Capítulo 12

Amélia foi atrás de um soldado para levar-la a casa de seus pais, tinha dois carros extras além do de Dante, já que era necessário caso precisasse de homens acompanhado.

Os soldados não queriam levar-la sem pedir a permissão de Dante. Ela discutiu com todos dizendo que não precisava de permissão de ninguém. Ainda assim eles se negavam, ela sacou sua arma e apontou para o que estava mais relutante.

— Amélia: Eu não preciso da permissão de ninguém, me dê a chave, eu mesmo vou sozinha e deixo o carro em qualquer lugar, vamos!

— Senhora, eu não...

— Amélia: Não pode um cacete!

Um dos seguranças já tinham ido avisar Dante que se aproximou.

— Dante: Levem essa encrenqueira para onde ela quer.

Amélia abaixa sua arma e segue indo para um dos carros que ela sabia que não era o de Dante. Ela entra e dois dos homens entram no banco da frente.

— Dante: Siga eles discretamente, e veja para onde ela vai sem perder de vista nem um momento e me conte tudo. — fala para um dos soldados, que segue as ordens dele e entra no outro carro.

Dante voltou para onde estava e lá ficou um bom tempo.

Amélia ao ser levada para a casa dos seus pais, pede entrada e é liberada. Ela não queria se encontrar com seus pais, foi direto para a garagem e estava prestes a subir na moto quando sua mãe aparece.

— Sua sogra nos avisou que precisou ir para o hospital. Você está bem?

— Amélia: Não seja hipócrita mãe, você não liga, eu ter ido parar no hospital foi culpa de vocês!

— Fizemos para seu bem, tínhamos que garantir esse casamento, não poderíamos arriscar você fugir.

— Amélia: Para meu bem? Deixar a própria filha presa em uma cela por duas semanas, com o mínimo de comida, fazendo as necessidades em um vaso imundo. Isso é querer o bem? Ainda depois aplicaram duas doses de insulina de uma vez, vocês queriam era me matar isso sim.

As lágrimas escorriam dos olhos de Amélia incontrolavelmente enquanto falava. Ela sobe na moto e a liga.

— Você vivia fugindo filha, não poderíamos arriscar.

— Amélia: Eu sempre tive motivos suficientes para viver fugindo, vocês só me maltrataram. Agora não precisa se preocupar mais, já se livraram de mim.

Ela dá a partida e sai deixando sua mãe para trás. Ela foi para um dos lugares que costumava ir, só não sabia que estava sendo seguida pelo soldado que Dante mandou.

Enquanto as horas passavam Dante ficava impaciente, ele não acreditou que Amélia realmente iria dormi fora de casa. Já pela noite ele resolve ligar para o soldado e ter informações.

📱Dante: Por onde ela andou?

📱 Soldado: Depois da casa dos seus pais ela só veio para um único lugar senhor, uma casa em um bairro de classe baixa e está aqui até agora.

📱 Dante: Ela conversou ou está com alguém com ela?

📱 Soldado: Um homem chegou, mas ele não ficou e logo foi embora.

📱Dante: Não comente com ninguém sobre isso e continue aí.

Dante desliga sentindo sua pele formigar de tanta raiva.

Tinha acabado de anoitecer, então ele decide que iria para a boate. Se arrumou e foi. Chegando lá, ele ver mulheres dançando sensualmente mas nenhuma delas o interessava. Está na boate só fazia ele lembrar do dia que esteve com Amélia, de como ela o seduziu, ele não conseguia pensar em outra coisa a não ser não ter terminado o que começou aquele dia. Sem vontade nenhuma de continuar ele não passou nem uma hora e voltou para casa.

Chegando em casa ele ficou impaciente e decidiu pegar o endereço com o soldado que a vigiava e ir buscar ela, quando estava prestes a sair. Amélia chega e estaciona a moto fazendo ele voltar para dentro.

Ele ficou na sala, Amélia passou rapidamente sem olhar-lo. Dante ficou ali nervoso por alguns minutos, então decide ir atrás dela. Ao entrar no quarto tem a visão dela somente de roupas íntimas prestes a entrar no banho.

— Dante: Quem é seu namorado?

— Amélia: Tá mandando me vigiar? — ela parou na porta do banheiro ainda de costas.

Dante se aproximou dela e ela continua de costas não se importando que estava quase toda exposta e ele tentava controlar seu tesão ao vê-la daquele jeito.

— Dante: Quem é o cara que estava com você?

— Amélia: Não importa. Você acabou de chegar da boate e não tô questionando com qual mulher você esteve.

— Dante: Como soube que estive lá?

— Amélia: Estava passando e vi quando saiu de lá, enfim eu não ligo.

Ela se vira e ele ver seus olhos inchados de choro.

— Dante: Por que estava chorando?

A pergunta de Dante fez Amélia querer chorar mais, no entanto ela se virou novamente para entrar no banheiro, mas Dante a segurou pelo braço e encurralou ela na parede.

— Dante: Me fala se você tem alguém, porque se tiver ele não vai continuar vivo.

— Amélia: Até parece que se importa.

Ele se aproximou mais do rosto dela e roçou seus lábios nos dela, Amélia fecha os olhos por uns segundos sentido o hálito quente dele, mas ela abre os olhos e o empurra.

— Amélia: Quero tomar um banho e dormir, sai daqui.

Dante se afasta, ele estava confuso, sentia como se seus neurônios estivessem sendo consumidos. Com pouco mais de vinte quatro horas de casamento, já estava desfazendo totalmente seu plano maquiavélico, e não tinha noção de como lidar com isso.

— Dante: De qualquer forma eu vou descobrir quem é, e se quiser poupar a vida desse homem é melhor não deixar ele chegar perto de você de novo.

Ele se vira para sair, mas se vira para ela novamente.

— Dante: E só para você saber, eu não estive com mulher nenhuma.

Ele fala e sai do quarto. Amélia sabia que não tinha feito nada de errado e nem tinha ninguém, só temia que Dante descobrisse coisas de mais sobre sua vida.

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