A vida de Ivi, se limitou a, um, quarto com guardas na porta. Tendo que dividir diariamente a cama com o Muriel. Ela pensava em se jogar lá de cima, mas nem mesmo as janelas colaboravam para isso.
Muriel ficou sabendo da visita do filho a casa dele. Ivi apenas viu as serviçais arrumando as roupas dela e retirando do quarto.
Dois guardas a levaram.
— Para onde estão me levando?
Nenhuma resposta foi ouvida. Ivi começou a gritar pedindo ajuda. Mas, ninguém naquele lugar sentia pena dela.
Ivi foi levada a uma das Torres, foi aprisionada a uma corrente para que não conseguisse fugir pela janela. Ela gritou, mas não tinha resposta alguma. Ali havia livros, uma vela, fósforos, e uma cama.
Durante a noite o rei Muriel a visitou intimamente.
— Não se esqueça Ivi, amanhã é lua cheia, se gritar, ou fizer qualquer coisa que me desagrade. Já sabe de que forma será possuída. Se comporte, terei visitas no castelo.
— Por favor me deixe sair.
— Não minha amada, quem está por chegar não pode saber que você está aqui.
— Ninguém se importa comigo.
— Talvez, agora se comporte e aproveite o seu tempo fora do nosso ninho.
Rei Muriel saiu. Ivi ficou pensando em quem poderia estar chegando. Seu irmão não era. O pai jamais permitiria.
Ivi tentava se aproximar da janela, mas não conseguia. Aquelas correntes foram feitas com medida. Alguém antes dela esteve ali, mas quem?
Antônio, filho do rei Muriel, chegou durante a noite. Ele foi direto ao quarto, estava cansado.
Na manhã seguinte, eles se encontraram no salão principal.
— Majestade, como tem passado. — disse Antônio ao se curvar.
— Bem, soube que chegou ontem a noite.
— Sim, como sempre está bem informado.
— Preciso meu caro, é necessário.
— Soube que o senhor casou. Onde está a rainha que não nos agraciou com a sua presença?
— De fato casei, mas a rainha adoeceu e acabou morrendo.
— Assim de repente?
— Você sabe, essas coisas acontecem.
— E com o senhor, numa frequência bem grande.
— Está querendo insinuar algo Antônio?
— De forma alguma, apenas quero dizer que não tem tanta sorte para o amor.
— Assim espero.
— Vou passear pelo Reino, ver se há algo de novo. Talvez uma dançarina nova. — Antônio sorriu.
— Acho que não há nada de novo. Quando pretende partir?
— Eu acabei de chegar, já deseja a partida do seu único filho?
— De forma alguma, até mesmo porque esse reino também é seu.
— Vou ficar por um tempo aqui. A casa da minha mãe está muito chata.
— Imagino. Vou acompanha-lo no seu passeio.
Muriel, saiu com o filho. Não queria ele andando sozinho.
— Pai, o senhor falou com o rei Ferminiano?
— Sim, continua o mesmo.
— Tem uma resposta do meu pedido?
— Não meu filho, o Ferminiano não irá ceder facilmente.
— Quem sabe mais adiante. Talvez já tenha feito uma aliança mais vantajosa ao reino dele.
— Talvez sim, havia muitos interessados nessa aliança. Soube que ele pretende casar o filho com uma oriental.
— Talvez, ele queira casar o filho primeiro.
— Talvez, deveria encontrar alguma outra moça.
— Talvez.
— Não ande sozinho a noite, é noite de lua cheia. Não esqueça o que aconteceu a sua mãe.
— Como esqueceria ela foi morta na minha frente.
— Até hoje não encontramos o culpado.
— O culpado? Sabe que não foi um humano que matou ela.
— Por trás de toda fera existe alguém.
— Se eu fosse maior, teria matado aquela coisa.
— Vamos esquecer o passado.
— A sua esposa adoeceu mesmo, ou foi morta por um animal?
— Adoeceu.
— E quem era ela mesmo?
— Ninguém. Antônio pare de fazer perguntas, e não saia a noite para o seu próprio bem. Já vou voltar, não tenho idade para ficar vagando a toa.
Antônio notou o quanto o pai ficou incomodado. Talvez, a história tenha se repetido.
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Atualizado até capítulo 131
Comments
Mellika Duarte
ele não sabe que é o pai que mata
2024-08-21
2
Angela Valentim Amv
Nossa o que vai acontecer a partir de agora ?
2024-08-13
3
Silvia Araújo
o seu pai matou sua mãe, cuida
2024-08-04
2