capítulo 5

Quando a noite caiu, o rei Muriel mandou ficarem de guarda. Deveriam garantir que a rainha não saísse. Ele deixou ela sozinha aquela noite. Na manhã seguinte ele retornou para a carruagem. Ela estava dormindo, escorada num canto. Muriel aproximou-se dela. Tocou o rosto, Ivi acordou no mesmo instante.

— Sai de perto.

— Não minha querida, eu deixei você descansar ontem. Mas hoje, eu vou possui-la novamente.

— Não toca essas mãos imundas em mim. Eu tenho nojo de você. — Ivi gritava para que todos pudessem ouvir.

Muriel não bateu nela, queria que o rosto estivesse perfeito quando chegasse no reino. Mas, tapou a boca da mesma para que não gritasse. Segurou as mãos dela e beijou o pescoço.

— Quando cair a noite, você será minha. Eu vou querer ouvir os seus gritos. E quanto mais resistir, pior para você.—- Muriel, destapou a boca dela e beijou.

Ivi cuspiu no rosto dele. Muriel limpou e deu um tapa na cabeça dela.

Eles continuaram viagem. Ela estava sem comer, e precisava fazer xixi.

— Eu preciso fazer xixi.

— Aguente mais um pouco, chegaremos a uma estalagem daqui a pouco. Vai poder tomar banho, e fazer as suas necessidades.

— Eu não vou conseguir aguentar.

— Vai, se você fizer isso aqui, eu faço você limpar com os seus cabelos.

Ivi segurou até chegar a estalagem. Quando saiu da carruagem foi levada por dois soldados até um quarto. O rei Muriel pediu água para tomar banho, e mandou ficarem de olho nela caso tentasse qualquer gracinha. Dois soldados levaram o baú dela, assim poderia vestir roupas limpas.

Ela pensou em sair pela porta, mas havia soldados demais. Resolveu, tentar a janela. Mas percebeu que não abria. Ela tomou banho, e se vestiu. Uma mulher entrou com um ensopado para ela.

— Por favor me ajude.

A mulher apenas fez um sinal de negativo, e saiu. Ivi sentou na cama e chorou. Não tinha como escapar.

Muriel tomou banho, mas notou que o corte não havia cicatrizado por completo. Apenas não podia demonstrar que ainda estava ferido. Seus poderes pareciam não funcionar naquele momento.

Ele tomou banho, se vestiu e comeu um pouco de comida. Foi para o quarto da Ivi. Entrou, e encontrou a comida toda no prato. Ela estava encolhida na cama.

- a minha querida, precisa comer. Teremos alguns dias de viagem, preciso que se alimente.

— Não tenho fome.

— Pega aquele prato e come, se não fizer isso, eu vou usar você de maneiras que nem imagina.

— Deveria me matar enquanto ainda tem tempo.

— Terei todo o tempo do mundo. Agora come o ensopado. Voltarei daqui a pouco e se não tiver comido as coisas ficarão bem ruins para você.

Muriel saiu, mas Ivi não levantou para comer. Quando ele retornou ao quarto ela estava dormindo. Ele deitou ao lado dela, subiu o vestido, ela acordou e ele a agarrou.