Daphne Smith, 30 anos, CEO da Magazine Maisa, empresa de sua família..
Alan, 27 anos, ex-marido de Daphne.
....
Estava começando a entardecer quando meu vôo de Nova York pousou na cidade de São Paulo.
Nova York é uma cidade maravilhosa, mas nada como estar em casa.
Sorrio, colocando meus óculos escuros, imaginando que esse dia tinha tudo para ser perfeito. Era para eu chegar somente pela manhã no outro dia, mas minha amiga Caroline me deu uma carona no jatinho particular do pai dela.
Que sorte, não?
“Daphne! Você tem certeza que não quer dar um perdido no seu marido e ir para a balada comigo? Ele está esperando você chegar somente amanhã!”
“Não vai dar, Caroline. Passei um mês em Nova York, é claro que estou louca para matar a saudade. Vamos deixar a balada para outro dia, ok?”
Caroline concorda, um pouco tristonha e acabamos nos despedindo.
Fico um pouco triste por ela também, entendo como deve ser frustrante para uma mulher solteira ter uma amiga casada.
Meu nome é Daphne Smith, tenho 30 anos e sou executiva majoritária da empresa da minha família, a famosa Magazine Maisa. Passei um mês em Nova York fazendo negócios importantes e agora, só penso em chegar em casa e sentir o calor do abraço quentinho do meu marido, Alan.
Estou com tanta sorte que até o trânsito de São Paulo está uma maravilha, pois logo chego no meu apartamento no Morumbi.
Abro a porta e estranhamente não tem ninguém na sala. Geralmente encontro Alan esparramado no sofá jogando videogame.
Enfim, é melhor que não esteja aqui, pois assim, vou dar um baita susto nele, vai ser divertido.
Sorrio de forma travessa, retiro meus sapatos, meu blazer e jogo minha bolsa no sofá. Após, vou andando nas pontas dos pés para dar um belo susto naquele safadinho.
“Aaaahhh…”
“O que é isso?”, me pergunto ouvindo um gemido.
Desconfiada, me aproximo mais do quarto e ouço mais:
“Vai safado, mete forte!”
Quê? Será que o Alan está assistindo pornografia?
Encosto a orelha na porta para ouvir mais, se ele estiver assistindo pornografia vou dar um susto tão grande nele que ele não vai saber onde enfiar a cara de tanta vergonha. Começo a sorrir mentalmente, imaginando a cena.
“Vai, Alan! Vai, seu gostoso!”
O queeeeee????
Abro a porta de supetão e algo que nunca imaginei está acontecendo. O maldito do Alan está na minha cama födendo com a minha irmã mais nova.
Isso é tão surreal que eu fico sem palavras, paralisada olhando essa cena grotesca.
“Daphne!? Daphne, meu Deus, não é o que está pensando!”, Alan diz se escondendo com um travesseiro.
“Irmã, o que está fazendo aqui… é… ele e eu, não estávamos fazendo nada! É…”, a minha irmã se esconde embaixo dos meus lençóis, (meus porque fui eu quem comprou tudo nessa casa).
Deus, meu mundo está desabando.
“Malditoooo! Vagabundo e… Vagabundaaa!”, começo a jogar tudo que vejo pela frente neles, “Eu vou mataaar vocês!”
Estou com muita raiva, esse idiota do Alan nunca trabalhou, dou tudo de mão beijada para ele e ele tem a audácia de me meter um chifre dentro da minha casa, em cima da minha cama e ainda com a minha irmã?
“Daphne! Daphne, se acalme, não é o que está pensando… eu… eu só estava fazendo… eu estava fazendo massagem na sua irmã!”
Ele vem na minha direção e eu dou um soco bem no nariz dele e ele cai para trás, assustado.
“Você é um idiota! Um idiota se eu vou acreditar nisso, Alan! Quer saber, continuem… eu vou embora daqui! Vocês se merecem! Vivian, você é uma garota fútil e imprestável, você e o Alan são perfeitos um para o outro. Eu vou cortar sua pensão, garota, vai ter que aprender a trabalhar para sustentar ele!
Bato a porta do quarto com raiva, chegando na sala, pego minha bolsa e saio imediatamente do apartamento. Entro no elevador e não consigo parar de chorar. Eu gostava daquele idiota, sempre trabalhei muito para dar tudo para ele e ele simplesmente me devolve tudo que fiz com chifres?
E Vivian? Eu sempre mimei aquela menina, fui uma irmã mais velha excelente, sempre lhe dando presentes, lhe comprando roupas, maquiagens e tudo que me pedia.
Meu coração está duplamente machucado.
“Carol, você ainda vai para balada?”, envio uma mensagem de texto para minha amiga. Não tenho ninguém para desabafar, a não ser com ela.
“Bem… Já estou aqui, mudou de ideia?”, ela responde prontamente.
Enxugo minhas lágrimas com as costas de minhas mãos, tentando me recuperar.
“Me envie o endereço que eu estou indo. Preciso muito conversar.”
Ela me envia o endereço e logo chego em um lugar do centro. Música alta toca e tem vários jovens na entrada, todos olham para mim com estranhamento, deve ser porque não paro de chorar.
“Daphne! Aqui!” Caroline acena para mim, da entrada da área VIP e eu vou até ela.
“Meu Deus, o que aconteceu com você, você foi assaltada?!”, ela me pergunta, horrorizada, “Onde estão os seus sapatos?”
O quê? Olho para os meus pés e só agora percebi que saí tão atordoada de casa que esqueci de calçar meus sapatos.
Meu pé está preto e enlameado, nem parece que eu sou uma mulher que acabou de pousar no Brasil, de um vôo de Nova York em um jatinho particular.
“Que situação, meu Deus!”
Como uma boa amiga, Caroline me leva para o banheiro e me ajuda com a maquiagem. Quanto aos sapatos, bem… ela me deu um chinelinho de dedo, que guarda para calçar quando sai da balada e após, vamos para o bar.
“Moço, me dê aquele azul ali, como é o nome, mesmo?!”, grito pedindo um drink para o barman, e logo em seguida me viro para Caroline, “Isso mesmo que você ouviu, o desgraçado está comendo a minha irmã!”
Conto tudo para minha amiga, enquanto tomo um drink atrás do outro. Tudo que quero é apagar esse sentimento de raiva e traição que me dominam.
“Você é uma mulher maravilhosa, Daphne! Merece algo muito melhor que o Alan. E sobre sua irmã… bem, já sabe o que penso sobre sua família, já está na hora de parar de cuidar deles e começar a cuidar de você mesma.”
É, ela tem razão. Desde criança comecei a pegar responsabilidades para mim. Sempre era eu que tinha que cuidar da minha irmã mais nova, eu que tinha que ser a irmã mais responsável e a com as melhores notas. Fui crescendo e as responsabilidades foram crescendo também e, por fim, quando vovô morreu, eu era a única que podia assumir os negócios. Trabalhei muito enquanto todos viviam uma vida boa as minhas costas.
“Você tem razão, Carol! Eu tenho que pensar em mim agora… Eu tenho é que me divertir pra caralho! Vamos, vamos dançar!”
A puxo pela mão e vamos para a pista. A música alta, as luzes piscando e o efeito da bebida me deixavam cada vez mais tonta, porém, estava me divertindo de verdade pela primeira vez após anos.
De repente, alguém pisa no meu chinelo e tonta, sou lançada para frente, batendo com o rosto no peito de um cara.
Ele me segura, me protegendo, e eu evito olhar para o rosto dele, cheia de vergonha.
“Ah, me… desculpe, eu escorreguei.”, hesitante, Levanto o olhar, vendo apenas a sua boca ornada por um maxilar espetacular. Ele sorri e seus lábios enrugam nos cantos e após, seus lábios se movem de uma forma sensual e hipnotizante.
Não ouço nada do que ele disse, por causa da música e por causa da minha safadeza também, né? Ele tinha um sorriso incrível e lábios instigantes.
“Daphne, você está bem?”, Caroline aparece e me puxa, me libertando daqueles braços fortes, que estavam me deixando quente e molhada… bem, eu não estou falando de suor.
Me arrumo, me perguntando por que a gente quando bebe fica tão safada?
“Estou bem, sim. Foi só alguém que pisou no meu chinelo e aquele cara…”, me virei para trás e ele havia sumido, “Bem, o cara que estava aqui, me ajudou.”
“Nossa, ele era um gato!”, Caroline diz, com um sorriso malicioso.
“Você o viu?! Como ele era?”
“Ah, bem… loiro, forte e jovem…”
“Jovem? Jovem o quanto? Não pode me dizer que eu estava sendo agarrada por um garoto de dezoito anos!”
“Não, não é para tanto, eu acho que não tinha dezoito… Não tenho certeza, está escuro e a gente já bebeu pra caralho, Daphne. Quer saber?! Vamos encontrar ele para verificar. Depois de tudo que passou, eu acho que no mínimo deveria beijar um cara lindo. E o que importa a idade se for ficar com ele só uma vez?”
“Não, não… vamos continuar aqui, deixe esse cara para lá!”
“Daphne, por favor! Vamos nos divertir como na faculdade, hein?”
Ela me olha com um olhar apelativo e eu não resisto.
“Ok, ok! Mas só vamos procurar o cara, e não fazer nada! Depois de tudo o que aconteceu, a última coisa que eu quero é envolver-me novamente com alguém…”
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Yedan Sonaecon
a situação só piora, ela sustenta esses dois imprestáveis e eles fazem isso só pode tá brincando né pqp
2025-03-16
2
Irene Saez Lage
estou amando essa estória parabéns pra que ficar sofrendo por quem não merece né
2025-03-15
1
Josy Borges
muito mais gostoso q os protagonistas, principalmente o Marco achei nada atraente
2025-03-31
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