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As vezes, e quase sempre o que apenas precisamos é sentar, descansar um pouco e respirar bem fundo.
Mas, sem querer ser hipócrita, não é isso que faço.
Não porque eu não quero ou não preciso, mas o tempo é curto demais para parar e relaxar.
Desde que comecei a trabalhar no departamento policial, só penso em crimes, mistérios e sangue. Passei um bom tempo sem nem dormir direito assimilando e raciocinando em como desvendar um crime sem vestígios.
Como única filha mulher policial da família, o meu pai sempre quis me proteger. Somos eu, ele, um delegado de alta patente, e mais três irmãos meus, dois policiais e um bombeiro. A nossa família é segura até demais, modestamente falando.
A minha mãe desapareceu quando eu tinha apenas cinco anos de idade, e até hoje, depois dos meus vinte e sete anos ainda fico sem entender o porquê e como isso aconteceu. Meu pai nunca toca no assunto e sempre deixa essa aflição no ar dizendo para fingimos que ela morreu.
Para dar orgulho para o meu pai e também realizar o meu sonho, me alistei no exército aos meus dezoito anos e depois de servir por um ano, entrei na faculdade de direito e me formei. Como se não bastasse, prestei concurso civil e me tornei agente policial.
Isso pode parecer muito, mas ainda não é um décimo da minha história.
Já passei por altos e baixos trabalhando em um lugar considerado "masculino" demais para mim. Muitos homens, e até mulheres, tentavam me desanimar e fazer eu desistir da loucura que é considerado uma moça jovem e bonita como eu trabalhar numa profissão tão grosseira e arriscada.
Mas nada disso me parou.
Depois de desarquivar um crime que demorou anos e anos para ser desvendado, e investigar passo a passo para enfim chegar aos culpados, eu finalmente tive um pouco da honra que eu merecia.
Quando meu pai subiu de patente e conseguiu se tornar um grande delegado da polícia civil, fiquei muito feliz por ele, mas se eu já era perseguida naturalmente, depois disso foi só ladeira a baixo.
— Agora ela vai se sentir melhor que todos — resmungava um dos agentes com um colega orelhudo.
— Ele vai passar a mão na cabeça dela sempre. — Afirmava o ouvinte que tinha os ouvidos, literalmente, enormes.
Eu apenas suspirei me acalmando e continuei caminhando sem dar bola para o que eles pensariam ou falariam.
De tudo isso, a única pessoa boa que eu conheci naquele lugar foi Marcos Branssinim, um policial civil lindo e maravilhoso que me fez suspirar desde a primeira vez que eu o vi.
Os seus olhos eram claros e bem azuis, a sua pele macia era clara bem branquinha e o seu corpo era esculpido por anjos de tão perfeito ser.
Marcos era bem diferente de mim.
Eu sou linda sim, mas sou diferente do meu namorado. Tenho os meus olhos escuros e a minha pele retinta, sou negra dos cabelos longos e cacheados num tom castanho-claro.
Até nisso haviam comparações de como éramos diferentes e se Marcos se contentaria em ficar comigo.
Mas como todos perceberam, eu não me importo.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
pode continuar!!! Ela é muito boa!
2023-11-12
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