capítulo 7

O rei Muriel ficou na estalagem por dois dias. E os dois dias ele atormentou a vida da Ivi.

Quando partiram, ela colocou algumas roupas a mais, fugiria assim que possível.

No decorrer da viagem, ela notou que o Muriel nunca ficava na carruagem durante a noite. Aquilo era um alívio para ela, já passava o dia tendo que aturar aquele homem nojento.

No meio da noite, ela espiou para ver tinha alguém acordado. Ivi procurou sair silenciosamente, a noite estava clara, era lua cheia. Ela correu para dentro da floresta. Conforme foi caminhando, ela escutou alguns barulhos estranhos. Ela parou e escondeu-se entre as árvores. Ivi ficou em completo silêncio, quando resolveu espiar pela lateral da árvore, se deparou com o Muriel. Estava nu, e frente a ela.

— Achou que podia fugir de mim. Eu vou ensinar uma lição a você.

— Socorro, socorro... — Ela gritava desesperada, mas a sua voz não era ouvida.

Um dos soldados foi até lá. Mas, não pode fazer nada, apenas presenciar o rei possuindo a sua esposa.

Muriel, bateu nela antes de possuí-la.

— Olhe bem para mim, você vai saber o que eu sou, e vou possui-la dessa forma para que nunca mais tente fugir.

Muriel agarrou o rosto dela, e começou a se transformar. Ela tentou gritar, mas foi impossível. Na sua forma meio humana, ele possuiu a Ivi. Dessa vez demorando muito mais.

Ivi acabou desmaiando. O rei a levou para a carruagem, e a trancou lá dentro.

Na manhã seguinte, ela acordou e já estavam na estrada novamente. Quando olhou para ele se acuou num canto.

— O que foi minha jovem e deliciosa esposa? — Muriel mostrou os seus olhos vermelhos a ela.

— Você é um demônio. — Gritou ela.

— Não, eu sou um lobisomem, pode me chamar de demônio vai ser um elogio saindo da sua boca. Nunca mais pense em fugir. Eu fui bonzinho com você, poderia ter sido bem pior.

— Eu quero que vá para o inferno seu velho maldito.

— Poderia ter feito de você o meu jantar. Mas eu a quero, você é igual um cervo novo na campina. A carne é macia, o sangue é fresco, e um delicioso aperitivo para saciar a minha fome.

— Quando eu falar para as pessoas o que você é…

— Não vão acreditar em você, e sabe o que farei com você caso abre a sua deliciosa boca. Eu me transformarei em algo pior. E vou fazer com você o que fiz ontem. Não pense que posso usa-la somente daquela forma. Depois, devorarei você ainda viva.

Ivi começou a temer ele. Lembrou da noite anterior, e as lágrimas percorreram o seu rosto.

— Não tente mais nenhuma loucura.

Ivi não trocou mais nenhuma palavra com ele durante o caminho. Mas, tremia toda a vez que ele se aproximava.

Muriel possuía ela ali mesmo. E toda vez que ela virava o rosto ele a agarrava e fazia ela ficar olhando aqueles olhos vermelhos.

Levaram alguns dia para chegarem ao reino. Assim que colocaram os pés lá, Muriel mandou prepararem o banho da sua esposa, e alimentarem. Deveria ficar nos aposentos dele, e não sair de lá.