Por Naid
Não acredito que ele matou o Noah, e agora o que vão fazer, nos matar? Não é possível que sejam capazes de tamanha maldade.
— Você vai se arrepender por ter-me desafiado, Dorizar! — Aspen diz
Em seguida, vejo Aspen levitar, seus olhos ficam vermelhos, suas mãos brilham!
Em seguida, uma forte luz toma conta de toda a caverna, tão forte que tenho que tampar os meus olhos, quando a luz diminui, olho ao redor e vejo Aspen caído sobre a água, e nado até ele para ajudá-lo.
— Era isso? O que pretendia fazer, cegar-me com a sua luzinha? — Dorizar caçoa.
— Não me subestime! Poupe a sua energia, vai precisar, considerando que precisa comer para sobreviver — Aspen revida.
— Ora, seu...
Ele dá novamente um sinal ao outro guarda que nada de forma tão veloz que volta em alguns segundos!
— E?
— Não tem nada, nenhum peixe, nenhuma foca, nada... Estamos sem caça... — diz o guarda.
— Aproveite a escassez de comida, esta será minha primeira façanha, quando estiver pronto para ceder as minhas condições, sabe como me achar! — Aspen responde.
Aspen abraça-me fortemente, e nos teletransporta de volta para a lagoa!
— Você está bem, Naid? — ele pergunta.
— Sim, só estou em choque, não acredito que mataram o Noah — respondo.
— Não posso trazê-lo de volta, mas posso proteger-te, e ajudar a criar a sua pequena — ele responde.
— Você sumiu com toda comida? — pergunto.
— Sim, toda a comida. A única coisa que Dorizar se importa é com a colônia, ele vai ceder. — Aspen responde.
— E o que vamos comer? — pergunto.
— Vem cá, sente sobre a rocha da lagoa. — Aspen diz.
Sento-me sobre a beirada da lagoa, de repente Aspen com as suas mãos brilhando, circula sobre a minha cauda, sinto ela formigar e uma luz toma conta de tudo, desvio o olhar e quando me viro novamente observo o que aconteceu…
— Pernas? — pergunto.
— Acabei com a comida da água, mas não a da terra, onde eles não alcançam, toda vez que estiver seca terá pernas como os terrestres — ele responde.
Vejo ele mudar e se levantar sobre o chão ao redor da lagoa, vou e o imito.
Com dificuldade para andar, minhas pernas tremem e não consigo manter-me firme.
Aspen ajuda-me e depois de algum tempo acostumo-me com elas e consigo ficar de pé, sozinha.
— E agora? O que vamos fazer? — pergunto.
— Dorizar não vai ceder até ter certeza que realmente não tem comida, enquanto ficaremos em terra — ele responde.
— Bom, se você diz, ficaremos em terra então! — respondo.
Passamos o dia andando, Aspen mostra-me como sobreviver nas florestas da ilha, o que podemos comer e o que não podemos, onde ficar e como afastar os animais selvagens.
Ele mostra-me como criar uma luz vermelha brilhante e quente, chamada fogo, mostra-me como é útil para aquecer alimentos e para afastar visitas indesejadas dos animais.
Ele usa folhas de uma árvore chamada figueira e faz coberturas para o corpo, ele diz que na terra temos que nos cobrir.
Passamos várias semanas em terra, a minha barriga cresceu bastante, a pequena está se formando e logo ela nasce.
Nesse tempo que passamos em terra, aprendi muita coisa, até mesmo como curar ferimentos, utilizo uma pasta de ervas e coloco sobre os pés, machucados pelos caminhos da floresta.
— Isso vai ajudar. Eu fiz-lhe, coloque nos seus pés, vão proteger você — ele diz.
Ele fez uma cobertura para o pé, para não me machucar quando eu andar.
— Se chama sapatos — ele responde o meu pensamento.
— Eu havia-me esquecido que podia fazer isso — digo rindo.
Nos dias que se seguiram, aprendi a me mover sobre as árvores, o que facilita o movimento pela floresta, utilizo cipós para pendurar-me sobre as árvores e locomover-me.
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Atualizado até capítulo 26
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