Depois de apreciar meu jantar, pedi a conta e fui embora.
Assim que eu entrei no carro tirei o meu celular da bolsa e tinha dezenas de mensagens e ligações de Marcos.
Eu não estava nem um pouco a fim de conversar com Marcos depois do que ele fez no departamento.
Em vez de me defender vendo a forma que eu seria tratada pelo diretor, ele preferiu me arrastar como se eu fosse uma criança mal criada que ele iria corrigir.
Sinceramente, estava difícil manter um relacionamento dessa forma.
Iniciei o meu trajeto e dirigi pela costa, até que de longe ao outro lado vi um homem sendo assaltado e encurralado por outros três homens.
Respira, Hanna!
Destravo a porta do carro, mas antes tento analisar se algum deles está armado.
Abro a porta e saco a minha arma deixando-a escondida atrás de mim enquanto caminho calmamente para pega-los de surpresa.
Ergo a arma já próxima deles e ordeno.
- Parado! - eu grito num som estrondoso enquanto meu dedo permanecia atento no gatilho.
Um deles levanta as mãos mostrando está desarmado, mas percebo o outro fazer movimentos estranhos na sua cintura.
Hora de agir!
Aperto o gatilho e com a velocidade da luz a bala corre atingindo em cheio a perna do assaltante, enquanto os capangas tentava fugir correndo.
Eu atiro nos outros dois, também na perna e...
Droga!
Eu ia ligar para a polícia quando percebi que o meu celular estava no carro, e que seria muito perigoso deixar os criminosos sozinhos aqui e ir até o carro. Embora eles tivessem feridos, ainda tinham forças para levantar.
Olho para a vítima para ver como ela estava e…
- Sr. Kang? - indago surpresa
Ele estava paralisado encarando os bandidos fixamente como se estivesse com vontade de dar uma sova bem dada nos ladrões.
- Você está bem? - perguntei já me aproximando e analisando ele de cima a baixo até ver algumas feridas no seu rosto e um profundo corte no seu braço, o sangue avermelhado escorria sobre sua camisa social rosa.
Ele olha para mim perplexo e balança a cabeça
- Estou sim, - afirmou, mas logo cedeu a um gemido agonizante. - Ahgh! - ele bradou colocando a mão no braço tentando estacar o sangramento.
- Você está com celular aí? - perguntei apressada em chamar por ajuda.
- Está com eles. - ele aponta para os criminosos caídos no chão.
Eu caminho pegando o aparelho no bolso de um deles, até um dos criminosos puxar a minha perna com força.
Com um gesto involuntário, eu levanto a minha perna e dou só um pisão nele para o bandido ficar esperto, mas ele desmaia.
Ligo para o Departamento que ficava a poucos quilômetros do local e eles transferem a denúncia para uma delegacia bem mais perto ainda.
Vejo o machucado feio de Andrew e respiro fundo afastando a mão dele de cima da ferida.
- Vai infeccionar. Não mexe. - falei enquanto olhava o corte sangrento e pensava em algo para amenizar a dor.
Ele encarou-me com uma cara de estava tudo bem e que nem estaria a doer tanto assim.
Eu puxo o braço dele levemente discordando com a cabeça.
- Não parece que está doendo tanto - comento para vê se ele confessa que está doendo.
Mas o bailarino continua negando.
- Estou bem, é só um cortezinho de leve.
Logo de longe, ouço o barulho da sirene militar se aproximando.
Finalmente a polícia local havia chegado e nela estava alguns PMs que já saiam com as suas armas em mãos apontando para mim
- Tá tudo bem, eu sou a... - eu falava calmamente com as mãos erguidas como se eu pedisse para eles abaixarem a arma.
- Parada! - um dos policiais gritou apontando a arma na minha direção.
Eu fiquei sem entender o porquê dessa reação.
- Eu sou a…
- Já mandei parar.
Ué!
Eu já estava parada.
- Sou a agente Montemor do departamento de polícia civil. - falei com autoridade e impondo-me já estressada.
Outra policial que estava ao lado dele cochichou algo no ouvido dele e o homem abaixo a arma.
Respirei fundo indo até o meu carro e pegando a minha bolsa.
Os policiais estavam a analisar os suspeitos caídos no chão e dando os primeiros socorros para levar eles para a delegacia.
- Acho melhor que venham conosco para prestar queixa. - outro PM sugeriu com um caderno e uma caneta em mãos.
Eu conhecia bem como funcionava esses casos, e o melhor a se fazer é realmente prestar queixa a abrir um boletim de ocorrência para que os bandidos sejam detidos.
Caminho até Andrew que ainda sofria com as dores no braço e peço para um dos policiais ajudar o jovem com a ferida que piorava.
Realmente essa noite foi repleta de crimes e desavenças.
E pior que Andrew estava bem envolvido nisso, seja como vítima ou como suspeito.
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Atualizado até capítulo 90
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