Ontem estava achando que era sortuda, mas hoje penso que devo ser a mulher mais azarada do mundo. Depois de tudo o que aconteceu, estou cercada por homens lindos e atraentes, com meu pé enlameado.
“Com todo respeito, você tem lindos pés pretos, ragazza.”, Theo elogia, chamando minha atenção.
Fico mais uma vez vermelha, quando Theo passa um lenço umedecido em meu pé. Ele pega cuidadosamente em meu calcanhar e começa a limpar. A cada vez que ele passa o lenço umedecido, arrepios percorrem o meu corpo.
Enquanto ele limpa, parece que está acariciando meus pés e isso me deixa quente. Mordo meu lábio inferior, observando-o cuidar de meus pés delicadamente.
Theo levanta o olhar, encontrando o meu. Ele dá um sorriso de canto e diz; “Talvez seja melhor que tome um banho, o que acha?”
Balanço a cabeça em positivo, hipnotizada. Pensando que um banho frio seria ótimo para apagar esse fogo.
Ele se aproxima e me surpreende me pegando no colo e dizendo, “O chão está frio, bela. Vamos evitar que pegue um resfriado.”
Dou um sorriso malicioso, concordando, acho que na vida nunca fui tão bem tratada.
Theo me deixou no banheiro, onde tomei um banho revigorante. Ele deixou roupas novas também, me dizendo que havia comprado pela manhã, antes de ir me ver.
Vesti o short, a camiseta branca e o tênis que ele deixou. Me olhei no espelho, estranhando, faz muito tempo que não uso esse tipo de roupa, estou parecendo uma adolescente.
Ao sair do banho, encontro os três irmãos me esperando. Marco, me dá um bloquinho e uma caneta, assim como pedi, dizendo que eu não deveria ter pressa de anotar o número de minha amiga e sim tomar café da manhã com eles antes.
Me senti um pouco sem jeito, pois eles foram tão atenciosos comigo até agora, acho que me recusar a tomar café da manhã seria uma desfeita.
Me sento e Zayn se senta ao meu lado, Theo aparece e senta-se do meu outro lado e Marco na minha frente.
Eles começaram a me servir com um monte de coisas e eu fiquei um pouco perdida, ainda não sei como reagir a esse tratamento.
Espeto uma fatia de bacon em meu parto e minha mente divaga.
Penso que na vida, nunca fui tratada tão bem como hoje.
É estranho dizer isso, mas ninguém até hoje se preocupou se eu me sentiria desconfortável vestindo roupas comuns ao ir dormir, como Zayn.
Lembro-me que por muitas vezes cheguei exausta do trabalho e acabei dormindo no sofá e pela manhã, acordei do mesmo jeito. Alan nunca se preocupou em me tirar do sofá e me levar para a cama.
Se eu fiquei doente alguma vez, eu mesma tive que comprar meus medicamentos e tomar, ninguém nunca se preocupou se eu estava com dor ou me sentindo mal. Já Marco, me levou aspirinas e um copo de água, preocupado se eu estava com dor de cabeça assim que acordei.
E ninguém nunca foi atencioso comigo como Theo, se preocupando se vou ficar doente ou se alguém me incomodou.
Nunca ninguém cozinhou para mim e serviu o meu prato. A minha vida é corrida e estou sempre comendo em restaurantes e pedindo delivery.
A verdade é que esses desconhecidos em poucas horas me trataram melhor do que minha família na minha vida toda.
Até o meu avô nunca me tratou assim, ele sempre me dizia que eu era a mais forte e capaz do que todos e que deveria carregar o fardo de cuidar da minha família, mas pensando agora, nada disso faz sentido. Tudo o que eu fiz, nunca teve valor para eles, a única coisa que fizeram foi tirar vantagem de mim.
Sei que disse isso bêbada, mas é verdade, a partir de agora vou pensar mais em mim e buscar a verdadeira felicidade que mereço.
Olho para aqueles três homens lindos e penso que talvez eu estivesse com sorte mesmo. Foi sorte ter descoberto que Alan estava me traindo com minha irmã para que meus olhos se abrissem. E talvez, o destino esteja me dando uma escolha aqui. Nessa mesa tem três caras que valem a pena e porque não escolher um dos três e investir?
“Quer comer mais, ragazza?”, Marco me pergunta e eu não consigo disfarçar o quanto gosto de sua gentileza.
“Estou satisfeita, muito obrigada rapazes.”, olho para eles que acenam levemente, “Porque me chamam de ragazza, por acaso são italianos?”
“Somos cidadãos do mundo, bela.”, Zayn responde, animado, “Agora estamos aqui e amanhã podemos estar na Nova Zelândia, ou em outro lugar. Mas, respondendo sua pergunta, nossa terra mãe é a Itália.”
Olho para baixo, pensativa. Então eles vivem viajando pelo mundo? Será que em algum momento nunca mais nos veremos?
“Ficaremos por aqui por um bom tempo…”, Marco diz casualmente, e parece até que leu a minha mente.
Sorrio disfarçadamente e digo, “Ao invés de dar a vocês o número da minha amiga, vocês podem me emprestar o celular para eu ligar para ela?”
“Cherto che si, bella.”, Theo diz e me entrega seu aparelho.
Instintivamente observo o papel de parede de seu celular, que era uma foto de uma ilha paradisíaca. Internamente me sinto aliviada que não era uma foto de uma mulher.
Ligo para Caroline, perguntando se ela estava bem. Ela me responde que sim e que estava preocupada. Me contou que também não se lembrava de nada da noite passada e decidimos deixar isso tudo no escuro mesmo.
Meu celular estava com ela e menos mal que não vou precisar voltar a boate.
Digo que irei passar na casa dela para pegar o aparelho e desligo.
Ao me virar para os rapazes, dou um leve sorriso e digo, “Eu gostei muito da hospitalidade de vocês, mas tenho compromissos importantes e preciso ir.
“Eu te levo em casa, certo?”, Zayn se levanta e Marco o impede, dizendo, “Não, você tem que treinar hoje, deixe que eu a levo.”
Em seguida, Theo se levanta, dizendo também, “Bem, você também tem compromissos hoje Marco, deixe que eu a levarei."
Eles se olham em suspense e eu acabo os interrompendo, “Agradeço a boa vontade, mas eu vou sozinha. Tenho que resolver coisas pessoais e é melhor que não apareça acompanhada…”
“Tudo bem, mas… vamos nos ver novamente, ragazza?”, Zayn diz com seu olhar de garoto pidão. Ele é uma graça, mas acho que já escolhi em quem eu quero investir.
“Provavelmente nos veremos futuramente, sim, Zayn." Digo e escrevo algo no bloquinho de papel, após entrego a Marco, enfrentando a minha vergonha, “Me liga um dia desses, se quiser…”
Fico vermelha, mas não recolho minha mão.
Marco pega o papel e me dá uma piscadela.
Me despeço deles e vou para rua, para pegar um táxi.
No caminho fico pensando na minha escolha e acho que Marco é o melhor candidato para esse momento. Zayn é lindo, jovem e tem bastante energia, tenho certeza que poderia me dar momentos de muito prazer, mas Alan também é mais novo que eu e olha só no que deu o nosso relacionamento?
Theo deve ter a minha idade, é lindo com aqueles músculos poderosos e muito inteligente, porém, não estou em um momento em que minha auto estima está alta o suficiente para ter um relacionamento com ele. Todos sabem como homens na faixa dos trinta são disputados.
Já Marco, meu escolhido, é perfeito. Ele é maduro e provavelmente será mais compreensível sobre o momento que estou passando. Percebi que ele cuida dos irmãos assim como eu era com minha irmã e talvez as nossas personalidades sejam mais compatíveis do que parece.
O Táxi para eu peço para o porteiro pagar para mim a corrida e entro na mansão dos meus pais.
Está na hora de expor a verdade e dizer tudo que está entalado na minha garganta e seguir em frente.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Irene Saez Lage
É a estória está começando tá ficando interessante mas não entendi como ela foi para casa com os três rapazes?
2025-03-15
1
Tânia Principe Dos Santos
Estou amando a história mas gostava de saber exatamente o que aconteceu entre o momento que Daphne e Caroline vão procurar Zayn e o momento em que Daphne acorda com Zayn na casa dos irmãos
2025-02-16
3
Josanice Vanderlei
A irmã da Daphne deve ter mentido para os pais 🤔🤔🤔🤔
2025-03-16
0