Capitulo 17

Por Heliz

...Como todos podem se curvar perante a um espírito desses?...

...Um ser incapaz de cumprir o seu único dever!...

Se um de nós fizer algo fora de nosso propósito, isso é punido severamente, de fato não acho ruim, acredito que todos devem se portar perante ao destino imposto pela “Bolha”.

Quase todos dizem que a bolha não passa de uma obra das matriarcas, mas nós não sabemos sobre a ordem dos espíritos, os sete espíritos divinos que criaram um orbe capaz de prever a linha tênue do futuro.

Apesar das suas milhares de ramificações, a bolha, como chamam o orbe, é capaz de determinar o propósito, mas adequado.

Esse “Aspen” não entende, que não se deve driblar o futuro! Mesmo que você consiga fazer isso! Pois, no final o bate-volta, acaba com exatamente o que você pretende driblar.

Ele quer ficar com a tal de Naid, não manipule o destino para fazer isso! Vai acabar perdendo-a, não preciso saber ver o futuro para saber disso.

Para meu azar vou ter que ficar observando eles dois, enquanto fico me doendo com a burrice dele.

Nado ao redor da ilha, procurando a entrada, mas não acho.

Não é possível, cadê a entrada para piscina do propósito da Naid?!

Tem inúmeras entradas, mas sei que nenhuma dessas é a certa, tento nadar ao redor da ilha, porém a única coisa que acho é uma rocha, desisto e sento sobre ela.

De repente sou sugada para o fundo da água, bem após me sentar na rocha, me vejo sendo levada por uma corrente até o fundo da ilha, onde olho para cima e observo a ilha por baixo, um círculo escuro enorme bem acima de mim.

No meio dela tem um buraco e sou sugada por ele, passo por esse pequeno orifício durante um tempo, até que me dou conta que estou saindo para a superfície.

No fim acabo na lagoa da Naid! Supostamente, pois conheço as lagoas de praticamente todas e não faço ideia de qual é essa. Fora que isso me cheira Aspen!

De repente ouço um barulho!

Sabia! Aspen está a poucos metros, tenho certeza.

Como faço para sair da água?

Bom, talvez eu aguente um tempo fora, quais são as chances?

Segundo Aspen, eu não vou morrer hoje, mas acreditar nele seria hipocrisia...

Levito para fora d’água, minha cauda resseca um pouco, mas vou ficar bem, eu acho.

Vou em direção ao barulho, tento não chegar muito perto! Quando consigo ver o que o causou me escondo em uma distância “considerável”.

Aspen está próximo à água e Naid bem distante dela, o que é irônico.

A filhote tá perto de Aspen que tenta fazer ela reagir energéticamente.

Enquanto Naid olha os dois como uma planta terrestre! A diferença é que uma planta não tem cara de boba apaixonada.

Estou começando a secar, melhor fazer alguma coisa para não morrer de tédio, pois se demorar muito, não é a falta de água que vai me matar.

Uso energia para mover uma onda em direção a filhote, talvez assim ela aprenda a nadar e para com esse lance de pernas.

A onda quase a atinge, mas uma bolha de energia se forma ao redor protegendo-a.

Quanta frescura isso tudo para não se molhar. O pior são o papai e a mamãe, que ao invés de ensinar ela que água é só água, ficam parabenizando-a. Por isso ela tem tendências assassinas. É mimadinha igual ao papai novo dela.

Pelo menos algo aconteceu. Vamos ver o que eles vão fazer.

Aspen começa a levitar, os seus olhos ficam verdes e o seu corpo treme, enquanto erradia luz, ele dirige-se até a filhote.

Ele se posiciona na frente dela, se prepara e lança uma bola de luz em direção a ela.

Nesse momento a minha cauda dói e esbarro num arbusto. Mas acredito que eles não ouviram, embora tenha sido alto.

A filhote levanta a cabeça e olha para Aspen, o seu corpo oscila igual ao dele e a luz toma conta de tudo...

Ela se teletransporta e segundos depois aparece bem atrás de Aspen, ela cria uma bola de luz e devolve para ele. Aspen também se teletransporta, mas, na verdade, para fugir e ir até a “namoradinha” dele. A mini Naid volta a brincar na areia, como se nada tivesse acontecido.

Aspen se prepara e levita até ela, bem após bater um papo com a Naid. De repente ele irradia uma luz do seu corpo, e aparece com a aparência de um filhote. A filhote olha para cima e para baixo, como se procurasse Aspen.

Ele novamente irradia luz e seu corpo volta ao normal, nesse mesmo instante ele joga uma bola de luz em direção a Laine, que se teletransporta, reaparecendo atrás de Aspen com forma adulta.

Finalmente alguma coisa interessante, uma pequenininha que consegue copiar poderes, pois não tem um próprio, que triste!

Naid está caminhando, morrendo de medo dela para abraçar ela, que meigo a carência dela e do namoradinho é perfeitamente igualada.

A pequena reage com desdém, mas neste momento quando ela a abraça para abraçar eu caio.

E eles percebem a minha presença!

— Olha quem chegou! Como está aí? — Aspen diz bem ao meu lado.

— Vocês são tão moles que gastei muita energia para suportar essa cena. Estou durinha! — digo.

Ele me ignora e usa energia sobre a minha cauda, sumindo com ela!

— Vocês têm muito mau gosto, para que as patas?

— É mais fácil de te golpear com elas — Naid se intromete.

...Ia responder, mas a pequeno grande filhote nos olha estranhamente!...

...E não quero gastar energia!...

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