Capitulo 18

Por Heliz

Essa pequena Naid é muito estranha, fica encarando-nos de um jeito muito esquisito!

— O que foi meu anjo? — falo descaradamente.

Ela me olha com desprezo.

— Que doce de menina. — Retribuo provocando-a.

Os seus olhos ficam violetas e a filhote fica mais estranha do que já é, o seu corpo oscila e ela some.

— O que aconteceu? Será que ela está bem? — falo.

Reaparecendo novamente, Laine perto de onde estou, solta de forma bem ágil uma bola de energia que acerta minha barriga e me derruba no chão!

Ajoelho-me e abraço o meu estômago, enquanto olho para Laine.

A garota volta ao normal, os seus olhos param de brilhar e ela vira-se de costas enquanto os seus pais ficam com cara de paisagem.

Depois de algum tempo, começo a acompanhar o “casalzinho” por onde eles vão, acabo tirando a conclusão que tanta agitação lhes fez querer ficar sem fazer nada, igual dois velhos.

Sigo eles caçando, tostando a comida, comendo, dormindo. Canso e vou ver o tal do filhote, que agora tem um corpo de filhote mesmo.

Como ela consegue acompanhar o ritmo devagar desses dois?

— Não consigo.

É claro que ela replicou a telepatia do Aspen. Lembro-me muito bem dele usando em mim nas cavernas.

É por isso que ela reagiu daquela forma mais cedo.

— Está explicado, não dá para acompanhar a lerdeza e grude dos seus pais.

— Eles não são meus pais! — Naid é minha mãe, Aspen não é nada meu!

— Isso que é revolta!

— Revolta? Você sabe o que aconteceu com o meu pai?

— Claro, a questão é como você sabe? Ou melhor, desde quando você consegue falar?

— Você não é tão astuta quanto faz parecer que é — Aspen realizou um processo de atraso temporal, foram apenas oito meses de atraso, mas eu já senti os efeitos colaterais, a minha mente já tem a idade adulta.

— Então quando Aspen atrasou o seu timing cronológico isso acarretou um efeito reverso?

— Exatamente, considerando que a espécie da minha mãe devido à origem animal já entra em fase adulta a partir de 1 ciclo, o fato de Aspen acabar praticamente dobrando a minha gestação por acidente, já me torna mentalmente adulta. O meu pai pode ter sido morto, mas Aspen meio que me gerou.

— O quê?

— o meu Espírito. Quando nascemos, o nosso espírito já está formado, a nossa vida vem dele. Aspen interferiu tanto na minha formação que é praticamente meu pai.

— Então seu dom não é replicar o dos outros, simplesmente são os mesmos que o de Aspen?

— Olha, parece que menosprezei você! — ela ironiza.

— Me diz uma coisa, qual o motivo de você não falar com eles? Entendo você esconder o seu dom. Mas porque não fala?

— É eu me enganei sobre você mesmo — Já viu aqueles dois? Se meus olhos brilham já é razão para virarem um grude!

— Não aguenta seus próprios pais? Que triste.

Encaramos uma à outra e em seguida rimos.

— Acredita que Aspen vai ler sua mente e descobrir?

— Não, ele está muito ocupado paquerando a Naid e se achando o máximo!

— Exatamente!

— Você pensa que eu te contei, por que gosto e confio em você?

— E não foi?

Ela bate na testa com a mão, demonstrando indignação. O que me deixa levemente desconfortável.

Nesse momento, o pai do ano chega, levitando como sempre!

— Você tem pernas para o que, mesmo?

— Oi! Para você também, Heliz! — ele responde.

Laine olha enquanto ele a encara com uma cara de orgulho, que chega ser ridículo.

— Olá, pequena! — ele diz.

Ela o observa de volta, como se ele falasse outro idioma.

Em seguida ele vai embora para a cabana junto a Naid.

— Sério isso? O que ele veio fazer aqui?

— Veio se certificar se você está agindo corretamente — ela responde.

E foi embora quando viu que estou.

— Apesar da sua ironia, ele foi embora, pois ele confia que se você aprontar, vou acabar com você!

— E você lá perderia tempo, tentando fazer isso?! Claro que não.

— Exatamente.

— Mas como pode ser tão sem noção?

— O quê? — ela pergunta.

— Não faço ideia. Sei que não faz sentido, mas, só falei!

— Sem sentido mesmo, você é estranha! — ela responde.

— Penso mesmo de você.

— “Obrigado, pela parte que me toca!” — ela responde —, Não entendo da onde você tira essas palavras sem sentido! — complementa.

— o meu dom! Tenho acesso a outro plano existencial, da onde tiro diversas coisas diferentes, nem todas fazem sentido...

— Eu acredito que... — ela indaga.

Nesse momento, Naid aparece extremamente atordoada, sua pele está branca, além do que já é, seus olhos estão tão profundos, como se não estivesse de fato focando em algo.

Antes que eu pudesse dizer algo, ouço um estrondo gigantesco, todas olhamos para a direção do barulho.

— Aspen! — Eu e Naid gritamos.

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