Eu não tive nem ânimo para continuar no departamento. Eu peguei a minha folga para trabalhar esse caso e agora... Aff
Embora eu tinha muito interesse em acompanhar de perto esta investigação, agora eu teria apenas que torcer para que Marcos e a Simone - essa mulher, hein? Bem ela? - resolvessem esse crime, esse não, esseS crimeS.
Estacionei o carro em frente a minha casa e sai para poder entrar logo. Eram aproximadamente dez e meia da noite e o tempo estava até que agradável, estava quente, mas refrescante. Era a única coisa que salvava esse dia angustiante.
Entrei, tranquei a porta e tirei meu uniforme jogando a minha farda para o lado ficando mais relaxada e aliviada somente com meu sutiã vermelho a mostra e as minhas calças.
Fui até a geladeira pegar algo para comer.
Como eu quase nunca tenho tempo para cozinhar, tinha apenas algumas frutas que eu comprei semana passada.
Talvez eu já tivesse tensa demais.
Acho que eu merecia parar de cuidar demais dos outros e cuidar um pouquinho de mim.
Eu vou até o meu quarto e pego uma camiseta preta bem soltinha por conta do clima quente e uma calça cargo preta.
Hoje eu me levaria a um encontro incrível.
Tomo um rapidinho banho frio e visto-me.
Não esqueço que sou uma mulher saindo onze horas da noite na rua e pego uma bolsa e coloco a minha identidade da polícia, os meus documentos, meu cartão de débito e na minha cintura coloco discretamente a minha arma.
Então bora lá!
.
Dirijo até um restaurante bem avaliado no centro da cidade e vou até o estacionamento deixar o meu carro, um Toyota Corolla vermelho lindo demais.
Eu caminho em passos largos até o grande salão e sento na mesa que ficava próxima à janela enorme de vidro perto da porta. Aceno para o garçom para ele trazer o menu e é isso que o jovem rapaz faz.
Enquanto ele caminha até mim, eu olho para o salão com os meus olhos percorrendo todo espaço, analisando as pessoas, os pratos servidos e cada detalhe dedicado ao local.
Até que...
Uma pessoa que eu não esperava ver estava lá. Do outro lado do restaurante numa mesa pequena estava ele.
O garçom para na minha frente, que acaba impedindo de eu ver se realmente era ele que estava lá.
- Boa noite, senhorita. No que posso servir?
- Quero a indicação do chefe. - falei sem nem pegar o cardápio, apenas tentando olhar por cima do ombro do rapaz se a pessoa que eu vi realmente era quem eu pensava.
E não é que era mesmo.
Andrew também tinha me visto.
Eu poderia tirar mais dúvidas sobre Chloé se conversasse com ele individualmente. Mas era melhor não, eu havia sido afastada do caso e isso pioraria minha situação no departamento.
Nem precisei levantar-me para falar com ele e lá do outro lado ele acena discretamente para mim e se põe de pé caminhando na minha direção.
O garçom se retirou e Andrew veio até mim.
- Olá novamente, senhora policial. - ele me cumprimenta inclinando a cabeça com reverência.
Eu olho para ele tentando não começar outro interrogatório novamente.
- Boa noite Sr. Kang.
- Não precisa me chamar assim. Não estamos nem na delegacia nem na Coreia - ele fala sorrindo
- Tudo bem, senhor Andrew. - enfatizo seu nome sorrindo gentilmente
- Sinto muito pelo que houve com a senhora mais cedo. Está esperando alguém?
Eu balanço a cabeça
- Não, vir aliviar a cabeça um pouquinho. - comento enquanto o dia de hoje passa como um curta metragem na minha cabeça
- Entendo, vou deixar a senhora relaxar. Com licença.
Ele ia se retirando quando por impulso eu me levantei e segurei o seu braço.
- Espera - ele olha para mim sem entender - Sente - ofereço um lugar ao meu lado acenando para a cadeira.
Andrew aceita se sentando ao lugar sugerido e é agora:
- Eu queria ter feito mais perguntas, mas não consegui.
Andrew balança a cabeça com uma cara de que já sabia o que eu iria fazer.
- Você sabe onde os pais dela moram?
- Pelo o que eu sei, os pais dela e ela não se falavam. - ele revelou se inclinando na mesa
Eu vou guardando tudo na minha mente.
- Eles não se davam bem?
- Chloé não falava dos seus pais com ninguém.
Eu via-me sem esperança até ele prosseguir.
- Mas, tem uma pessoa com que ela falava de tudo.
Eu me achegou mais perto dele aflito, mas esperançosa.
- Quem? Diga-me, por favor!
Ele respira fundo e encosta as suas costas na cadeira.
- Uma amiga dela, Sabrina Changes
Eu pego o meu celular rapidamente e abro no bloco de notas digitando tudo.
- Você sabe o número dela?
- Infelizmente não, mas posso te ajudar nisso. - se ofereceu ele.
Obviamente que eu aceitaria.
Andrew seria minha porta de escape, e eu teria que investigar sozinha e por conta própria esse caso. Eu não receberia apoio do diretor nem de ninguém do departamento. Teria que ser uma ajuda de fora.
Suspeito que o próprio diretor Braga deve ser o corrupto que está aceitando propina, por isso ele quer evitar essa investigação a todo custo
E eu vou colocar esse safado sem vergonha na cadeia.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
elenice ferreira
olha que isso vai dá 💩
2024-09-04
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