capítulo 9

Sebastiam, passou seis meses no mar, apenas pequenas paradas para reabastecer. Quando finalmente chegou, o tio já estava a espera dele.

— Sebastiam, como você cresceu. Veja o belo jovem que se tornou.

— Tio como está?

— Bem. E você pela sua cara, deve estar cansado da viagem.

— De fato, não aguento mais ver água no meu caminho.

— Então vamos, a sua família está a sua espera. Como está a Ivi?

- O meu pai casou ela com um velho nojento, ele machucou a minha irmã, mas vai pagar. O senhor poderia me ajudar a pegar ela de volta?

— Veremos isso, tudo no seu tempo. Por hoje descanse.

Sebastiam esperava encontrar ajuda. Assim livraria a Irmã das mãos do Muriel.

Aquele dia, Sebastiam apenas tomou banho, comeu uma bela refeição e descansou.

Na manhã seguinte, ele acordou cedo. Seu tio estava tomando café.

— Bom dia Sebastiam.

— Bom dia tio.

— Dormiu bem?

— Sim, obrigado por perguntar.

— Se alimente, depois vamos ver os parentes.

— Tudo bem.

Sebastiam tomou o seu leite, comeu pão e frutas.

— Isso está muito bom.

— As mãos da sua prima são mágicas. Ela tem um certo dom para deixar a comida mais saborosa.

— Prima? Não me recordo de nenhuma prima.

— Você não deve lembrar, pois, nunca a viu.

Eles terminaram de comer, e saíram.

— Notei que está com o colar da sua mãe. Como conseguiu ele?

— Esse é o colar da minha irmã, a minha mãe deixou para ela.

— Você sabe se a sua irmã já fez algo diferente?

— Diferente, como?

— Algo que você considere estranho.

— Não, a minha irmã é muito inteligente, ela aprende tudo com muita facilidade, muito mais que eu.

— Você já fez algo que considerasse diferente? Ou sentiu algo de diferente em você?

— Nunca fiz nada de extraordinário. Por que o senhor está me fazendo essas perguntas?

— Você, e a sua irmã vão fazer 16 anos, e precisam saber de um segredo. É um segredo de família.

— Um segredo, e que segredo seria esse?

— Você acredita em magia?

— Magia, tipo aqueles truques de mágicos?

— Não menino, magia, bruxas.

— Bruxas não existem, e magia de verdade também não.

— Você está equivocado. A sua mãe vem de uma linhagem de bruxas e bruxos bem interessantes. Ela não teve tempo de aprender a usar os poderes. Na verdade, nunca soubemos se ela tinha eles.

— O senhor está bem tio?

— É, eu sei, não é fácil acreditar nisso. Também duvidei quando novo. Até jogar um amigo meu a metros de distância.

— Talvez, o senhor tenha imaginado, jogar ele a alguns metros de distância.

— Essa é a sua teoria?

— Sim.

— O que faria se eu fizesse isso com você agora mesmo?

— Não faria nada.

— Está vendo aquele monte de feno?

— Sim.

— Se prepare. — Sebastiam foi arremessado a 100metros. Caiu em cima do feno, feito um boneco.

O tio caminhou até lá.

— Você está bem?

— Como fez isso?

— Magia.

— Não foi, isso foi um truque. Como foi feito?

— Acha mesmo que isso foi um truque?

— Sim.

— Tudo bem, escolha qualquer coisa que você quer que eu arremesse.

— Aquele porco.

— A sua tia, não vai gostar de saber que arremessei o porco dela. Mas, vou dizer que foi você que pediu. Aliás, deveria sair daí.

Sebastiam viu o porco voando na direção dele, quando chegou perto, o tio segurou o porco no ar e o soltou.

— Por que não fez isso comigo?

— Você não acredita em magia.

— E o que mais sabe fazer?

— Os meus poderes são esses, é, eu sei nada muito legal.

— Quem mais aqui tem poderes?

- a sua prima, a sua tia e uma prima da sua mãe, mais distante.

— Que tipo de magia elas tem?

- a sua prima usa magia para cozinhar, ela consegue controlar alimentos. Ainda bem que só alimentos, e não as pessoas. A sua tia tem o dom do fogo, pode colocar fogo nas coisas, é um poder vantajoso, menos quando está com raiva. Ela também pode te ajudar a liberar os seus poderes. Já a prima da sua mãe, tem o poder de adivinhar o futuro.

_ Que tipo de poderes acha que eu posso ter?

_ Não faço a menor ideia. Mas, vai descobrir enquanto estiver aqui.

_ Me chamou para me falar sobre isso?

_ Sim! Você é a sua irmã precisam saber disso, dependendo dos poderes que vocês tem, podem se prejudicar. Como pode ver, vivemos em paz, não fazemos exposição do que sabemos.

_ Então a minha irmã corre perigo? Espero que ela tenha o poder do fogo, assim poderá queimar aquele velho por inteiro.

_ Se ela tiver um poder assim, e não souber usar, e for descoberta. Eles a matarão por bruxaria. Vamos tentar ajudar a sua irmã de alguma forma. Mas, primeiro vamos descobrir quais são os seus poderes.

_ Tio, isso vai demorar muito?

_ Pode ser que sim, ou não. Vai depender de você.

_ Meu pai sabia que a minha mãe tinha poderes?

_ O seu pai, só queria um filho, nunca se importou com a sua mãe.

_ Sabe como ela morreu?

_ Sua mãe tirou a própria vida.

_ Eu ouvi comentários de que ninguém viu ela sair do castelo. Acha que ela poderia ter o poder de voar?

_ Sebastiam, acredito que ela tenha saído de uma forma inimaginável, mas, voando, acredito que não.

Sebastiam nunca conversou com o pai sobre a mãe. E poder saber um pouco dela era bom.

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