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O segurança embora estivesse receoso com o que poderia acontecer com Chloé, o escândalo que haveria com o teatro e o risco que o seu emprego correria, estava mais preocupado em não enfrentar a lei, então ele levou-nos até o camarim onde estava a bailarina.
Quando chegamos até lá, que era basicamente um pouco afastado dos palcos, a porta de madeira maciso estava totalmente aberta e apenas o corpo de Chloé caído no chão pálido e frio com seus olhos arregalados como se estivesse assustada, e ao lado o bailarino parceiro de dança dela.
Ele ajoelhado ao lado dela estava com os dedos medindo a pulsação dela e o seu rosto estava em choque e levemente desesperado.
- Parado aí! - ordenou Marcos sacando a sua arma e apontando em direção ao homem que estava extasiado. - O que você fez? - Marcos se aproxima dele o coagindo com a arma de frente para o rosto dele.
- Eu... Eu não fiz nada. Eu cheguei aqui e ela estava morta. - ele justifica-se com as mãos para o alto demonstrando recuar.
Eu não tinha nem como expressar tudo que eu estava sentindo.
Se antes havia dúvidas, agora eu tinha certeza que Chloé realmente sabia de algo e foi morta para queima de arquivo.
Marcos foi para escarrachar com o rapaz quando eu o intervir segurando seu braço e o deixando confuso.
- Hanna, ele matou ela. Está evidente isso.
- Não matei, não! - retrucou ele preocupado e ficando muito charmoso ainda mais de perto.
Foco, Hanna.
Foco!
- Teremos que te levar até a delegacia para você prestar depoimento - falei para o rapaz enquanto retirava meu celular do bolso.
O rapaz estava em choque.
Provavelmente ele estava traumatizado em presenciar a morte da sua colega.
Ou...
Será que ele está apenas fingindo para enganar a gente e sair como coitadinho?
- Alô, aqui é a Agente Montemor. Preciso que mandem uma viatura e a perícia criminal para o Alpha Teatro. Uma bailarina foi assassinada. - falei com muito pesar e tensa em saber o quanto esse caso e as pessoas envolvidas estariam em risco.
O rapaz embora estivesse um pouco nervoso com a situação não quis demonstrar e apenas respirou fundo e se sentou na cadeira que havia ao lado e se acalmou.
Eu olhei para ele me aproximando e tirando meu caderno da bolsa e uma caneta.
- Você pode me dizer o que aconteceu? - tentei meio que interroga-lo de forma sútil.
- Eu entrei aqui e já encontrei ela assim, eu juro - ele respondeu de forma espontânea
- Qual seu nome?
- Me chamo Andrew, senhora. Andrew Santana Kang.
Que nome diferente ele tinha.
O mais estranho era o 'Santana' no meio de um nome bem estrangeiro.
Anotei no papel e quando voltei a olhar para ele, vi Andrew me escaneando de cima a baixo discretamente, mas ficando super sem graça vendo que eu percebi.
Eu fiquei super desconcertada e sem conseguir falar muita coisa, Marcos estava lá fora ligando para alguns colegas de farda e explicando sobre o ocorrido.
Eu olhei para a bailarina morta no chão e depois voltei a encarar Andrew.
- Bem Sr. Kang, você conhecia bem a vítima? Pode me falar um pouco sobre o que você sabe dela?
Os olhos deles ficaram perdidos e ele se cedeu a um longo suspiro.
- Ela não era flor que se cheirasse. Mas, matar ela? Não sei quem teria coragem disso.
Isso já chamou bem minha atenção. No palco parecia que ambos se davam muito bem, sorriam e se tocavam o tempo inteiro.
- Como assim?
- Ela era uma pessoa bem orgulhosa e gananciosa. Mas ao mesmo tempo muito emocional e impulsiva.
Eu puxo uma cadeira que estava ao lado e me sento me atentando a todos os detalhes ditos pelo colega da vítima.
- Você acha que isso foi um crime passional?
- Eu não como dizer muito bem.
Ele me olha nos olhos meio angustiado e mordisca o lábio com se quisesse falar algo.
Parecia que ele estava analisando cada detalhe do meu rosto e apreciava ele.
Eu estava me sentindo tão aflita como nunca me sentir em outro caso. Talvez seja porque dessa vez envolveria pessoas do meu ciclo.
Eu olhei para ele, e sem maldade posso dizer que, se eu fosse solteira, ele super faria o meu tipo.
Estando mais perto ainda, eu conseguir ver melhor o rosto dele.
Ele parecia um idol de kpop, seu estilo sua maneira de falar e agir.
Acho que a Hanna de treze anos dorameira surgiu de novo.
A forma que ele me encarava e eu a ele fazia parecer que nós nos conhecíamos a um bom tempo.
Marcos entrou, e com o susto que levei com uma mistura de peso na consciência eu já estava de pé caminhando rapidamente para o lado dele apreensiva.
- O Jorge disse que em alguns minutos a perícia já estará aqui. - falei num tom sério e pensando em como eu faria para iniciar esse investigação que...
Talvez ficaria mais fácil?
O diretor não estava querendo investigar o caso do infiltrado por não ter provas concretas.
Mas talvez investigando o homicídio dessa noite, eu poderia chegar ao corrupto que, com certeza, mandou matar Chloé.
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Os peritos chegaram e logo começaram a coletar provas, dna e tudo que fosse necessário. Logo que rapidamente a notícia se espalhou por todo salão sobre a inesperada e repentina morte da estrela da noite, as pessoas cochichavam querendo notícias atualizadas sobre a tragédia.
Tentamos ligar para algum parente de Chloé, mas, não conseguimos encontrar ninguém.
O local logo foi isolado e Andrew depois de trocar de roupas foi escoltado até a delegacia ao meu lado e de Marcos para prestar depoimento.
O caminho todo ele permaneceu tenso e em silêncio, a não ser pelo momento em que ele pediu para ligar para um amigo advogado.
- Tenho direito a um advogado.- disse ele de repente quebrando o silêncio que dançava mais sobre o ambiente do que ele em palco.
- Nós sabemos, acho que de lei os agentes policiais devem conhecer um pouco. - Retrucou Marcos de uma forma bem grosseira que deixou o jovem bem constrangido, mas não de cabeça baixa.
- Ainda bem, porque se não, teriam os Srs mesmo ligado para minha família. E também não teriam me perguntado nada sem a presença dele. - retrucou falando com um tom gentil para não parecer grosseiro.
Mas eu bem percebi isso enquanto dirigia, que embora o carro fosse do Marcos, ele preferiu ir atrás com o suspeito para caso ele reagisse, tivesse como ele nos proteger, e me segurei para não rir vendo um alfinetando o outro.
E como conheço Marcos e já esperava, ele não deixou barato.
- Já que gabaritou o artigo, deveria saber que desacato é crime também. E que você além disso, vai preso por matar aquela mulher. - ele falou com uma fúria em seus olhos que até eu fiquei com medo.
- Eu já disse que não matei ninguém - ele se altera levemente e aumenta seu tom de voz.
Nesse momento a mão de Marcos já estava estendida para bater em Andrew, até que eu ordeno alterada que ele pare e paro com o carro.
- Não faça isso Marcos! - eu grito inconformada em vê o que Marcos seria capaz de fazer com uma pessoa que estava apenas se defendendo.
Ele ergue a sombrancelha me encarando enfurecido.
- Vai defender esse homem? - Marcos me questiona intrigado como se ele ainda tivesse certo dessa atitude.
- Você ia bater nele. Acha mesmo que eu iria deixar você fazer uma loucura dessa?
- Eu não... - ele para por alguns segundos tentando encontrar uma justificativa coerente para desmentir o que eu havia acabado de ver.
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Atualizado até capítulo 90
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