10° Capítulo - Noivado Secreto - part II

Izabelle olha para seu guarda roupa, ela observa cada roupa com cuidado, então opta por um vestido longo soltinho, nas cores rosa claro com detalhes branco, ela calça suas sandálias, prende o cabelos em um perfeito rabo de cavalo, deixando duas mexas caídas uma de cada lado do rosto, pega sua bolsa coloca o essencial dentro.

Ao descer as escadas da de cara com sua tia, o humor de Izabelle muda no mesmo instante, Izabelle vai em direção a porta, mas sua tia a impede de sair.

— Me dá licença — Izabelle fala tentando ser gentil.

— Onde vai? Foi bem assim que sua mãe ficou mal falado.

— Eu já disse para não falar da minha mãe, sai da minha frente agora!

— Claro passe, cuidado viu, se você trair o Montenegro ele não terá tanta piedade que nem seu pai.

Izabelle empurra sua tia sem paciência.

— Você acha que todo mundo é vadia igual a você Rosália, na verdade você tem tanta inveja da minha mãe, que mesmo depois de morta você continua querendo o que é dela, a melhor coisa que você faz é ir embora dessa casa.

Após falar isso Izabelle abre a porta e sai da casa, como Guillermo disse o motorista está a sua espera, o senhor uniformizado abre a porta para que Izabelle adentra.

*

Ao chegar na casa de Guillermo o mesmo a espera na entrada da porta principal da casa, ele está usando uma calça preta, camisa social com alguns botões aberto, ele abre a porta do carro estende a mão para Izabelle.

— Que bom que chegou, temos um tempo antes do almoço, quer dar uma volta?

Izabelle apenas assente, a porta da frente se abre, Regina sai olhando dentro da bolsa, ao perceber que está sendo observada, Regina levanta a cabeça e fala ao ver Izabelle junto do seu filho.

— Não sabia que te veria hoje Izabelle, porque se não eu cancelaria todos os meus compromissos só pra te dar mais atenção.

— Chamei ela de última hora mãe — Guillermo responde — não se preocupe depois do casamento a senhora terá muito tempo para dar atenção a ela.

— Claro.

Assim Regina entra em um dos carros e some do campo de vista, Guillermo guia Izabelle até o lado de trás onde fica a área externa, com um grande jardim e uma bela fonte de água, a noite deve ser tão lindo Izabelle imaginei.

Ao continuar a caminhar eles chegam em um banco onde da para ver perfeitamente as flores do jardim, Guillermo ajuda Izabelle se sentar, ela coloca a mão sobre os joelhos. Izabelle está tão nervosa que não sabe o que fazer.

— Está tudo bem? — Guillermo pergunta sorrindo ao ver Izabelle pressionando a mão.

— Sim, acho que estou um pouco nervosa.

— Não deveria, não irei lhe fazer nada.

— Disso eu já sei, mas é que eu nunca fui de ficar próximo de homens.

Guillermo sorri com a confissão da garota, então ele decide tocar nos assuntos a qual chamou ela para conversar.

— Izabelle eu chamei você aqui para te preparar para quando oficializamos o noivado e nos casarmos.

Izabelle finalmente olha para Guillermo, ela apenas assente com a cabeça esperando ele falar alguma coisa.

— Bom! Por enquanto é bom que ninguém saiba que estamos noivo, ou isso colocara em risco você e sua família, é ideal oficializar primeiro e depois você e seu pai estará sobre a proteção dos Montenegro.

— Por em risco? — Izabelle pergunta confusa.

— É, infelizmente minha família tem muita influência, isso chama atenção de pessoas indesejadas, mas não se preocupe eu te protejo.

Izabelle sorri com as palavras "eu te protejo".

— Outra coisa eu melhor noivamos após a festa do povoado, porque se surgir alguma dúvida, podemos dizer que nós conhecemos lá.

— Sim.

— Agora por esses dias, eu gostaria que você evitasse sair sozinha, caso isso aconteça me avise, para que eu coloque um segurança para te acompanhar discretamente, ele será apenas para que ninguém tente nada contra você.

— Você não acha que está exagerando?

— Não! Bom no dia do casamento, minha família tem muitas tradições, uma delas é que logo após o sim, é obrigatório consumar o casamento.

Ao ouvir isso Izabelle olha assutada, ela entendeu bem o que quer dizer consumar.

— O que? — ela pergunta indignada.

— Se acalme deixa eu termina — Guillermo continua sorrindo — a tradição diz que depois do sim nós teríamos que ir para o quarto e depois do ato, minha mãe levaria o lençol para os mais velhos ver que a mulher com quem casei é pura, você não deve se preocupar com isso, na hora que formos para o quarto não irei encostar em você, mas o lençol será manchado de outra forma, não quero expor sua intimidade assim.

Izabelle suspira aliviada, não que fosse ruim se isso acontecesse, mas tem que ser com quem ela ama, e também não seria legal se acontecesse sobre a pressão da família dele.

— Serão três dias de festa — Guillermo continua falar — primeiro dia do casamento, em seguida após consumar o nosso casamento dará início a festa onde terá muita músicas e muita bebidas, danças.

— Guillermo o que acontece se a noiva não for virgem? — Izabelle pergunta curiosa.

— Bom, o noivo será motivo de chacota e ele acaba sendo excluído por um tempo dos deveres da família é como uma punição.

— Só isso?

— Não pense nisso, não sou tão mente fechada que nem os mais velhos, se você não for virgem não tem problema.

A governanta da casa vai ao encontro do casal para avisar que o almoço será servido, a família tem regras tão ridículas, não que fosse algum problema para Izabelle, mas consumar o casamento e mostrar o lençol sujo era o cúmulo da breguice, expor o que o casal faz entre quatro paredes chega ser ridículo.

*

Izabelle está dentro da casa, a mesa está bem farta, Arthuro entra na sala de jantar, observa em silêncio seu irmão e a noiva conversando e sorrindo, ao sentar na cadeira olha para Izabelle, hoje o humor de Arthuro estava de mal a pior.

— Não sabia que hoje teríamos visitas — Arthuro fala pegando o prato.

— Não foi essa educação que nossos pais te deu — Guillermo responde e Arthuro o encara.

— Olá Izabelle, é tão bom receber você em nossa humildade casa.

Izabelle apenas fica em silêncio, o clima que antes era agradável, agora está horrível, Arthuro percebe o quanto sua presença incomoda e faz questão de continuar estragando o momento dos dois.

Izabelle percebe que Guillermo está incomodando embora tente não transparecer, sua mente vagueia no Arthuro, se ele fosse o noivo ela se negaria rapidamente, ela o acha tão instável e sem noção.

Após o almoço Izabelle é acompanhada até a sala onde Guillermo consegui relaxar um pouco.

— Você não parece bem — Izabelle fala — quer que eu vá embora?

— Imagina — Guillermo responde sorrindo — porque você já quer ir embora?

— Não.

— Olha Izabelle, sei que nós conhecemos a um dia, mas eu gosto da sua companhia, acredito que se nós conhecer será bem melhor nosso convívio não acha,?

Embora ela concordasse será que algum dia ele chegaria a ama-la?

— Guillermo? — Izabelle o chama abaixando a cabeça — sei que nosso casamento será por contrato, mas você nunca me olhará como mulher?

Guillermo por sua vez paralisa com sua pergunta, se ela soubesse que ele já havia a visto e soubesse o quanto ele a deseja não faria essa pergunta, Izabelle fica mais envergonhada com o silêncio, talvez ela não devesse ter feito essa pergunta.

— Izabelle — Guillermo começa a falar — você quer que eu a toque?

Izabelle sente seu rosto arder com a pergunta, sua respiração está acelerada com o toque de Guillermo em suas mãos.

— Responda-me — Guillermo diz se aproximando mais — diga-me Izabelle onde quer que eu a toque?

A boca de Guillermo se aproxima do seu ouvido, Izabelle fecha os olhos sentindo o toque, quando está prestes a virar o rosto a porta se abre Regina adentra da sala.

Izabelle agradece mentalmente, Regina percebendo que pode ter acabado com o clima, apenas acenou a cabeça e subiu as escadas indo em direção ao seu quarto.

Guillermo volta a prestar atenção em sua noiva, suas bochechas não estão mais vermelhas. Embora deixasse transparecer o quanto estava desapontado por não ter conseguido beija-la, decide ser direto.

— Apenas lhe tocarei quando permitir, se for o seu desejo estar comigo não irei me opor nenhum momento.

Izabelle sorri com a confissão do rapaz, os dois ficam por mais um tempo juntos e conversando, ambos nunca se sentiram tão bem que nem no dia de hoje.

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