Depois que o garçom chegou com o prato de Andrew e viu ele comigo, o funcionário supôs que estaríamos juntos e levou as nossas refeições até nós com uma garrafa de vinho tinto.
- Estamos com a promoção hoje de um jantar de casal acima de R$150,00, ganha-se o nosso vinho por cortesia. - explicou ele
Embora não estivesse sendo acompanhante de Andrew, essa proposta não era tão ruim. Porém, eu estava dirigindo e sei muito bem as leis de trânsito.
- Eu não vou querer, estou de carro. - justifiquei.
Andrew acenou, então, para que o garçom não colocasse a bebida na taça.
- Pode deixar, se puder trocar por outra coisa - sugeriu ele.
- Infelizmente somente esse vinho faz parte da nossa oferta.
- Então pode deixar, não vamos querer.
- Ok. - concordou o funcionário - Querem algo a mais?
- Não, muito obrigado.
O funcionário sai para servir outra mesa e Andrew leva os seus olhos até mim.
- A Chloé era muito disputada entre os teatros, escolas de artes, dança e de balé para se afiliar a eles. Talvez alguém tenha ficado com inveja e quis se livrar dela - supôs ele mostrando uma hipótese bem provável.
Eu dou um gole na limonada e discordo com a cabeça.
- Não creio muito nisso.
Eu não conhecia Andrew o suficiente para revelar sobre a denúncia que Chloé havia feito.
Eram informações que se caísse nas mãos erradas fariam um estrago.
Mas, ao mesmo tempo ele poderia ajudar.
Meu Deus! Eu estou tão confusa.
Solto um ar pela minha boca e afasto-me.
- Vi você se apresentando, parabéns. - acabo optando por mudar de assunto.
Ele sorriu e olhou-me de uma forma diferente.
- Eu vi mesmo você me encarando a apresentação inteira. - afirmou ele pegando seu garfo.
Eu quase engasgo com a bebida e solto uma leve tossida. Não acredito que naquele escuro ele viu alguma pessoa.
- Eu? Eu estava assistindo... Assistindo à apresentação - falei toda nervosa.
Que droga, Hanna!
Isso só deixa você com menos credibilidade.
- É brincadeira! A plateia fica escura e mal consegue ver as pessoas que sentam na frente - revelou por enfim.
Eu respiro fundo aliviada, mas sem demonstrar isso. Não teria nada de mais eu apreciar.
- É porque é difícil ver homens dançando ballet, sabe? - falei com um certo ar de deboche na minha voz
Mas mesmo em tom de brincadeira, parece que ele não gostou muito
- Acha que deixamos de ser menos homem quando trabalhamos com a arte da dança? - ele perguntou-me descaradamente me jogando contra a parede.
Longe de eu querer ser preconceituosa.
Mas para ele não foi o que eu falei o problema, mas sim a forma e o tom que eu disse.
- Claro que não - afirmei incrédula do que ele supôs sobre a minha fala.
Andrew suspira alto.
- Desculpa, senhora. Acho melhor eu ir. - ele falou pegando sua carteira, tirando algumas notas e as colocando em cima da mesa
Eu, infelizmente, sofro de uma coisa chamada 'orgulho'. Raramente você vai ler eu indo atrás de um homem e implorando para ele ficar ao meu lado, principalmente um cara que só vi uma vez na vida e conheci essa noite. Nem mesmo ao meu namorado, Marcos, eu insisto algo, quem dirá Andrew.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
elenice ferreira
estamos 🤣🤣🤣apaixonadinha!
2024-09-04
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