Passei a madrugada toda investigando dados do número da pessoa até que achei um vestígio importante. O cpf da pessoa registrada no circuito integrado era no nome de uma mulher chamada Chloé Martins Santoro.
Isso para mim foi o bastante para comemorar.
Entrei no sistema de registro de pessoas e pesquisei sobre a vida dela e encontrei algumas informações importantes.
Chloé era uma artista do ballet muito bem reconhecida. A jovem era de apenas vinte e quatro anos já havia se apresentado recentemente na Itália e demonstrado o seu talento no fouetté, um passo bem difícil nessa arte. Ela havia morado na França por boa parte de sua vida.
Eu fiquei sem entender o porquê de uma bailarina tão importante saber tanto sobre o que se passava no departamento policial. E menos ainda, o porquê ela se envolver nisso.
Procurei um bom tempo por seu endereço para poder tirar algumas dúvidas sobre a denúncia perigosa que ela havia feito. Mas, todos os endereços que encontrei eram antigos e parecia que ela estava morando em um lugar não registrado.
Eram aproximadamente sete horas e eu já havia descoberto onde seria a próxima apresentação dela, um Teatro a mais ou menos quinze quilômetros de distância do departamento, não seria mamão com açúcar chegar lá, mas para resolver esse caso eu pegaria até mesmo um foguete se fosse preciso.
O espetáculo seria amanhã mesmo, às sete horas da noite. Eu não tinha nem psicológico direito para algo tão em cima da hora, mas isso exigia de mim força e garra.
Fechei o meu computador portátil com tudo anotado em um caderno com endereço do local onde ocorreria o espetáculo, nome completo da moça, número de telefone dela e os relatos que ela teria supostamente feito.
...
Estava tão cansada que nem consegui concluir os meus pensamentos e os meus olhos foram se fechando e escurecendo lentamente até eu cair em um profundo sono.
Tlim! Tlim! Tlim!
Droga!
Mal adormeço e já desperto com o forte barulho do alarme ao meu lado.
Me sento na cama e sinto a minha cabeça latejando, mas hoje não é um bom dia para se render as dores. Eu teria que entrar em contato com aquela mulher.
Eu queria ter ligado ontem mesmo para ela e tirar as minhas dúvidas, mas já era três e meia da manhã, então esperei ansiosa o dia amanhece.
Disco rapidamente o número anotado naquela folha no meu celular e ligo para Chloé.
Mas como era de se esperar, ela provavelmente trocou o chip para não se contatada por ninguém.
O número que você ligou não existe, disque novamente.
Que droga!
Eu realmente teria que ir até à apresentação dela essa noite, e pior que eu não estava com ânimo nem de ir até o departamento, quem dirá ao espetáculo que ficava a quinze quilômetros de distância.
.
Tomei um rápido banho morno, vesti a minha farda e o meu cortuno e montei o meu coque baixo e fui direto para o meu trabalho com o meu carro preto, fornecido pelo governo
Quando cheguei no departamento corri para procurar por Marcos, ele seria perfeito para me ajudar nessa.
— Agente Branssinim! — chamei por Marcos quando vi ele sentado conversando com Simone particularmente.
Confesso que fiquei um pouco enciumada quando observei os dois juntos em particular conversando na maior intimidade.
Quando ele me viu, rapidamente se colocou de pé e começou se explicar.
— Oi, estávamos conversando sobre a ligação e tentando investigar a fundo. — ele falou meio sem jeito.
Mas como sempre digo: trabalho é trabalho.
Mesmo que eu estava morrendo de ciúmes por dentro, jamais eu faria um chilique aqui sobre isso.
Eu balancei a cabeça positivamente e continuei.
— Ok, Agente Branssinim. Só queria compartilhar uma informação. — disse séria, o que ele entendeu como chateação e ciúmes.
— Hanna...
— Agente Montemor. — o repreendi olhando nos olhos dele e em seguida para o lugar onde estávamos. O lugar que determinava um limite na nossa relação.
Marcos assentiu com a cabeça meio chateado.
— Claro, agente. Precisa de algo?
— Não mais, pode prosseguir a sua investigação com a Agente Lima.
Aí que Marcos ficou aflito e impaciente mesmo.
Ele me puxou pelo braço me levando até um canto isolado. Isso me deixou irritada, então puxei o meu braço grosseiramente e o fuzilei com os meus olhos.
— O que você pensa o que está fazendo? — eu retruquei com raiva, o examinando de cima a baixo.
— Por que está agindo assim?
— Assim como?
— Dessa forma grossa comigo.
Eu encaro-o por alguns segundos e depois começo a rir, achando engraçado a forma que ele fica preocupado com qualquer mudança de humor minha.
— Eu estou sendo profissional. Faça o mesmo.- falei desmanchando o meu sorriso e voltando a minha seriedade.
Ele sorri maliciosamente e me puxa bem perto dele, prensando o seu caloroso corpo sobre o meu. Não posso deixar de soltar um leve suspiro.
— Alguém pode ver. — Eu sussurro tentando me afastar enquanto olho de um lado para o outro para ver se alguém estava nos observando.
Ele segura o meu braço mais forte ainda me fazendo arrepiar completamente e fica totalmente agitada.
— Ué? Não é você que não se importa com a opinião de ninguém? — ele indaga num leve sussurro me provocando.
— Aqui não é lugar para isso, deixa para mais tarde.
— Mais tarde não tem o gostinho da adrenalina. — ele retruca dizendo baixinho no meu ouvido e de repente a sua boca macia e calorosa já estava na minha me proporcionando beijos quentes e prazerosos.
Embora eu não fosse desse jeito, aquele momento ele me venceu e eu estava o beijando tão profundamente, que se não tivemos ouvido alguns passos largos vindo na nossa direção, teria ocorrido algo bem mais sério.
Rapidamente eu empurro-o bruscamente e me ajeito recuperando meu fôlego e ajeitando o meu rosto.
Saio caminhando antes mesmo de ver quem havia ido até lá.
.
Quando cheguei em casa com Marcos, lá para volta das nove horas da noite, fomos até a sala e mal havíamos entrado e ele já me puxa pela cintura medindo cada detalhe dele e me beija novamente como mais cedo.
Eu estava me sentindo elétrica essa noite.
Eu sentia o ar dele passear sobre a minha pele enquanto ele levava a sua boca ofegante no meu pescoço deixando uma pequena marca roxa.
Ele não brincava muito e já puxava a minha farda e a jogava no chão sem desgrudar a sua boca da minha.
Estamos quase lá...
Se não fosse pelo meu telefone começar a tocar. Eu estava numa investigação importante e não poderia deixar de atender algo que poderia ser importante.
— Sinto muito — Falei cabisbaixa deixando claro que talvez hoje não rolaria nada.
Deu para perceber na cara dele que ele não tinha curtido muito adiarmos a nossa noite juntos, mas ele não questionou.
Quando olhei para o celular percebi que era Laís, a investigadora que estava me ajudando nesse caso e obviamente atendi o mais rápido.
- Laís?
— Oi, Hanna? Consegui mais algumas informações sobre aquela mulher que você me falou.
Não pude deixar de conter o meu sorriso.
- Sério? Me manda por mensagem por favor, querida.
- Claro, mas cuidado viu? São coisas importantes sobre a vida dela. - relatou.
- Pode deixar, isso será um caso sigiloso.
- Ok, uma boa noite.
- ótima noite para você também.
E em seguida nós desligamos.
Marcos percebeu a minha cara de satisfação e ficou curioso para saber o porquê.
- Era sobre o quê?
- O caso daquela mulher que fez aquela ligação misteriosa.
Ele suspira alto.
- Você ainda está com isso na cabeça? Talvez seja só mais um trote, amor.
Mas eu sabia que não, que ela não é o tipo de pessoa que perde o seu glamouroso tempo fazendo trote no DEPARTAMENTO DE POLÍCIA, né?
- Eu não acho isso, e não vou descansar até descobrir o que ela sabe. - falei determinada sem nem gaguejar ou cogitar para com a minha investigação por conta própria.
Marcos se achegou perto e sorriu para mim de uma forma confortante.
- Pode deixar amor, mulheres tem o sexto sentido, então confie nele e vamos investigar ela. - ele afirma - Tem informações já?
- Tenho sim. Essa mulher é uma bailarina famosa e irá se apresentar amanhã, eu vou ao espetáculo e quando ela estiver no camarim irei interroga-la.
Marcos ficou boquiaberto com o plano que eu havia arquitetado.
- Você é tão esperta e inteligente. Por isso te amo.
E após falar isso, ele me dá um outro beijo, mas eu logo interrompi para explicar todo plano que eu fiz e como ele participaria dele.
Seria perfeito para colocar ela contra a parede.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
elenice ferreira
pois é! babou
2024-09-04
1
apreciadora de hots
pelo jeito contando o plano ao inimigo
2024-01-11
1