As notícias sobre Luana chegaram primeiro aos ouvidos do Alfa Túlio, que foi verificar o que o filho fez. Encontrou-a na clínica e não parava mais de rir, seu filho era ótimo em zoar os filhotes e achou extremamente eficientes os seus métodos.
— Doutor Clécio, como ela está?
— Aparentemente péssima, mas de resto, logo ela vai melhorar. Ele deslocou o maxilar dela para que não falasse, mas já está no lugar e até já curou. Seus glúteos também foram bem agredidos, mas não deve ficar nenhuma marca.
— Ótimo, se não, vou ter que uivar pra lua, pois minha Luna vai me expulsar do quarto.
— Talvez seja bom conversar com Henrique, ele está crescendo e sua força pode machucar muito mais, da próxima vez.
— Deixa o garoto brincar… ele deve ter ciúmes dela, por causa da atenção da mãe, vou mandar ele para a arena com os mais velhos.
— Acha prudente?
— Ele não é mais criança e se ficar solto, faz ele fazer isso com uma criança, vamos ver como será com um adulto.
Querendo agradar o pai, Henrique acabou causando um problema maior para si. Treinar com os lutadores mais velhos, obrigaria ele a se focar na luta para não se quebrar todo. Quando soube o que seu pai iria fazer com ele por causa do que fez com Luana, se arrependeu profundamente de ter usado a menina para se mostrar.
Iniciaram no dia seguinte, mais a sua sorte foi que o professor, primeiro achou melhor fortalecer os músculos e colocou para correr muito no meio da floresta desviando das árvores e pulando obstáculos tanto na forma humana quanto na forma de lobo.
A Luna não pode fazer nada contra Henrique, pois Túlio tomou a frente do filho e disse a esposa que Luana não tinha sofrido tanto assim e que já estava quase boa, não valia a pena brigar com o menino por causa disso. Também acusou ela de ser negligente com ele, só se preocupando com a filha dos outros.
A Luna não gostou do que ouviu, mas ficou calada. Havia um limite em que não podia ultrapassar com seu companheiro. Ele era muito violento e ultimamente sua mente andava meio desequilibrada, uma hora ele estava muito bem e bom e outra ele estava muito mal e ruim.
Os meses foram passando, Henrique se fortalecendo e a alcateia mais uma vez foi atacar outra ponto dizimaram toda uma alcateia de lobos vermelhos, não era muito grande, Pois aquele tipo de lobo era muito raro, nem a proteção dos deuses ajudaram eles.
Quando voltaram, Henrique estava lá olhando tudo e ouvindo tudo, não lhe agradou saber que existe um lobos tão bonitos e foram dizimados, nunca mais poderia haver um lobo daquele tipo. Mas viu uma figura no canto, escondida, bisbilhotando e foi até lá e arrastou pelos cabelos que já estavam nascendo.
— O que faz aqui, menina intriguenta?
— Me solta, me solta, Rique!
— Não solto, você veio aqui porque quer mais palmadas, não é?
— Não, Rique, não…
Que ele é suspendia e chutou a canela dele com força. Depois mordeu o braço dele e ele assustou, deixando a cair no chão. Ela conseguiu engatinhar e levantar, correndo direto para a cozinha, onde a aluna estava preparando o jantar.
— Luna, Luna, Rique…
Ela se escondeu entre as pernas da aluna e ficou aguardando a chegada do Henrique. Não demorou muito e ele estava ali, olhou para sua mãe com raiva, vendo que ela protegia a pirralha.
— Essa pirralha me chutou e mordeu e a senhora a defende, por quê?
— Pare com isso, Henrique, ela ainda é um bebê, ao invés de bater nela, você tem que ensiná-la.
— Como é que se ensina uma peste?
— Você é como um irmão mais velho para ela, por favor, proteja-a e não bata mais nela.
Ele saiu da cozinha com raiva e foi para a festa de seu pai com os homens. Começaram a ler um a brigar contra o outro, comemorando e incluíram ele, que virou o saco de pancada dos adultos. Dali em diante, ele tomou a decisão de ficar muito forte e valente, treinaria muito mais do que todos e um dia seria um Alfa muito melhor até, do que o seu pai.
Cumprindo a promessa que fez a si mesmo, mais três anos passaram e ele estava forte, apesar de ainda ser um menino, já parecia um rapaz. Foi neste ponto que ele percebeu que Luana também havia crescido, estava com seis anos e continuava aquela menininha ponto seus cabelos haviam crescido e formavam cachos dourados e parecia um anjo.
— Luana! — chamou ele ao ver ela passar correndo no meio da sala.
Ela não parou, nunca parava para Henrique, pois sabia que ele judiaria dela, então, foi direto para a cozinha. Mas Henrique correu atrás e conseguiu segurá-la pelo ombro, derrubando-a no chão, com força.
— Ai, para Rique.
— Eu te chamei e você não parou, você tem que aprender a me obedecer. Eu serei o alfa desta alcateia e você terá que me servir.
Luana sabia bem disso, para não causar mais atrito, ela levantou-se do chão e inclinou-se para ele, perguntando:
— O que posso fazer por você, Rique?
— Assim está melhor. Amanhã cedo esteja na arena você começará seu treinamento de luta.
A pequena fêmea olhou para ele com os olhos arregalados, se perguntando porque é que ela teria que aprender a lutar. Só os machos saíam para a batalha, não tinha necessidade dela aprender.
— Fêmeas não aprendem a lutar, o que eu tenho que aprender?
— Porque eu estou mandando. Você precisa aprender a se defender, e se um dia nos atacarem e você não souber lutar, quem vai te proteger?
— Os guerreiros da Alcateia. Eles é quem protegem as mulheres e crianças, aluna me ensinou isso.
Ele lhe puxou os cabelos com a mão cheia e chegou a suspendê-la do chão.
— Ái! Me solta, Rique.
— Eu estou te ordenando que esteja amanhã assim que o sol nascer, na arena para aprender a lutar e não quero mais reclamação. — soltou e ela caiu sentada no chão novamente.
Ele ficou olhando ela ir embora se arrastando e também saiu, com um sorriso de lado. Ensinaria a pestinha a lutar e se defender mesmo que isso custasse a ele tempo e determinação.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Tânia Principe Dos Santos
como ninguém para o monstro do Henrique. credo
2025-01-25
0
Virginia Assis
iria perguntar a mesma coisa
2025-03-24
0
Beatrizz 🤍
Como alguém deixa ele fazer isso com apenas uma criança
2025-01-21
1