Capítulo 18

Após apertarem as mãos como promessa que dariam uma trégua e tentariam se dá bem, Dante foi esquentar comida para ele jantar também. Nenhum dos dois sabiam o que iria acontecer com o tempo, mas tinham que pelo menos conseguir viver no mesmo teto.

Os dois comeram em silêncio, ali na cozinha mesmo. Amélia terminou e se levantou para lavar o prato que sujou. Dante também terminou e estava esperando para lavar o seu, mas Amélia pegou e lavou, quando terminou de lavar ela se dirigiu para a saída da cozinha, Dante se levantou e a acompanhou em silêncio.

— Amélia: Boa noite.

Ela para frente a porta do quarto em que dorme, segurando a maçaneta. Antes que ela pudesse abrir Dante tirou a mão dela de lá e puxou ela para mais perto dele.

— Dante: Concordamos a poucos minutos atrás que tentaremos nos dá bem. Podemos começar com você dormindo comigo.

— Amélia: Concordei me referindo em não brigarmos mais.

— Dante: Qual marido e mulher dormem separados?

— Amélia: Dante...

— Dante: Independente de qualquer coisa, não muda o fato de que casamos e somos um casal, então você dorme comigo.

— Amélia: Não somos um casal.

— Dante: Nos tornamos um a partir do momento que assinamos o papel de casamento.

Amélia olha para Dante ainda sem responder. Assim como ela estava conseguindo tirar as defesas de Dante mesmo que não tivesse noção disso. Dante também estava conseguindo deixar-la desarmada, ela tinha planos além de ir embora, era de nunca se apaixonar pelo Dante e achou que conseguiria, mas agora ela não tinha mais certeza disso.

— Amélia: Você tá estragando todos meus planos, droga!

— Dante: Você não vai embora Amélia, já disse para esquecer isso.

Ela ignora o que Dante falou e entra no quarto que ela dorme. Dante não foi atrás dela e entrou no outro quarto, e como sempre já ficou estressado, ele tirou suas roupas ficando pelado, era acostumado a dormir assim, deitou e colocou uma coberta da cintura para baixo e ficou pensativo, quando Amélia entra no quarto com as roupas na mão.

Ele sorri ficando surpreso e Amélia arruma as poucas roupas que tinha levado para o outro quarto e se deita na cama de lado, Dante coloca a coberta sobre ela e se aproxima dela. Amélia não disse nada, até sentir algo duro encostando no seu bumbum.

Ela olhou por seu ombro e levantou a coberta um pouco, se deparando com Dante nu.

— Amélia: Merda, você dorme assim?

— Dante: Você se acostuma depois.

Amélia solta o ar pela boca e se afasta um pouco dele.

Ambos pegaram no sono, pela manhã Amélia é a primeira a acordar na mesma posição e Dante deitado de barriga para cima.

Ela levanta se sentindo um pouco indisposta, como já era acostumada a ficar as vezes, porém estava sentindo tontura e enjôo, quando viu que iria vomitar ela entrou no banheiro e trancou a porta. Após terminar tomou banho e saiu do banheiro, encontrando Dante mexendo onde ficava suas coisas no closet.

— Amélia: O que tá procurando aí?

— Dante: Onde está os remédios? Medidor de açúcar, insulina, essas coisas?

Ele pergunta ainda procurando e depois para e olha para ela esperando a resposta.

— Amélia: As tiras do medidor acabou e insulina não tem.

— Dante: Além de tudo você também é irresponsável? — pergunta a encarando.

— Amélia: Para de ficar brigando comigo. Eu não tinha dinheiro para comprar.

— Dante: Sua família é rica, não acredito que não tenha dinheiro para comprar um simples remédio.

— Amélia: Meus pais são ricos e não eu, não recebia nada vindo deles.

Amélia percebe que não deveria ter revelado tanto sobre sua relação com os pais. Dante estreitou o olhar, ele já tinha percebido sinais de que ela e os pais não tinham uma boa relação, esse foi só mais um.

— Dante: Se arruma, vamos tomar café e ir ao médico.

— Amélia: Não precisa se preocupar, eu estou bem.

— Dante: Eu acordo com você passando mal no banheiro, e quer me dizer que está bem?

— Amélia: Por que está se preocupando comigo?

Dante para e a encara, ele analisa ela e sua mente se passa muitas coisas.

— Dante: Por que acha que não devo me preocupar? Porque sempre questiona quando quero cuidar de você?

— Amélia: E...você quer cuidar de mim? — pergunta surpresa.

Dante olha para ela e ver suas bochechas coradas, foi a primeira vez que viu, até ela mesmo estava se questionando o porquê de suas bochechas estarem queimando de vergonha e nervoso.

— Dante: Quero. Agora se arruma.

Dante foi para o banheiro tomar banho. Amélia parou e se olhou no espelho pensativa. Ela estava confusa, as palavras de Dante que queria se vingar pelo que ela fez, ainda estavam gravado em sua mente. Ela tinha medo que a mudança repentina dele, fizesse parte de um plano para fazer ela se apaixonar e depois quebrar o coração dela como vingança. Ela não sabia se ele teria coragem de jogar tão sujo a esse ponto. Sua mente estava perdida.

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