Elias se aproximou do trono, deixando sua companheira Natália, dois passos atrás dele e fez uma reverência ao Alfa Túlio.
— Diga, Elias, é macho ou fêmea?
— Fêmea, senhor.
— Traga para perto, quero, eu mesmo apresentá-la.
A Luna desceu as escadas e foi pegar a pequena em seus braços. Sentia falta de ter uma filhote fêmea, mas depois de Henry, não emprenhou mais. Pensava que talvez fosse melhor assim, pois Túlio estava cada vez mais selvagem, parecendo louco da cabeça.
Natália concedeu a Luna, a sua filhote e se colocou ao lado de Elias, grata pela Luna ter tomado a frente do Alfa.
— Ela é tão pequenina e linda, Túlio!
— Deixe-me vê-la. — estendeu as mãos para pegá-la.
— Tenha cuidado, ela é muito novinha e delicada, não é bruta como os machos. — aconselhou a Luna, passando-lhe o bebê, com cuidado.
Quem via o Alfa todo cuidadoso com a filhote, não diria que era o sanguinário violento que dizimou a aldeia de onde ela veio, matando inclusive seus pais. Ele colocou-a sobre as pernas e abriu sua manta, pegando-a pelo peito, abaixo dos bracinhos e virou-a de frente para os presentes.
— Como será chamada a filha de Elias e Natália? — perguntou alto, ficando de pé.
— Luana! — responderam os pais.
— Apresento a Alcateia Black, Luana, filha de Elias e Natália! — apresentou a femiazinha. — A que vieste, criança? — perguntou baixinho para ela.
Por uma fração de segundos, os olhos dela ficaram de um intenso azul e uma dominância, pouca, emanou dela, mas pode ser sentida por todos. O Alfa se assustou e passou a filhote para a Luna.
— O que foi isso, Túlio? — perguntou ela, pegando Luana e enrolando-a novamente na manta.
— Ela parece ser forte, tem uma loba muito especial, vamos mantê-la por perto, de preferência, dentro do palácio.
Neste instante, Henry resolveu mostrar sua força de futuro alfa.
— Se ela vier para dentro do palácio, eu não deixarei ela atormentar ninguém, cuidarei que não seja impertinente e se não me obedecer, apanhará com meu chicote.
A Luna abriu a boca para repreender o filho, mas o Alfa soltou uma gargalhada e disse, todo orgulhoso:
— Este é meu filho! Anuncio que a partir de hoje, Natália servirá a Luna e trará Luana para a alegrar. Elias fará parte da guarda do palácio e dará proteção a nossa família. Vamos comemorar.
A Luna desceu com a bebê e Natália se aproximou para pegá-la.
— Vá para casa e arrume suas coisas, só as essenciais, vocês ganharão tudo novo. Morarão no palácio e você será minha serva direta e essa belezinha ficará sempre por perto.
Desde então, a vida da pequena Luana foi protegida, mas também passou a sofrer os desmandos de Henrique, que demonstrava sua selvageria, maltratando a fêmea, para agradar o pai. O tempo passou e Luana fez três anos. Corria pela casa, amedrontada e se escondia sempre que ouvia a voz do pequeno Alfa.
Notando ele, que ela ficou esperta, começou a disfarçar seus movimentos e conseguiu pegá-la debaixo da mesa. Arrastou-a pelos pés, segurando seu tornozelo e seguiu com ela até o porão. Já havia preparado seus apetrechos e amarrou-a em uma cadeira. Ela não parava de gritar e pedir ajuda.
Plaft, plaft
Ele bateu em seu rostinho, que inchou e ficou vermelho, no mesmo instante.
— Cale a boca, ômega estúpida, você não me engana, não há nada de especial em você.
Segurou com força seu maxilar e apertou até ouvir estalar.
— Agora você não pode mais falar.
As lágrimas rolaram pelo rostinho inchado e só um gemido fraco saiu por sua boca. Ele pegou uma tesoura e cortou as lindas mechas de seu cabelo, até deixá-la careca. Rindo da imagem da criança, regozijava-se de sua ideia.
— Agora todos vão me achar muito mal. Omega imunda.
Urinou nas costas dela, para deixar seu cheiro e depois soltou-a e sentou-se em seu lugar e colocou-a deitada de bruços em suas pernas. Levantou seu vestido, arriou sua calça e com a mão fechada, bateu em sua bundinha branca, até deixá-la tão vermelha, que provavelmente arroxeariam depois.
Luana perdeu as forcas, não conseguia nem mais gemer e seus olhos secaram por não ter mais lágrimas. O cheiro de sangue, misturado ao mofo do local e o suor do pequeno Alfa, a enjoaram e tinha certeza de que ficarão em sua mente para sempre.
Depois de a vestir novamente, ele a colocou no ombro e subiu para a cozinha, onde a mãe dela e as outras servas, a procuravam. Ele jogou o corpo da pequena sobre a mesa e disse:
— Cuide de sua filhote, serva inútil! Não deixe que cruze novamente o meu caminho.
— Minha deusa! O que você fez com ela? — perguntou Natália.
— Nada demais, se ela é tão especial quanto dizem, logo estará boa.
Henrique saiu andando, como se aquilo não fosse nada demais e não olhou para ninguém. Todos o olhavam, apavorados com a maldade do pequeno Alfa, que ainda iria fazer 11 anos.
Natália correu para examinar a filha, constatando que seu maxilar estava deslocado, seu lábio rachado, seu pequeno traseiro redondinho, muito vermelho e ela devia estar sentindo muita dor. Levou-a para a clínica e o doutor Clécio cuidou dela.
Henrique entrou na sala de estudos, depois de ter tomado um banho e seu tio, que já sabia do ocorrido, sentou-se para conversar com ele.
— Por quê você fez aquilo, Henry?
— Eu sinto algo estranho por ela, uma vontade de ferir. Mas não é por isso, foi a maneira de mostrar para o meu pai que não amoleci.
Dimas sabia que a índole de seu sobrinho, não era má e já haviam conversado sobre isso.
— Ela ficou muito ferida?
— Aparentemente ficou chocante, pois cortei seus cabelos até a raiz. Logo ela ficará boa.
Dimas balançou a cabeça, em negativa, pois ele era muito novo para carregar nas costas, um peso tão grande. Teria que conversar com sua irmã e lhe explicar, pois a pequena Luana era o xodó da Luna e com certeza, ela não se conformará com o feito de seu filho.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Vanderléia Menezes Paixão
Meu quanta maldade que do da menininha
2024-12-30
1
💞Mandy06💞
não era pra disfarçar para o pai era pq ele gostava mesmo de torturala
2025-03-19
1
Maia Maia
Se isso é por não ter índole ruim, imagino se tivesse então? Judiar de uma bebê de 3 anos? 😱🤬
2025-03-27
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