l l l l l l l ll l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l
Chegamos a delegacia e o advogado do Andrew, que vestia uma simples calça jeans e uma camisa social xadrez, já estava esperando por nós receoso e preocupado, mas evitando demonstrar isso.
Talvez deva ser somente pelo mero simples fato dele nem sequer TER SE FORMADO AINDA EM ADVOCACIA.
- Preciso falar com o suspeito rapidinho - Disse ele simpaticamente enquanto puxava Andrew pelo braço impaciente e o arrastava pela delegacia igual uma mãe puxava pelo filho.
- Você foi a primeira pessoa que eu pensei, foi mal. - Andrew já ia se explicando sem mesmo ouvir o que seu amigo iria dizer.
- Você sabe que isso pode te prejudicar? Vou chamar um amigo meu, e ficarei aqui até ele chegar.
Andrew respira aliviado e sorri agradecido para seu amigo que sempre fazia de tudo para ajudar ele.
- Valeu, Paulo. Não sei o que faria sem você.
- Espere. Não fale nada. Só responda qualquer pergunta quando o advogado chegar, ouviu?
- Entendi. - ele assente com a cabeça concordando com a cabeça em tudo que deu amigo o falava.
Aproximei-me com alguns papéis em mãos e caminhei em frente ao jovem bailarino.
- Eu preciso que preencha esse formulário. - pedi com gentileza enquanto colocava a caneta preta sobre a mão do jovem rapaz.
Ele olha para os papéis na minha mão e olha em seguida para seu amigo como se estivesse o questionando se deveria assinar.
- Preencha! - eu insisto já perdendo a minha paciência.
O colega ou amigo dele assente e Andrew pega os papéis e ler atentamente as informações e em seguida preenche tudo que lhe é escrito. Na verdade, isso era apenas um formulário para ele preencher os dados pessoais dele como nome completo, idade, nacionalidade, etc.
Não era nem um tipo de confissão por escrito se era isso que ele achava.
Paulo sai para fazer uma ligação e Andrew fica um pouco tenso
- Não precisa se preocupar, eu não vou te prender injustamente. - eu comento olhando para ele enquanto anoto algumas informações num bloco de notas.
Ele passa as mãos na cabeça entrelaçando os dedos nos seus cabelos longos e escuros e deixando a sua franja para trás.
Que garotão meus amigos.
Que boy!
Eu desvio meus olhos me sentindo sem graça e ele me encara esperando eu voltar a olha-lo
- Eu sei. A senhora foi a única policial gentil que apareceu até agora.
- O Agente Branssinim está apenas nervoso, não leve ele a mal. - digo meio preocupada com o que ele contaria sobre o ocorrido no carro.
- Se a senhora não falasse nada eu tinha levado um tapão bem no meio da cara. E aí seria ruim para todo mundo, porque eu não ia deixar barato - ele afirmou como se não tivesse um pingo de medo.
Eita.
Ele seria mesmo capaz de revidar Marcos?
Eu não ia querer pagar para ver, e me sinto melhor ainda por ter impedido Marcos de fazer algo com o rapaz.
- Não quero ser intrometido, nem desacatar a senhora - ele ironiza antes de seguir com sua pergunta - Mas... Ele é seu marido?
Isso me deixou surpresa e ao mesmo tempo desconfortável. Marcos estava perto do bebedouro conversando com Simone e eu olhei para os dois juntos e depois voltei meus olhos até Andrew.
- Nós estamos namorando, mas isso fica lá fora. Aqui somos somente colegas de farda
- Entendi, desculpa me meter na vida da senhora.
- Ele é bem sociável aqui.- Falei ajeitando alguns documentos enquanto tentava esconder o meu desconforto com a situação.
Até as pessoas de fora percebiam o quão íntimo Marcos ficava perto de outras mulheres.
Andrew olhou para meu namorado e em seguida olhou para mim e com uma cara de "você não vai fazer nada?" me encarando por alguns longos segundos até que eu guardei os papéis dentro de uma gaveta que havia lá por perto e caminhei até o bebedouro.
Marcos e Simone olharam para mim.
Eu encarei os dois com um ar de desgosto, suspirei alto e não falei absolutamente nada, virei a cara e peguei um copo descartável e o enchi com a água filtrada gelada.
Sai andando e logo ele já estava desnorteado atrás de mim, querendo se explicar como sempre ele fazia.
- Aqui não é lugar. - eu repreendi-o enquanto continuei a andar até chegar ao escritório do diretor.
- Senhor Braga, perdão pelo incomodo. - falei abrindo um pouco da porta e dando duas batidas.
Ele estava a ler alguns papéis quando os guardou rapidamente olhando para mim perplexo.
- O que é isso agente Montemor? Primeiro entra depois avisa? - ele repreende-me me olhando como se tivesse visto um fantasma.
Eu fico levemente desconfiada por todo esse receio dele.
Por que ele está tão nervoso?
Caminho até a mesa de Leonor Braga e sento-me na sua frente.
- Acredito que o assassinato de hoje possa ter ligação com a denúncia feita por Chloé anteontem. - supôs gesticulando com as minhas mãos de uma forma simples.
- Você ainda está com isso na cabeça? - ele perguntou-me como se eu estivesse a ficar louca.
Mas como assim 'isso na cabeça '?
A denunciante foi morta dois dias depois da denuncia e no dia em que prestaria esclarecimentos sobre isso, e eu ainda sou taxada como louca?
Eu levantei-me me impondo e mostrando o quanto eu sim, poderia provar que o que eu estava a falar não era um blefe.
- Eu vou provar, nem que custe a minha vida, que isso é verdade. - eu falei e depois retirei-me sem esperar nem ouvir o que o diretor teria para me falar.
O advogado de Andrew já havia chegado, então eu e Marcos vamos até à sala de interrogatório e ele mesmo percebe que não estou mais como ante.
Era o diretor querendo impedir-me de investigar esse caso, Marcos se engraçando com Simone, uma morte em meus olhos, e pior, sendo a morte de uma peça fundamental nisso tudo.
Eu penso que se talvez eu tivesse sido mais rápida, poderia ter evitado a morte de Chloé.
Eu estava a desmontar vagarosamente e quase desistindo. Mas lembro que não fui criada para parar no meio do caminho.
l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ll l l l l l l ll l l l l l l l l l
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 90
Comments