Capítulo 5

Após trabalhar e passar o dia resolvendo assuntos da empresa e da máfia, Dante voltou para casa um pouco cedo. Ele queria um descanso para a sua mente e seus pensamentos que estavam todos bagunçados, precisava arrumar a bagunça que estava.

Pensativo enquanto dirigia, Dante pensava se não era a hora de cair na realidade e realmente procurar uma esposa, para ter a chance de construir um império só para ele. Ele tentava colocar essas possibilidades em uma balança imaginária, se valeria a pena se casar ou continuar com sua vida solitária.

Enquanto estava concentrado dirigindo um barulho de moto em alta velocidade chama sua atenção, a moto o alcança e anda ao seu lado na mesma velocidade. Ao ver a moto rosa e preto, com a figura feminina vestida com roupas que combinavam com a moto e capacete todo preto, ele já imagina de quem seja e acelera, a pessoa na moto também acelera, aquilo parecia até um racha dos dois.

Mais é interrompido, quando a moto atravessa em sua frente fazendo o parar bruscamente, ele desce do carro fumaçando de raiva, a mulher também desce e vem em sua direção.

— Dante: Eu não tenho nada para falar com você, some! Antes que eu faça alguma besteira.

Ela tira o capacete fazendo os cabelos voarem de imediato, seus olhos azuis profundos fazem Dante lembrar dos seus olhares na boate e de como ela o seduziu. Ele aperta os olhos para esquecer essas lembranças e se vira para voltar para seu carro.

— Amélia: Dante espera, por favor!

— Dante: Some da minha vida Amélia, já me ferrou inventando mentiras.

— Amélia: Eu tenho uma proposta para te fazer, só me escuta.

Dante se vira e eles ficam de frente perto um do outro. Eles se olham intensamente por poucos segundos, apesar de tudo era inevitável a atração que tinha se instalado em ambos após eles trocarem toques e amassos na boate, era possível ser pego no ar tamanha atração.

— Dante: Você tem um minuto. — ele se encosta no carro e cruza os braços.

— Amélia: Primeiro, quero te pedir desculpas eu realmente inventei aquilo, é porque eu não penso muito antes de fazer as coisas sabe?

— Dante: Isso todo mundo já sabe, você parece que não tem o juízo no lugar. — ele bufa dando pouca importância.

— Amélia: Então, eu quero propor de nos casarmos e...

— Dante: Pode esquecer. — ele desencosta do carro e entra em seguida, antes que pudesse fechar a porta Amélia segura e acaba caindo sentada no colo dele.

— Dante: Sai de cima de mim caramba!

A respiração de Dante acelera, ele tentava controlar aquele sentimento quente que estava fazendo seu corpo ferver.

— Amélia: Me escuta. — ela fala em um tom mais baixo, os olhos de Dante descem para os lábios dela. A cena dele avançando naquela boca e a beijando com intensidade e luxúria e terminar o que tinha começado naquela boate passa em sua mente, ele mais uma vez se controla e tenta esquecer esses pensamentos intrusos.

— Dante: Saia de cima de mim.

Amélia levanta, mas fica na porta impedindo que Dante a feche.

— Amélia: Continuando, eu quero propor que a gente se case, mas podemos continuar com nossas vidas de sempre e um acoberta o outro para ninguém descobrir, me casar com você vai ser minha escapatória, prometo que em pouco tempo eu vou sumir da sua vida.

— Dante: Eu já sei que você é maluca, mas isso é a pior loucura que já ouvi, não irão aceitar o divórcio se nos casarmos.

—Amélia: Isso eu sei, é só o tempo de eu concretar meu plano de fugir e ser dada como morta.

— Dante: Você é louca de verdade cara, isso não existe. Quer tanto ter uma vida livre que teria coragem de sumir e deixar seus pais? — a encara.

— Amélia: Eu sou tratada pior do que o cachorro naquela casa, pra mim tanto faz. — um deslumbre de tristeza passa em seus olhos, mas ela tenta disfarçar — Aceita?

— Dante: Não!

Dante dá partida no carro e faz o carro andar, Amélia solta a porta e ele fecha e sai com tudo. Por um momento ele olha pelo retrovisor e tem a visão de Amélia parada olhando para o carro, depois ela sobe na moto e dá partida para o lado oposto.

Dante foi para casa. Ele encontra seus pais na sala conversando, que param assim que o vêem entrar pela porta. Seu pai o chama e ele se aproxima deles.

— Marco: Vamos marcar uma reunião amanhã, para esclarecer as coisas de uma vez por todas, acreditamos em você.

— Dante: Ok.

— Sofia: Filho, você não acha que está na hora de realmente arrumar uma esposa?

— Dante: Esse é um assunto que não quero pensar agora mãe.

— Marco: Já avisei o que acontece se não casar.

— Dante: Eu sei pai, mas não vou me casar com essas ameaças, que saco!

Dante sobe as escadas com passos firmes e entra no seu quarto. Seus pensamentos estavam a todo o vapor, ele pensa na possibilidade de aceitar a proposta de Amelia. Não seria nada ruim continuar com a vida de solteiro, isso se ninguém soubesse, mas era loucura demais.

Dante continua pensando no que pode dá certo e errado em aceitar essa loucura. Já era noite, ele jantou com seus pais e foi para a área da piscina onde costumava colocar seus pensamentos em ordem. Ele acende um cigarro e fica lá um bom tempo.

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