Capítulo 7

No outro dia era um final de semana, então Dante não se importou em acordar um pouco mais tarde, visto que não iria trabalhar. Como dito no dia anterior ele iria ver uma casa, e seus pais iriam com ele.

Quando estava prestes a descer ele ouve uma conversação na sala, eram várias vozes e todas ele conhecia.

Além dos seus pais, estavam seu irmão Enzo com sua esposa e seu filho, sua irmã Eloise com suas filhas e seu marido. Eles moravam no mesmo condomínio então eram minutos de suas casas.

— Gabriella: Aeee, chegou o noivo! — bate palmas.

— Gisele: O velhinho ranzinza vai se casar.

— Eloise: Sem provocações meninas! — repreende. — Oh meu irmãozinho a gente vai torcer que der certo. — ela vai em sua direção, Dante tentava entender que carnaval era aquele logo cedo.

— Giovanna: Daqui um tempo estaremos cansando os filhos também, acho que estamos ficando velhos.

— Enzo: Tem certeza do que está fazendo?

Todos falavam quase ao mesmo tempo. Dante olha para seus pais que estavam se desculpando pelo olhar, eles não seguraram a língua nem por um dia pelo menos.

— Dante: Já tomei minha decisão! E não precisavam vocês fazerem uma algazarra logo cedo. — Dante fala um pouco estressado, ele não conseguia evitar se estressar tão rápido.

— Sofia: Sabe que somos assim filho. Bom, estávamos te esperando para irmos olhar a casa.

— Eloise: Já que estamos morando no mesmo condomínio, podemos ver algumas por aqui mesmo. É bem melhor ficarmos todos juntos.

— Dante: Vocês também irão?

— Giovanna: Claro! É para isso que estamos aqui.

— Dante: Eu nasci em uma família de malucos.

Ele falou e foi tomar seu café deixando todos na sala. Dante conhecia sua família e sabia que não adiantaria falar, todos iriam de qualquer jeito. Após tomar café, eles saíram em seus carros pelo condomínio que era imenso. Gabriella e Gisele foram no carro com Dante, apesar de gostarem de está sempre provocando o tio, elas também gostavam de está com ele.

— Gabriella: Eu gosto dela, já estudamos na mesma escola e ela era bem legal. Prefiro ela mil vezes do que a...

Dante olha pelo retrovisor estreitando seu olhar.

— Dante: Não continua falando Gabriella.

— Gabriella: É a verdade, sempre falei que a Aurora era uma megera e você só não enxergava porque estava todo apaixonadinho.

Dante freia o carro bruscamente e encosta a testa no volante controlando sua respiração.

— Gisele: Poxa Gaby.

— Gabriella: Desculpa.

— Dante: Nunca mais toca nesse assunto e nem repete esse nome de novo!

— Gabriella: Vou costurar a boca. — fala colocando a mão na boca.

Dante levanta a cabeça e volta a dirigir, os outros carros estavam na frente e ele ver sua mãe fazendo sinal em frente a uma casa que estava com placa de venda, então ele estaciona.

— Sofia: Essa está bonita, mas achei muito pequena.

— Dante: Não precisa exagero nenhum.

— Sofia: Precisa pensar em um lugar amplo e confortável.

— Eloise: Perto de mim tem duas bem grandes.

Todos olham para Dante que parecia está em outro mundo.

— Dante: Vou andar por aí, outro dia eu procuro algum lugar.

Dante sai andando e entra no seu carro novamente, ele dá a partida e dirige em alta velocidade, todos ficaram parados olhando o carro até que sumisse de suas visão. Os homens estavam em um canto conversando, e as mulheres frente a casa.

— Giovanna: Foi uma péssima idéia virmos.

— Eloise: Nunca conseguimos ficar sem participar das coisas, mas acho que exageramos dessa vez.

— Gisele: Ele ficou triste porque Gaby falou umas besteiras para ele.

Gabriella dá um beliscão no braço da irmã que a olha feio. Sua mãe a olha brava.

— Eloise: O que você disse Gabriella?

— Gabriella: Eu disse que prefiro a Amélia, do que aquela lá que morreu e não falei nenhuma mentira.

— Eloise: Todos sabem que ele não gosta que toque nesse assunto, vou te colocar de castigo garota!

Gabriella dá de ombros, os rapazes se aproximam delas.

— Sofia: Vamos embora, deixa ele pensar. Outro dia com calma procuramos algumas opções e mostramos a ele.

— Marco: O que houve dessa vez, porque ele foi embora?

— Eloise: A Gabriella, fez ele lembrar do passado. Entrem no carro as duas, vão logo. — fala e segura as duas pelo braço, seu marido vai junto em seguida e eles entram no carro.

— Enzo: Vou atrás dele.

Enzo entra no carro e sai pelo condomínio. Giovanna sua esposa entra no carro de seus sogros, que deixaram eles em casa e voltaram para a sua.

Dante dirigiu alguns metros e parou perto de uma fonte de água, que fazia parte de uma pracinha dentro do condomínio. Ele ficou olhando e ouvindo o barulho da água jorrando, como se esse som fosse acalma-lo de alguma forma. Alguns minutos já tinham se passado, quando ele ouve seu irmão chegando com o carro, descendo e vindo em sua direção.

Ele se senta em um dos bancos suspirando.

— Dante: Será que ninguém consegue me deixar sozinho uma vez na vida?

Seu irmão apenas se senta ao seu lado, os dois ficam olhando para frente em silêncio.

— Enzo: Tem certeza do que está fazendo?

— Dante: Não.

— Enzo: Uma vida a dois não é fácil, se decidiu casar para se vingar dela, ou fazê-la sofrer é melhor pensar bem.

— Dante: Tá dizendo que eu sou um monstro?

— Enzo: Não, mas eu conheço você irmão. Se tratando de vingança você é pior do que eu.

Dante fica em silêncio. Seu irmão tinha razão e ele não poderia negar.

— Dante: Eu não vou mudar de idéia e haverá casamento.

— Enzo: A decisão é sua, eu já disse a minha opinião. Um casamento é para ser feliz e não o contrário.

Dante volta a ficar em silêncio. Várias coisas se passavam pela sua mente, mas ele estava firme com a sua decisão.

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