Capítulo 10

Sentindo seu corpo fraquejado Amélia abre os olhos, a primeira visão que tem é das costas de Dante, que estava parado olhando por uma janela. Pequenos raios de sol refletia pelo vidro, indicando que já era manhã.

Ao olhar em volta percebe que estava em um quarto de hospital, se inclinou para tentar levantar e sua movimentação fez alguns barulhos chamando a atenção de Dante.

— Dante: Estava esperando você acordar para pedi sua alta. — se aproxima dela.

— Amélia: O que aconteceu comigo?

— Dante: Você convulsionou. Quando chegamos aqui, viram que o açúcar no sangue estava baixo, além de não ter se alimentado direito, tinha uma alta dose de insulina no sangue, agora já está bem.

Amélia suspira, ela estava se sentindo cansada e não era apenas um cansaço físico, sentia como se estivesse perdido uma guerra e isso não era uma coisa que se agradava.

— Amélia: Obrigada por não me deixar morrer.

Dante sentiu uma sensação estranha, pois não imaginava que em algum momento Amélia estaria o agradecendo de algo, não quando ele tinha falado coisas escrotas para ela e quando os cenários formados em sua cabeça eram deles apenas brigando. Isso o perturbava.

— Dante: Você provocou isso? — pergunta ignorando seu agradecimento.

— Amélia: Provoquei o quê?

— Dante: Aplicou uma quantidade a mais de insulina para acontecer algo para não se casar, ou porque queria morrer, vai saber você é maluca.

Amélia sentiu-se insultada. Era inacreditável a capacidade que Dante tinha de a deixar irritada.

— Amélia: Eu já sei que você me odeia, mas não me acuse das coisas sem saber o que realmente aconteceu. Eu armei aquilo na boate sem pensar e você já disse que quer se vingar. Isso não me afeta nem um pouco, é só mais um na lista de quem não tá nem aí se eu estou viva ou morta. Mas, respondendo sua pergunta, eu não provoquei nada disso, se quisesse morrer não estaria te agradecendo.

Amélia falou e se levantou rapidamente, no entanto, devido a sua fraqueza suas pernas tremeram, não tinha nada que pudesse se apoiar mas Dante a segurou.

— Amélia: Me solta, me deixa em paz!

Amélia o empurrou, porém mais uma vez sentiu fraqueza como se fosse desmaiar, ela percebeu que ainda não estava tão bem. Dante em silêncio a ajudou se sentar em uma poltrona, ela não relutou, ele se afastou dela e apoiou uma de suas mãos na parede perto da janela, ele tentava controlar seus pensamentos e sua respiração, as palavras de Amélia deixaram ele atordoado.

Ele olha surpreso, quando ouve fungadas e percebe que ela estava chorando. Aquilo era inédito, ele não tinha se preparado para a Amélia frágil e vulnerável, não sabia lidar. Não conhecia ela tão bem, e as coisas que ouvia sobre ela eram ruins: Problemática, encrenqueira, só vivia aprontando...

Dante sai do quarto tentando aliviar aquela sensação de sufoco que estava sentindo. Ele foi atrás de um médico para dá alta, sua mãe tinha ido quando ele a levou e depois voltou para casa. O médico prescreveu a alta, lhe passou algumas informações e orientou apenas apresentar o papel na recepção.

— Dante: Vamos, está liberada.

Ele fala e a ajuda a levantar, Amélia pensou em relutar, mas sabia que estava indisposta ainda então aceitou sua ajuda e eles caminharam para fora do hospital, Dante a olhava e tentava analisar quem era aquela Amélia, totalmente diferente da versão que tinha criado na sua cabeça.

Deixando esses pensamentos de lado, ajuda ela entrar no carro. Há alguns metros Dante percebe um cara encarando eles fixamente, percebe o momento que Amélia ficou incomodada com o olhar daquele homem.

— Dante: O conhece de algum lugar?

— Amélia: Não! — fala encostando a cabeça no vidro da janela do carro.

Dante dá partida no carro, mas ainda olhou para o homem para registrar o rosto dele na memória.

Quando chegaram em casa, Dante a ajuda mais uma vez a andar, ela não nega, mas estava com uma cara emburrada e se negava a olhar para ele.

Ele a levou para o quarto que seria para ser deles.

— Amélia: Sabe que não vou dormir aqui.

— Dante: Esse quarto é melhor e mais confortável para você, posso dormir em outro se quiser.

— Amélia: Tanto faz. — deita de lado na cama.

— Dante: Quem é o médico que acompanha você?

Essa versão do Dante se importando com ela era nova. Amélia nunca teve nem seus pais se preocupando, primeiro foi sua sogra e agora mesmo que pouco Dante, isso fazia ela usar a armadura que usava para se defender.

— Amélia: Não tenho, agora me deixa sozinha.

Sem dizer nada Dante sai. Amélia acaba dormindo. Dante pediu a sua mãe para contratar especialistas para acompanhar os problemas de saúde de Amélia, eles passaram algumas informações básicas e pediu para marcar consulta para acompanhar.

Depois de algum tempo ele volta e se deita na cama com os braços acima da cabeça pensativo, após passar alguns minutos Amélia que estava de lado se vira e deita em seu peito, ela estava com o olho fechado então ele imaginou que estivesse dormindo e deixou. Sua respiração ficou pesada instantâneamente, ela conseguia mexer com a mente e o corpo dele de uma forma inexplicável, como se tivesse o domínio sobre ele.

Ela inclina a cabeça para olhar-lo e ele percebe que estava acordada, mas continua com os braços acima da cabeça. Ele já estava preparado para ela se afastar, mas ela se aconchegou mais nele fazendo seu coração acelerar por um instante.

As atitudes de Amélia nesse pouco tempo estava o surpreendendo e ele não sabia lidar com isso.

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Comments

Josi Gomes

Josi Gomes

QUEM SERÁ QUE É ESSE ESTRANHO , SERÁ QUE ELA CONHECE O HOMEM E MENTIU , OU ESSE HOMEM ESTÁ VIGIANDO OS DOIS, A PEDIDO DA AURORA

2024-05-05

0

Josi Gomes

Josi Gomes

ESTOU ACHANDO QUE A AURORA MENTIA PARA DANTE , SOBRE AMÉLIA , E POR ISSO ELE PENSA O PIOR DELA

2024-05-05

0

Livia Pereira

Livia Pereira

ah cupido fazendo seu papel lindamente 🏹🏹💘💘💘

2024-04-26

1

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