Capítulo 9

Paradas ali no jardim, afastadas de todos. Amélia esperava que sua sogra falasse. Ela fica um pouco nervosa com aquela sensação de que ninguém gostava dela.

— Sofia: Tenho que ser sincera que não queria esse casamento mesmo não tendo nada contra você, aqui mesmo nesse jantar acabei mudando minha opinião, quando vi como seus pais a tratou, ninguém merece isso. Então só desejo que vocês consigam se dá bem e encontrar o amor juntos. Conheço o filho que tenho, ele não é nenhum santo, mas garanto que ele não vai maltratar você.

Amélia engole seco e não consegue dizer uma palavra, apenas concorda sentindo um nó imenso na sua garganta.

— Sofia: Precisa se alimentar devido a sua saúde, vi que não comeram nada, separei essas coisas para vocês, na geladeira dá casa deixei frutas se preferir. — a entrega a bolsa.

Amélia se sentiu estranha, por mais simples que foram as palavras de sua sogra, ela nunca teve ninguém se importando com ela, muito menos com seus problemas de saúde.

— Amélia: Agradeço, muito obrigada.

— Sofia: Bem vinda a família.

Ela recebe um abraço caloroso e sente uma sensação boa naquele abraço. Sua sogra a leva até a saída onde Dante esperava no carro, Amélia entra com a bolsa e ele dirige.

O percurso para a casa deles foi silencioso, era quinze minutos, sendo no mesmo condomínio dos pais, porém bem distante. Amélia não tinha ido lá e nem sabia como era, Dante tinha ido apenas para levar suas coisas.

Ao estacionar o carro, ambos descem, a entrada estava sem iluminação e tinham apenas alguns soldados fazendo a segurança da casa. Dante digita a senha na porta eletrônica e a abre. Amélia apenas observava todos os detalhes olhando em volta.

Quando entram Dante liga as luzes iluminando o ambiente. Ele vai para o quarto onde as coisas dos dois tinham sido arrumadas, Amélia parecia uma sombra o seguindo sem pronunciar uma palavra. Não parecia a mesma pessoa ousada e falante que era.

— Dante: Pode verificar se suas coisas estão todas aí, fiquei sabendo que seus pais que trouxeram.

Amélia concorda com a cabeça e vai para o closet, Dante não entendia porque ela estava tão silenciosa, isso o incomodava muito.

— Dante: Não vai dizer nada?

— Amélia: Não tenho nada para falar. — fala pegando algumas roupas e pendurando no braço.

Logo em seguida ela vai saindo do quarto, antes que pudesse ultrapassar a porta, Dante a fechou apenas com uma mão impedindo sua passagem.

— Dante: Para onde está indo?

— Amélia: Procurar um quarto para dormir. — se afasta alguns metros dele.

— Dante: Você não vai sair daqui, não se esqueça que agora me pertence. — a olha maldosamente.

— Amélia: Eu não vou servir para ser seu brinquedinho sexual não! Porque mudou de ideia em? Você disse não para a minha proposta e eu já tinha mudado meus planos.

— Dante: Por que? Porque você vai me pagar por ter jogado tão sujo, odeio quando me acusam de algo que não fiz.

Dante fala cada palavra andando em sua direção como um predador, Amélia dá passos para trás conforme ele se aproximava e bate suas costas em uma parede. Ele coloca suas mãos uma de cada lado em volta do seu rosto apoiadas na parede, não deixando escapatória.

— Dante: Tá com medo de mim? Pareceu bem corajosa quando armou aquilo tudo, eu deveria terminar o que começou naquela maldita boate agora mesmo.

— Amélia: Seu escroto maldito! Me deixa sair!

Dante a encara e ver ela o encarando da mesma forma sem se intimidar. Ele se afasta respirando fundo e soltando o ar pela boca. Amélia passa por ele e sai do quarto batendo a porta em seguida.

No fundo Dante não queria viver apenas de provocações, mas em sua mente não tinha nenhuma forma ou possibilidade deles se darem bem. Mesmo já casado agora, ele continuava se questionando se sua decisão tinha válido a pena, entrar em um casamento fracassado por uma vingança mesquinha.

Amélia entrou no primeiro quarto que achou no corredor. Estava limpo e organizado, porém não tinha travesseiros, cobertores e nem toalhas. Ela sabia que provavelmente estariam todas no quarto que tinha sido destinado para os dois.

Mesmo relutante, ela foi para o quarto e se sentiu aliviada quando viu que Dante não estava. Ela pegou o que precisava e voltou, tomou banho e trocou suas roupas.

Amélia estava com muita fome, lembrava o que tinha acontecido com ela nesses últimos dias e sabia que isso poderia trazer consequências devido principalmente a diabetes.

Mesmo guerreando internamente para não sair do quarto, pois não queria encontrar Dante, ela foi para a cozinha procurar algo para comer.

Ao chegar lá, Dante estava tirando as vasilhas da bolsa que sua mãe deu para esquentar as comidas. Ela não o olhou, mas conseguia perceber o olhar dele acompanhando cada movimento seu.

Ela abriu a geladeira e viu várias frutas. Antes que conseguisse alcançar alguma, sentiu sua visão embaçada, uma enorme tontura e suas pernas fraquejarem.

Dante não mediu esforços para a segurar-la, na verdade ele já tinha percebido que ela não estava bem muito antes.

— Dante: Você tá bem?

Amélia ver a preocupação refletida no olhar dele. Porém essa foi a última coisa que viu, antes de sentir seu corpo tremer incontrolavelmente.

— Dante: Amélia, o que você tem? — fala tocando o rosto dela.

Dante só se dá conta da gravidade da situação quando ela começou espumar pela boca e aí percebe que ela estava convulsionando.

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Comments

Vanedrigues

Vanedrigues

com certeza os pais a ignoravam e ela aprontava pra chamar atenção deles. A queridinha devia ter sido Aurora.

2024-03-18

8

Expedita Oliveira

Expedita Oliveira

Amando... Sua história é simplesmente maravilhosa e muito viciante... Parabéns ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹

2024-03-17

0

Maria Cruz

Maria Cruz

A saúde dela é muito frágil, e vai ser aí que ele vai mudar com ela 🥰😍

2024-03-09

0

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