Capítulo 13

No outro dia Dante foi trabalhar. Ele não viu Amélia nem na mesa de café, mas sabia que ela não tinha saído novamente. O mesmo soldado tinha ordem para continuar vigiando ela e passar tudo para ele.

Dante foi para a empresa, seu irmão Enzo, estava o esperando para uma reunião com alguém importante, pois Enzo sempre deixava Dante por dentro de todas as decisões.

— Dante: Quem é a pessoa tão importante?

— Enzo: O deputado do Estado.

— Dante: Ele só iria nos procurar se fosse algo sério.

— Enzo: E é, acharam o corpo do filho dele que estava desaparecido a quase um mês. Ele quer nossa ajuda para acabar com quem fez isso. Vamos, ele já deve ter chegado.

Eles se dirigem até a sala de reuniões. O deputado do Estado era um corrupto e tinha associação com quase todas as máfias da Itália, isso era bom para as máfias, já que tinha que ter proteção do estado e até da polícia para as suas movimentações ilegais. Escolher a máfia Bianchi para pedir ajuda, era por conta de ser a mais poderosa e influente da Itália. A decisão de Enzo a anos atrás de acabar com o conselho de membros, tinha diminuído para quase zero a quantidade de traidores e inimigos, trazendo mais aliados e os deixando ainda mais poderosos.

Eles chegam a sala de reuniões, encontrando o Deputado já os esperando.

— Enzo: Deputado! Sentimos muito pela morte do seu filho.

— Dante: Vamos fazer o possível para encontrar quem fez isso.

— Acredito no trabalho de vocês, em troca continuaram tendo proteção do estado.

Dante e Enzo acenam e todos se sentam.

— Então, vocês acham que tem chance de ser alguém da máfia, para me atingir? — ele pergunta.

— Enzo: Alguém da máfia não deixaria o corpo para ser achado.

— Dante: Provavelmente alguém mandou mata-lo.

— Eu suspeitava, tenho certeza que a vadia da mulher dele que foi a mandante. Eles tinham pouco mais de um ano de casamento e ela só esperou engravidar para garantir a herança do filho.

— Enzo: Sentimos muito, iremos descobrir tudo, eu garanto.

O Deputado se levanta e os dois se levantam também, eles apertam as mãos.

— Agradeço, irei esperar notícias.

O deputado se despede e foi embora. Dante e Enzo voltaram para a sala. Enzo queria perguntar para Dante como estava indo o casamento, mas sentia que ainda não era a hora.

Eles trabalharam conversando sobre outros assuntos. Dante ficava sempre com o celular, recebendo informações sobre Amélia e o soldado disse que ela não tinha saído de casa. Ele lutava para não pensar nela, mas ela já estava morando nos seus pensamentos sem permissão.

Pela noite ele volta para casa, assim que chegou viu Amélia em pé frente a piscina e foi até lá, ela quando o ver se aproximando, senta na beirada com seus pés dentro da água.

— Dante: Se alimentou direito hoje?

Amélia o olha sem entender o porquê dele está se preocupando. Ela volta a olhar para frente sem responder nada.

— Dante: Decidiu que não vai falar comigo?

Ela continuou sem responder e Dante saiu e entrou estressado. Ele comeu alguma coisa e subiu para o quarto. Ao subir, ficou na sacada do quarto, onde tinha visão da piscina e via Amélia do mesmo jeito ainda sentada balançando os pés na água. Ele ficou ali a olhando por um tempo, até que ela levantou e olhou para trás, seus olhos se prenderam e apesar da distância era como se estivessem perto um do outro.

Ela vira o rosto novamente para frente e Dante vê ela tirando suas roupas, ficando apenas de roupas íntimas. Dante fica possesso de imaginar os soldados da casa a olhando. A área da piscina estava com pouca iluminação e não daria para ver nitidamente o corpo de Amélia, mas ainda assim ele não gostou, contudo continuou observando. Até que ela começa a tirar também o resto das peças ficando totalmente nua e depois pulando na água.

— Dante: Ela não fez isso.

Dante saiu do quarto descendo as escadas igual a um lobo raivoso. Ele viu todos os homens olhando na direção da piscina e disfarçaram assim que o viram.

— Dante: Quem olhar, vou arrancar os olhos de cada um.

Os homens viraram o rosto de uma vez que era até engraçado de se ver. Dante parou na beirada da piscina fumegante.

— Dante: Sai daí Amélia!

— Amélia: Tem certeza que quer me ver sair maridinho? — provoca.

Dante resmunga e pula na piscina na intenção de tirar-la a força. Amélia ficou nadando e cantarolando fugindo dele, mas ele conseguiu a segurar e prender contra a parede da piscina.

— Dante: Estava chamando a atenção de todos os homens da casa, era isso que queria? — a encara pressionando seu corpo no dela.

— Amélia: Quem eu queria chamar a atenção já está aqui.

Dante fica surpreso com aquilo, ficou ainda mais quando Amélia cruzou as pernas em seu quadril. Ele sente sua respiração falhar e fica impressionado em como ela conseguiu deixá-lo sem ação.

— Dante: Você vai me enlouquecer sua maldita.

— Amélia: Quero que termine o que começou na boate.

Dante quase rosnou e avançou na boca dela em um beijo possessivo, tudo o que ele estava fazendo era se controlar, todas as vezes que chegava perto dela.

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