpas a ela, e bem, para a Stella também. Cara, eu realmente não tenho sorte com mulher. - Ele riu.

— Não tem mesmo.

Ritchie viu Gustav se afastar e aproveitou que a maioria dos convidados estavam grudados no palco ovacionando Stella, para tentar se aproximar da mulher que não havia saído da sua mente nos últimos meses. Ele olhou para o aglomerado de pessoas e viu que Elias estava muito interessado no brilho da cantora, então ele poderia se aproximar da mesa sem problemas.

O loiro se aproximou da jovem, que tentava assistir à apresentação por uma pequena fresta entre o jarro e a parede:

— Oi. - Ritchie chamou a atenção dela, que ficou surpresa ao vê - lo.

— O que faz aqui? - Rose falou surpresa.

— Eu te devo desculpas, não sabia que o Tyrant seria tão cruel com você por uma brincadeira. - Ele confessou arrependido.

— Eu sobrevivi, mas não sei se vou ter a mesma sorte se ele te pegar aqui, é melhor ir embora.

— Seu nome?

— Rose, Rose Lewis, agora, por favor, se afaste. - Ela pediu como uma súplica.

— Aqui, esse é o meu endereço e hoje estou em uma suíte aqui no hotel. - Ritchie deixou um cartão sobre a mesa. - Qualquer coisa, pode me chamar.

Rose viu o loiro se afastar e pegou rapidamente o cartão e escondeu em sua bolsa. Seria bom contar com um apoio, mesmo que fosse duvidoso, caso ela quisesse fugir de Elias.

-***-

Rose saiu do banheiro feminino e encontrou o agente de Stella no corredor com um olhar preocupado:

— Graças a Deus é você. - O homem falou aliviado. - Me diz, a Stella está aí dentro?

— Não, está vazio. - Rose respondeu.

— Eu já andei pelo hotel inteiro a procura dela.

— Se acalme, vamos procurar por ela juntos. - A florista suspirou. - Primeiro vamos atrás do ex-namorado dela, o aniversariante que ela falou no salão.

— Ah, sim, você sabe onde ele está?

Ela tirou o cartão da bolsa e para sorte o loiro havia anotado o número do quarto:

— Sei, sim, vamos lá.

Os dois saíram andando pelo corredor até alcançar os elevadores, onde Rose usou seu charme para perguntar ao funcionário sobre o paradeiro de Stella. O rapaz disse que não havia visto a cantora passar por ali e que existia um elevador apenas para os VIPs e que Stella poderia ter subido por lá.

Sabendo dessa informação, logo Rose deduziu que Stella estivesse realmente com o loiro com jeito de príncipe. Pensar naquela situação, meio que a desagradou, mas se eles já tinham um relacionamento de longa data, quem era ela para se meter na história e também, mesmo que seu namoro não estivesse bem, ela ainda tinha Kelvin a esperando em casa.

As portas do elevador abriram no andar presidencial, onde havia quatro suítes. Eles saíram para o corredor, onde Rose reconheceu Cedric de pé em frente a uma porta. O olhar deles se cruzaram e ela fez sinal de silêncio. Para sua sorte, a suíte de Ritchie era a primeira, a deixando levemente distante do cunhado.

Rose acionou a campainha e em segundos a porta se abriu:

— Então você veio. - Ritchie sorriu.

— Stella está com você? - Rose perguntou séria.

— Não.

— Não mesmo? - O agente de Stella falou irritado. - Depois do que você fez hoje cedo, tenho certeza que iria arrumar alguma desculpa para poder convencer a tonta da minha amiga.

— Ok, eu errei, sim, mas não tenho como justificar o que fiz e bem, eu e ela não estamos juntos no momento. - Ritchie respondeu sério. - Agora só um instante, que vou perguntar ao meu pessoal se alguém a viu sair do hotel. Entrem.

Ritchie viu que Rose não se moveu:

— Não vai entrar?

A florista indicou o corredor e logo Ritchie colocou a cabeça para fora para ver o que a jovem indicava, foi então que ele reconheceu o segurança de Elias:

— Ah, não… - Ritchie saiu do quarto e caminhou até a porta onde o segurança estava. - Pai! Estou entrando.

Assim que a porta foi aberta, foi possível ouvir os gritos de Stella. Em seguida, os gritos de Ritchie surgiram. Rose apenas ficou de pé observando de longe, enquanto Cedric parecia em choque olhando para dentro do quarto:

— Moça, corre aqui, preciso da sua ajuda. - O agente de Stella surgiu na porta por onde Ritchie havia entrado.

Rose se apressou e entrou no local que tinha outra porta, por onde o agente a puxou desesperado. Ela nem notou que Ritchie discutia com Elias, sua visão estava cheia de Stella coberta de hematomas e com sinais de estupro. Mesmo não sabendo muito o que fazer, ela pegou um cobertor limpo e enrolou o corpo de Stella, que estava em choque, apenas chorando.

Ela pegou o lençol sujo e retirou da cama com cuidado:

— Stella, eu sei que é difícil e deve estar doendo, mas preciso que se levante e vamos sair daqui para a polícia.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***