17 - Não Vou Fugir.

Nem sei mais onde Daphne estava, deve ter ido para rave com os caras que fizemos amizade na arquibancada.

Enfim, ela não tem que ficar sempre comigo, sou uma mulher crescida e não preciso de babá.

Vou me afastando da aglomeração, procurando uma saída e fico cada vez mais perdida.

Ok, esse lugar é enorme e quando cheguei aqui, Daphne foi me puxando, me empurrando e eu nem gravei a direção que tomamos.

Fiquei dando voltas, cansada, até que vejo uma porta escrito “EXIT”, entrei e me ferrei, a porta estava trancada.

Quando me virei para voltar, alguém passou correndo ao meu lado e bateu em mim com brutalidade.

“Ei! Sua mãe não te deu educação, não? Não sabe pedir desculpas?”, grito e o homem me ignora, continuando a andar apressadamente pelo corredor ao lado.

Fico com mais raiva e começo a segui-lo, como assim ele quase arranca o meu braço e não pede nem desculpas?

“Ei! Ei! Você não me viu ali não?”

Grito o acompanhando, até que acabo entrando em uma cozinha.

Lá as pessoas corriam, batiam pratos e panelas, era uma barulheira só.

Fico um pouco sem jeito, pensando que era melhor esquecer essa história de cobrar desculpas ao cara que bateu em mim e ir embora.

“Quem é você?!”, um homem me surpreende, me puxando pelo ombro. Acho que ele era o chefe, pois estava com uma expressão altiva, impondo respeito.

“Eu… eu vim ver a corrida. É… estava procurando o banheiro e me perdi.”, penso rápido, tentando sair rápido daquela situação.

“Por ali! Vá por ali!”, ele diz, acenando impacientemente.

Corro na direção que ele disse, esperando sair logo daquele lugar quente e barulhento.

Assim que saio, sou abordada por um garçom, me oferecendo uma taça de champanhe.

Pego a taça e olho em volta, reconhecendo… parecia que eu entrei em alguma festa privada, sem querer.

Tinham pessoas importantes de verdade por aqui, reconheci alguns empresários, os quais já lidei no meio das pessoas.

Caminho, um pouco cautelosa, ainda procurando a saída, até que alguém pega em minha cintura.

“Pedi para me esperar, porque fugiu, hum?”

Me virei e era o Zayn, sorri instantaneamente.

“Eu me perdi…”, digo uma meia verdade.

“Como conseguiu entrar aqui sem mim? O Marco te trouxe para cá?”, ele diz, procurando na multidão e eu fico congelada no lugar. Então o Marco está aqui? Será que hoje serei desmascarada?

“Eu me perdi e acabei parando aqui… foi isso.”, bem, realmente foi isso que aconteceu.

“É o destino que não quer deixar você fugir de mim, hum? Lembre-se disso quando tentar fugir novamente.”

Bem, até que faz sentido o que ele disse, pois em nem sabia que ele era piloto e fui ver a corrida e agora parei nessa festa, onde ele também está.

“Não vou fugir se você não fugir também.”, digo acariciando os ombros dele. Zayn ainda estava de macacão, mas acho que esse é outro, porque está limpo e fechado, ele deve ter se trocado, porque agora seus cabelos estão secos e arrumados.

Ele sorri maliciosamente para mim e aperta a minha cintura, após fala baixo em meu ouvido, “Eu espero ganhar um prêmio pelo campeonato. Dessa vez me espera aqui, tá?”, em seguida ele aperta a minha bunda e me beija, nem digo que fiquei toda mole e sorridente com beijo dele.

Ele se afasta e algumas vezes se vira para me olhar. Eu gosto desse clima gostoso de paquera.

Fico sorridente, vendo-o se aproximar dos outros pilotos, que também estavam vestindo os macacões de corrida. Eles se cumprimentam e depois cumprimentam outros homens engravatados e começam a conversar.

Eu fico toda boba olhando para ele e pensando que é hoje que vou experimentar como é foder com ele usando aquele macacão.

Bem, o que eu disse a ele é verdade, se ele não fugir depois de descobrir que transei com os irmãos dele e que me sinto atraída por eles, eu não vou fugir também.

Fico perdida em pensamentos e pensamentos e olho em volta, vejo o garçom e aceno, ele me trás a bebida e quando sai da minha frente, eu o vejo…

Bem que o Zayn disse, Marco estava lá e ele estava olhando bem para mim.

Ele estava sentado em uma poltrona, com as pernas abertas e me olhava com o queixo levantado.

Tentei identificar alguma expressão de raiva ou descontentamento, pois ele provavelmente me viu com Zayn agora e com certeza deve ter visto no telão eu e seu irmão nos beijando.

Mas ele não demostrava nenhuma insatisfação, apenas me olhava e eu não desviei o olhar. Estou pronta para enfrentar, não assumi relacionamento com ninguém, sou solteira e desimpedida.

Ele se levanta e vem na minha direção, para bem na minha frente. Eu quebro o pescoço para o encarar, ele é realmente muito alto e ao lado dele me sinto como se tivesse diminuído de tamanho.

Marco dá um sorriso de canto, e eu me derrete. Ele tem aquela coisa de homem mais velho, aquele charme maduro. Sem contar que se veste muito bem, o seu terno é perfeitamente alinhado as suas medidas, e o perfume, é incrivelmente cheiroso.

“Parece que não adiantou muito fugir de mim, acabamos nos encontrando novamente.”, Marco diz.

“Eu não fugi…”, digo um pouco desconcertada.

“Não? Pois parece que fugiu, não é muito educado ler as mensagens dos outros e não responder. Poderia ter respondido que não queria me ver mais.”

“Não! Não é isso! Eu quero muito um outro encontro. Só estou muito confusa agora… Já te disse a confusão que está minha vida e agora você sabe quem eu sou, não é? As pessoas não param de falar na maluca da Daphne Smith.”, reviro meus olhos e ele sorri.

“Bom saber que quer outro encontro. Quero te ver na sexta, às 18h.”

“Hã…”, fiquei sem reação com o quão direto ele foi.

“Bem, eu tenho que ver na minha agenda…”, digo instintivamente.

“Ouvi dizer que a agenda da Daphne Smith está totalmente livre ultimamente. Tenho certeza que vai conseguir esse horário para mim.”

Mordo meu lábio inferior, relembrando a nossa noite juntos. Ele ter sido tão direto, fez um fogo subir entre minhas pernas.

“Estarei pronta às 18…”, digo sem rodeios.

“Ótimo! Tenho certeza que vai ser um encontro muito bom, de preferência se você for usando essa saia.”, ele diz e me olha de cima a baixo, parecia estar me despindo com o olhar. Minhas pernas ficam até bambas.

Discretamente ele aperta a minha bunda, me fazendo prender a respiração por alguns segundos.

“Não fuja, hein?”, ele sussurra em meu ouvido, só para me deixar com mais tesão.

“Eu não sou mulher de fugir.”

“Você sempre diz o que eu gosto de ouvir, splendida.”

Ele se afasta dando passos para trás, enquanto nos encaramos, com aquele sorriso cheio de malícia no rosto.

“Ei, bella! Ouço Zayn atrás de mim, ele pega em minha cintura e me faz olhar para ele. Adiamo, hum? Não preciso mais continuar nessa festa.”

“Mas, o…”, me virei de volta, mas quando olhei, não vi mais o Marco.

Fiquei um pouco confusa, Marco me viu com o Zayn? Zayn me viu com o Marco? Porque estão agindo assim, como se nada tivesse acontecido…

Antes que completasse meus pensamentos, Zayn pega em minha mão e vai me levando.

Fomos passando pelas pessoas, corredores, portas… ele conhecia esse lugar muito bem.

Algumas vezes ele parava, só para em beijar e dizer coisas sujas no meu ouvido.

Algum tempo depois chegamos em um local amplo e escuro, eu mal estava enxergando, mas Zayn sabia bem para onde estávamos indo.

Continuamos andando mais um pouco e eu percebo que estávamos em uma garagem.

Zayn me empurrou para dentro do carro de corridas dele e após entrou.

Fiquei olhando e achei muito curioso, era totalmente diferente de um veículo normal.

“Nossa, que estranho…”, digo, olhando tudo.

“É… é um pouco.”

“Onde está o volante?”, pergunto, examinando tudo.

“Está guardado, em carros como esse, tudo se desmonta fácil, é quase como uma quebra cabeças.”

“Deve ser legal correr com essa coisa.”

“É… é bem legal, vou levar você para brincarmos um pouco algum dia desses… agora não posso, fim de campeonato, você sabe!.”

Aceno em positivo, mas a verdade é que eu não sei nada.

Olho mais um pouco em volta, até que Zayn me puxa e me beija.

Abraço o pescoço dele e acabamos nos enroscando em um beijo quente.

Ele enfia a mão por dentro da minha saia e acaricia a minha bunda.

“Você veio aqui hoje só para me provocar, com essa saia curta. Ainda bem que só te vi depois da corrida, porque se fosse antes, corria o risco de perder o campeonato.”

Sorrio e o beijo.

“Estou falando sério, Daphne. Desde que te vi com essa saia, não consigo parar de me imaginar levantando essa saia e arrancando sua calcinha com os dentes.”

“E se eu não estiver de calcinha?”

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