Era uma noite escura, quando rei Ferminiano recebia a notícia do nascimento do seu primeiro filho.
Ele entrou rapidamente no quarto, esperava ansioso a chegada dele. Ainda mais sendo o seu herdeiro.
— Majestade, o seu filho nasceu. - disse uma das serviçais que estava no quarto.
— É um menino? - perguntou ele ansioso.
— Sim majestade.
— Meu filho! Sebastiam, esse será o seu nome. - disse o rei, ao pegar o filho no colo.
- Majestade, tem outra criança. A rainha deu a luz a uma menina.
- Uma menina? - pergunta ele, um pouco intrigado.
- Sim majestade, são gêmeos.
— Deixe-me ver. - O rei pega a filha nos braços e a observa.— Parece ser frágil, mas não importa. Tenho um filho homem, e herdeiro do meu trono. Cuidem bem do menino, arrumem uma ama de leite. Deve ser bem alimentado.
— Sim majestade!
A serviçal saiu de imediato, mandou um soldado procurar alguma mulher que pudesse amamentar as crianças.
O rei tinha olhos apenas para o filho, a final era seu herdeiro. Quanto a menina, não era tão importante.
Nem ao menos importou-se com a sua esposa. Para ele, a sua vida estava completa. Conseguiu finalmente o seu tão desejado filho.
Anisa, se manteve como sempre. Distante de tudo, e apenas observando a preferência do rei. Ela amamentava a filha, enquanto o filho era alimentado por outra pessoa. Sendo ordem direta do rei, que o menino deveria ser bem alimentado.
Anisa, nunca questionou nenhuma decisão tomada por ele.
Numa noite, quando a lua apareceu na sua mais bela forma. Anisa recebeu uma visita. Ela despediu-se dos filhos, deixando um colar com a sua filha Ivi. Sumiu sem deixar nenhum rastro pelo castelo.
Na manhã seguinte, as suas damas entraram procurando por ela. Apenas as duas crianças estavam sobre a cama.
Elas avisaram a um dos guardas, que avisou ao rei. Vasculharam todo o castelo atrás da jovem rainha. Ninguém, havia visto a mesma.
Passado alguns dias, o corpo da rainha foi encontrado. Chegaram a conclusão que alguém havia matado a mesma.
O rei não entendia, não havia lógica para a explicação que lhe foi dada. Anisa, não saia do castelo, no entanto, não deveria ter inimigos. Talvez, inimigos do pai da mesma.
O rei mandou alguém cuidar das crianças, dando atenção preferencialmente ao filho.
No decorrer dos anos, a preferência do rei se mantinha sobre o menino. Era mimado de todas as formas. Tinha grandes professores, e aprendia com os melhores.
Ivi, era mantida afastada. O rei alegava que ela era uma menina, não deveria aprender as mesmas coisas que o irmão. Porém, a menina se sobressaia. Escondida, assistia a todas as aulas que o irmão fazia. Era muito inteligente e tinha muita facilidade.
O rei Ferminiano, gostava de fazer exibição da figura do filho. Ambos herdaram a beleza da mãe. Apenas, o tom de pele era diferente.
Sebastiam, era diferente do pai. Apesar de ser o centro das atenções, cuidava da irmã. Mesmo escondido, ele ensinava a ela, coisas que ele sabia que ela não poderia aprender sozinha.
O amor, que ele tinha era muito grande. Chegando muitas vezes, a assumir a culpa de algo que o pai queria que sobrecaisse sobre a irmã. Sabia que ficaria impune.
— Ivi, eu sempre protegerei você. Somos um só.
— Sebastiam, eu sempre estarei com você.
— O que fazem aí? — pergunta o pai ao encontrar os dois escondidos.
— Nada pai, estávamos apenas conversando.
— Nada de conversas. Você já deveria estar arrumada Ivi, teremos convidados. — O pai agarrou ela pelo braço a puxou de baixo da mesa.
— Solta ela pai, foi minha culpa. Eu chamei ela para conversar. — disse Sebastiam, ao agarrar a mão do pai.
— Essa sua mania de defender ela vai acabar. Hoje mesmo eu vou fazer uma aliança, e ela não vai mais atrapalhar os seus estudos.
— A Ivi não me atrapalha, ela é mais inteligente do que eu.
— Inteligente? Essa menina é ignorante, não sabe nada. Pelo menos terá serventia para algo. Agora vai se arrumar, e apareça vestida decentemente.
Ivi, olhou para o Sebastiam, ele apenas fez um sinal de positivo com a cabeça. Ela retirou-se, mas não era essa a sua vontade.
— Você precisa parar de defender ela. Mas, tudo será resolvido, não terá mais nenhuma distração.
— Pai o que vai fazer? — Sebastiam não gostou da forma com que o pai falou.
— Você verá, agora arrume essa roupa. Temos convidados.
O sorriso do pai, só fez com que ele ficasse mais preocupado.
Sebastiam, e Ivi já tinham seus 15 anos. O pai, decidido a se livrar da filha, arrumou uma aliança. Precisava de soldados e uma proteção maior. O rei Muriel, era viúvo, e buscava um casamento para o filho. Assim que Ferminiano, falou sobre a filha, ele teve interesse de imediato. No jantar seria anunciado essa união.
Assim que Ivi foi apresentada, o rei Muriel mudou os planos. Desejou a menina, como se fosse um pedaço de carne. Seu filho Antônio, já tinha um reino. Ele poderia ter outro filho, que assumiria a sua casa.
— Gostaria de pedir a atenção de todos. Gostaria de agradecer ao rei Ferminiano pela hospitalidade, e dizer que estou muito feliz com a aliança que fizemos. Entramos em acordo e concordamos, que um casamento entre as famílias seria algo maravilhoso para ambos os lados. Mas, mudei de ideia. Eu quero que a sua filha seja a minha esposa. Espero que não haja nenhum inconveniente. — disse Muriel, ao levantar a taça.
— Inconveniente algum...
- a minha irmã não vai casar. Ainda mais com um velho. — disse Sebastiam ao levantar e bater na mesa.
- Sebastiam você não decidi nada aqui. A sua irmã vai casar e não há nada que possa fazer. Quero que peça desculpas ao rei Muriel, pela sua falta de educação.
- Não, eu serei rei, e a minha irmã não vai casar com esse homem.
O rei Ferminiano pela primeira vez bateu no filho. Mandou retirá-lo do salão.
— Rei Muriel peço desculpas, esse menino vai receber o castigo que merece pela afronta que acaba de fazer. Continuando ...
— Eu prefiro a morte do que casar. — Ivi, falou e já ia se retirar. Dois guardas pegaram ela, e a mantiveram agarrada.
— Não sei de onde herdou tanta rebeldia. A mãe era praticamente muda. — ele riu com os demais. — Bom, espero que o senhor consiga ter pulso firme para controlar a sua noiva. A nossa aliança está mais que firmada. Se quiser realizamos esse casamento amanhã mesmo. Assim, não precisará ter que retornar de mãos vazias.
— Por mim tudo bem, não gostaria de passar o inverno sem a companhia de uma bela mulher.
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Atualizado até capítulo 131
Comments
Fátima Ramos
A mãe deles deve de ter tirado a própria vida, não pensando que deixava a filha sem amor dos pai
2025-03-07
3
Lena Lima Lima
Esse Firminiano só pudia chamar Firminiano mesmo kkkk.
2025-01-13
1
Mellika Duarte
velhos nojento
2024-08-21
1