Capítulo 6

Pela manhã seu pai o avisa que iria chamar os Petrova para uma conversa a noite. Então Dante foi trabalhar tranquilamente e voltou para casa como de costume.

Sua mãe tinha mandado preparar um jantar, a conversa seria tensa, mas eles não iriam receber-los mal ou de qualquer jeito. A família Petrova era amigos da família e um dia quase se tornaram uma só família, já que Dante era noivo da falecida filha: Aurora.

Dante se arruma e veste uma roupa casual, nada demais. Ele ficou no quarto e sua mãe o avisou que eles já tinham chegado. Ao descer as escadas Dante não consegue evitar olhar Amélia com desejo, ela vestia um vestido elegante e com um toque de sensualidade, seus cabelos estavam ondulados por cachos e uma maquiagem leve, porém bem feita. Dante se questionava como ela conseguia mudar para uma mulher sensual tão rápido. Ele desvia seu olhar e termina o percurso das escadas.

— Sofia: Vamos jantar primeiro, depois conversamos.

Todos foram para a mesa do jantar e o silêncio era o enfeite do ambiente, sendo quebrado apenas pelo barulho da movimentação dos funcionários trazendo os pratos. Eles comeram e o som dos talheres eram ouvidos, Dante olhava de relance para Amélia e percebia que ela estava o olhando também.

Após o jantar todos foram para a sala, o clima estava tenso e ninguém tinha falado uma palavra. Eles se sentam e Amélia é a primeira a falar.

— Amélia: Eu preciso falar.

— Filha, vamos resolver, você é a vítima aqui. — mãe de Amélia.

— Dante: Vítima? Só pode ser brincadeira! — fala irritado.

— Amélia: Não mãe, eu não sou vítima nenhuma, o Dante não fez nada de errado eu menti. Estivemos juntos mais eu armei tudo.

Todos ficam surpresos, os pais de Amélia a olham.

— Marco: Acho que não temos mais nada a conversar, não vai ter casamento. — fala firme.

— Sinceramente Amélia, você vive para nos envergonhar, nenhum homem vai querer você e desse jeito vamos te abandonar na rua da amargura sem nada. Vamos embora e em casa conversamos direito. — o pai de Amelia fala a segurando pelo braço.

— Desculpem o transtorno. — mãe de Amélia fala, eles se levantam juntos com Amélia enquanto seu pai ainda segura seu braço.

— Você vai ter a punição que merece já chega! — O pai de Amelia fala novamente e Dante percebe medo no olhar dela, ele fica curioso para saber que tipo de punição seria essa.

— Dante: Eu caso!

Dante que até então apenas observava fala, todos olham para ele de uma vez sincronizado, Amélia arregalou os olhos e ele estava com os olhos fixos nela.

— Sofia: Filho, não precisa fazer isso sabe que não vamos te obrigar.

— Marco: Já foi tudo esclarecido Dante.

— Dante: Ela já confessou que não a obriguei a nada. Estivemos juntos na boate e acabei de decidir que vamos nos casar.

Um sorriso maldoso se forma nos lábios de Dante enquanto ele continua olhando para Amélia, ela balança a cabeça em negação, pois já tinha mudado seus planos sobre a proposta que tinha feito.

— Espero que tenha certeza disso, pois a partir de momento que se casarem ela será sua responsabilidade. — o pai de Amélia fala e pareceu até contente que iria se livrar da filha.

— Sofia: Tem certeza disso filho?

— Dante: Tenho, vamos marcar a data do casamento, não precisa nada demais apenas uma pequena cerimônia aqui mesmo na mansão.

Os pais de Dante se olham e voltam a olhar para ele, que falava ainda olhando para Amélia.

— Marco: Vamos ter uma conversa com nosso filho a sós, amanhã combinamos tudo.

Os pais de Amélia assente, e os pais de Dante o levam até a saída. Dante se levantou do sofá e foi até uma mesinha de bebidas e se serviu. Seu pai e sua mãe param os dois de braços cruzados perto dele.

— Sofia: O que te fez mudar de ideia assim rápido?

— Dante: Nada, apenas decidi, agora todos sabem que sou inocente.

— Marco: Sabe tudo que envolve um casamento na máfia.

Dante ingere um longo gole de bebida e pensa na loucura que será entrar em um casamento sem amor.

— Dante: Estou ciente e decidido. Amanhã vou procurar uma casa, já que vendi a que iria morar.

Dante acaba lembrando da casa que iria morar quando se casasse a anos atrás. Aurora tinha a mesma idade que ele, eles escolheram todos os móveis da casa juntos na época. Essas memórias eram tão distantes que ele não conseguia lembrar de nenhuma emoção que sentia aquele tempo.

— Sofia: A decisão foi sua, então não temos o que fazer apenas aceitar. Vou ajudar-lo a escolher a casa.

— Marco: Vou junto, já que nos aposentamos dos outros assuntos e temos tempo de sobra.

Dante concordou, se despediu de seus pais e foi para seu quarto. A noite foi longa, ele não conseguiu dormir direito pensando em várias possibilidades, não tinha possibilidades nenhuma de dar certo essa loucura que ele estava prestes a embarcar.

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