Capitulo 14

Por Aspen

Já faz nove meses que voltamos para terra depois da última praga. Naid está pronta para esperar a pequena chegar. Caminho até ela que está na cabana descansando, enquanto eu caçava ela adormeceu, mas não demora muito até que ela acorda notando minha presença.

— Sinto que a pequena virá a qualquer momento!

— Fique tranquila, Naid, ainda vai demorar algumas horas — Está preparada? A sua pequena terá um futuro brilhante e será muito poderosa.

— Não sei, mas fico feliz que você está comigo.

— Eu também, Naid!

Após isso, a beijo delicadamente e ela retribui, sentindo um puxão no ventre.

— Pensei que faltavam algumas horas! — ela diz preocupada.

— Estranho, a energia dela é tão forte, que afetou a minha previsão!

Preparo a Naid que está deitada sobre a cabana, ela abre espaço para a pequena sair. Posiciono as mãos para segurar ela..

Alguns minutos depois, consigo ver a Pequena no colo de Naid, que olha chocada com o que vê.

— Pernas. Como imaginei — digo.

— Você sabia?

— Sim, mas não tinha certeza. Ela tem um potencial energético enorme, emana uma energia capaz de proteger ela. E todas as situações que passou afetou Ela adaptou-se à terra, assim como você, Naid.

— Por que não me contou?

— Minha previsão anda falhando ultimamente, não queria preocupar você atoa!

Ficamos ali olhando para a pequena durante um bom tempo.

Reparei que ela se parece muito com a Naid, principalmente o cabelo que é uma mistura de vermelho e preto.

Mas o da pequena tem as duas cores, em cada mecha se alterna os tons, umas são vermelhas e outras pretas. Os seus olhos são violetas e a sua pele é tão clara quanto a da mãe.

— A minha pequena Laine! — Naid diz.

— Tão linda quanto a Mãe! — respondo.

Nós nos beijamos novamente e somos interrompidos...

Os olhos de Laine brilham fortemente e a bebê começa a levitar, vejo Naid cair sobre chão desacordada e quando tento ir alcançar ela, eu caio próximo a ela.

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Por Naid

A minha cabeça dói, enxergo tudo embaçado, e mal consigo lembrar do que aconteceu... Quando abro meus olhos vejo o Aspen estirado ao meu lado, me levanto imediatamente e vou até ele.

— Aspen, Aspen, acorda.

— Hum, ai que dor é essa.

De repente ele arregala os olhos, olha para apenas uma direção. Nesse momento me recuperando da moleza, olho ao redor procurando a pequena, quando não a acho olho para mesma direção que Aspen, me virando bruscamente.

— AI PELOS ... CÉUS... — Aspen completa.

Laine está à nossa frente... Ou melhor, está levitando à nossa frente. Seus cabelos longos e mestiços, dividem uma coloração única, divisão dos meus estados de propósito e habitual. Preto predomina, mas o vermelho demonstra personalidade, seus cabelos são negros com pontas avermelhadas.

Os seus olhos cor violeta hipnotizam-nos; modo de falar, mas é tão único que não consigo parar de olhar, não sei Aspen por que eu não consigo me virar para ele.

Minutos depois, Aspen surge por trás da pequena flutuando um pouco, mais alto que ela, a segura e ela vira o rosto e olha para ele, ela acena com a cabeça e deita no seu ombro, quando estão no chão novamente, vejo os seus olhos, dessa vez estão normais, olhos castanhos com contorno púrpura. De fato, essa pequena tem potencial, agora entendo o que Aspen diz.

Passamos algumas horas só com ela na cabana, Aspen ao meu lado enquanto a seguro e a amamento, olho pra ela que retribui e sorri.

Como uma pequena que acabou de nascer pode fazer isso tudo?

Ela nem parece recém nascida! Como isso é possível?

— Ela mudou, a energia dela está diferente. Ela sofreu tantas mudanças quanto você, mudou de um ser aquático para terrestre, sofreu com o seu descontrole energético, com minha influência e minha energia, sofreu um atraso temporal que redefiniu toda a estrutura do seu corpo, isso tudo foi fortalecendo ela, redefinindo-a.

— Não consigo me acostumar com você lendo os meus pensamentos.

— Quer que eu pare?

— Eu acho isso muito atraente, mas não sei o porquê.

Ele ri e me beija, eu retribuo... A pequena olha e seus olhos brilham, nos afastamos e ela volta ao normal.

— Isso é muito estranho.

— Ela está reagindo... A minha energia já é forte e junto com a sua, ela aumenta grandemente, isso causa um estado de alerta nela...

— Então não podemos nem nos beijar?

— Eu não disse isso. Andei analisando, o desenvolvimento dela é precoce demais, ela não é mais uma recém-nascida, quando atrasei o nascimento dela, devo ter errado no término do processo, fazendo com que apenas o corpo dela retroceder, ela já é bem crescida mentalmente, o seu potencial é enorme e chega a me superar na minha forma física... Eu só consegui segurar ela naquele estado porque eu assumi a minha forma original. Só temos que tomar cuidado, pois se ela reagir mal, pode matar a gente!

— O quê???

— Eu já pensei nisso.

Aspen entrega-me um cordão na ponta tem um objeto, uma pedra, no formato oval.

— Coloca no pescoço dela, isso vai proteger ela e canalizar toda essa energia dela.

Coloco no pescoço dela, em seguida o cabelo dela brilha. A luz é forte, tão forte que me viro. Aspen continua olhando como se não fosse nada.

— Quando passa, eu posso enxergar, observo o cabelo dela, está inteiramente ruivo. A pedra mudou também, de púrpura ficou da cor dos seus cabelos e os seus olhos não mudaram.

— Como assim?

— A pedra canalizou a energia dela. Toda aquela força energética manifestada, agora está controlada e interiorizada. Isso ajuda ela a se controlar e a torna menos reativa, portanto, uma pequena comum aos olhos distraídos.

— Por tanto, não é uma ameaça a si mesma e nem aos outros.

— Vamos lá? Acredito que é agora a hora.

— Na hora certa, vamos lá.

Agora que o conselho cedeu, estamos livres para voltar a água, Aspen será respeitado e podemos não só viver lá embaixo, mas na mesma colônia!

Todos sabem que ele é de fato um espírito guardião e, portanto, não deve sair de perto de mim.

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