Cheguei, troquei de roupas colocando uma calça jeans e uma t-shirt preta comum.
Amarrei o meu cabelo num rabo de cavalo e quis ficar o mais profissional possível, optei em não colocar a farda devido a Andrew, para não assustar ninguém com a presença da polícia e para também isso não chegar nos ouvidos do pessoal do departamento.
Respirei fundo olhando para o meu reflexo no espelho e esfreguei os meus dedos nos olhos um pouco nervosa e preocupada.
Pego a minha bolsa e fui.
No caminho, enquanto dirigia pela estrada movimentada recebi uma ligação de um número desconhecido.
Atendi.
— Quem é?
— Hanna Montemor, pare de bancar de detetive — Disse a pessoa por trás da linha com a voz embargada para não ser reconhecido.
Parei o carro ao lado da costa assustada e peguei o meu celular em mãos.
— Pare, se não quiser se machucar e machucar toda a sua família e os envolvidos nessa merda. — ele ameaçava num tom que era de dar medo em qualquer um.
Menos em mim.
Eu não iria abaixar a cabeça para esse criminoso.
Mas... ele não precisava saber disso
— Por favor, não faça nada. Eu não farei mais nada. — Disse eu com uma voz como se a querida Hanna estivesse assustada e redimida.
Os meus inimigos precisam acreditar que eu estou nas mãos dele, assim posso decepa-la com calma.
— Isso é um aviso, pare de se meter com quem você não deve. — finalizou por vez e desligando não esperando nem mesmo eu falar algo.
Depois que a pessoa abandonou a chamada, eu respirei fundo tentando assimilar e conclui que se antes havia dúvidas sobre os crimes denunciados por Chloé fosse verdade, agora eu tinha absoluta certeza.
Pus minha mão no volante e olhei fixamente para a frente arquitetando ideias e todos os meus planos para acabar com esse desgraçado.
Essa ligação foi a pior burrada, pois além de comprovar que os crimes eram verdades, eu descobriria o básico através do circuito integrado.
Prossegui, pois, eu não iria desistir disso e eu precisava encontrar Andrew para irmos até uma das peças importantes desse jogo.
Eu só precisaria tomar cuidado e não recuar.
E claro, também não poderia comentar com Andrew sobre isso. Obviamente se ele soubesse ele não iria colaborar com a investigação, então isso seria somente meu.
Fui e encontrei ele meio tenso em frente a cafeteira que combinamos. Sai e fui até ele com um olhar confiante e tentando transmitir confiança. Embora por dentro eu estava quase tendo um surto.
Ele virou-se e olhou para mim já me reconhecendo e caminhando até a minha direção.
— Pensei que a senhora viria às dez. — ele falou praticamente me dando um puxão de orelha pelo atraso de cinco minutos.
Encarei ele sem falar nada e respirei bem fundo, quase colocando todo o meu ar para fora
— Vamos, entre no carro. — pedi a apontar para o meu Corolla vermelho estacionado logo a frente e suspirei em seguida olhando para o lado.
Ele olhou-me, mas evitei qualquer tipo de contato visual com o rapaz.
- A senhora está bem? - ele questionou desconfiado.
Eu cruzei meus braços e neguei com a cabeça.
- Estou melhor que nunca, vamos?
Ele não havia acreditado muito nisso, mas preferiu não ficar enchendo o meu saco e entramos logo no carro e seguimos o caminho.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Quem será que está por trás disso tudo?
olha que minha intuição nunca falha, apesar de não desconfiar muito do diretor ainda tenho as minhas dúvidas, mas... nada tira da minha cabeça que o namorado possa ser o suspeito.
2023-11-13
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