Escritório

Cassius marcou uma reunião urgente com Dyan, e ele já imaginou que seria sobre Dahlia, por isso aceitou o pedido de Cassius, mesmo com a agenda apertada.

— Tomou uma decisão? — Dyan sorriu.

— Sim, eu tomei uma decisão! — Cassius colocou papéis na mesa.

— O que é isto? — Ele apontou.

— Tudo que consegui sobre Aldo Collalto. — Era a melhor estratégia para Cassius, jogar todas as cartas abertamente.

— Então você já sabe... então entendeu a razão pela qual essa garota precisa morrer? — Ele olhou friamente.

— Sim, eu entendo a razão. — Cassius no momento, não queria que Dahlia fosse morta, mas era inegável que ela era alguém que colocaria em risco a vida de qualquer pessoa.

— Quem é a mãe dela?

— Não acho que seja a hora de falarmos disso, Cassius.

— Eu acho que é necessário, já que essa pessoa da sua família, teve uma relação com alguém tão perigoso. A garota não é culpada, mas sim alguém da sua família!

— Ela foi devidamente punida pela escolha que fez.

— Então, foi realmente sua irmã caçula?

Mas, Dyan se recusou a responder, afinal, aquilo não dizia respeito a Cassius.

— Me entregue a garota, ainda posso te oferecer benefícios!

— Não, eu não posso fazer isso, não por agora... — Cassius precisava de um meio para manter Dahlia momentaneamente segura.

— Eu não entendo, você quer matar a todos nós? A família Lombardia está disposta a fazer um bom negócio, o que mais você quer?

(Eu a quero, pelo menos por agora...) — Cassius pensando.

Então, Cassius pensou na outra coisa que ele precisava.

— Eu quero a cabeça do seu pai! — Cassius tinha ressentimentos contra a família Lombardia, especificamente, contra o pai de Dyan.

— Você sabe que isso é impossível, no momento, o meu pai ainda é responsável por todos os negócios da família, e ainda não foi escolhido um sucessor. Se ele morrer, virará um caos total.

Se o pai dele morresse, as chances de Dyan se tornar o herdeiro, diminuíram na metade, pelo fato de que a escolha passaria para sua mãe, e ela não gosta de Dyan, mesmo sendo seu próprio filho.

Havia uma regra passada entre todas as gerações da família Lombardia, ninguém mais tem poder de escolha, a não ser o pai da família, ou em caso de morte, a mãe. Assim, apenas os dignos poderiam herdar tudo, e os outros receberiam apenas pequenos negócios para se sustentarem. Esse é o motivo de aceitarem os filhos ilegítimos, pois é por mérito.

— Sabe que isso não me importo, quero apenas me vingar daquele velho, eu prometi isso para o meu pai...

— Na hora certa, deixarei que corte a garganta dele, mas você terá que me entregar a garota em troca.

Era uma decisão difícil para Cassius, mas Dahlia ainda era alguém recente em sua vida, por isso ele escolheu a promessa do seu pai.

— Eu entregarei... — Cassius não pensou que talvez um dia, pudesse se arrepender da sua escolha.

[...]

Dahlia acordou um pouco mais tarde naquele dia, haviam várias mensagens de Igor.

— Ahn? Mas o que aconteceu...? — Logo, o celular dela tocou.

(O que ele quer tão cedo?)

— Ei, o que foi aquilo ontem? — Igor gritou.

— Calma, eu acabei de acordar, e você já está gritando?

— Dahlia, isso é sério! Ela sumiu...

— A professora?

— Sim! Será que isso tem haver com Cassius?

— Ahn? Por que você está falando bobagens?

— Ela sumiu depois de ontem... eu procurei por ela, mas depois que ele mandou uns homens levarem ela, não a encontrei mais.

— Eu vou descobrir, ok?

— Tudo bem, aliás, a minha mãe pediu para te avisar que hoje não vai ter aula.

— Sério? Assim do nada?

— É... Então não vá para faculdade de jeito nenhum, está bem?

— Igor, você parece estranho, você está mentindo?

— Não, só aproveita o dia de folga, eu vou sair para curtir a piscina hoje...

— Ah, você vai para o clube? Mas você já tem uma piscina em casa!

— A diferença é que lá tem mulheres!

— Haha, você é um bobo!

— Então, já vou sair, desculpe atrapalhar o seu sono!

— Tudo bem, foram boas notícias!

(Hoje vou sair para aproveitar!) — Ela sorriu, se jogando na cama.

— Aí! — Dahlia se assustou ao perceber que estava sentindo dor nos quadris. — Ah não... eu estou toda quebrada!

Então, ela se lembrou da noite passada.

— Espera, eu e ele... nós realmente? Caramba! Isso é muito bom!

Ela ia se balançar, mas sentiu dor novamente.

— Bom, mais ou menos... então, isso significa que ele está se apaixonando por mim? Bom, mas isso parece discurso de uma pessoa emocionada... mas talvez ele não me mate! Ou ele me usou? Aí meu pai, sinceramente é difícil saber o que um mafioso pensa...

Dahlia pensou a respeito, era uma oportunidade para Cassius não matá-la quando ela perdesse a utilidade.

— Eu me lembro de tudo tão claramente, mas é estranho, eu realmente gostei de fazer isso com ele... mas eu não devia, certo? Não posso me apegar, ele ainda é perigoso...

Ela não sabia bem o que pensar, mas decidiu que levaria o almoço de Cassius no trabalho novamente.

Dahlia resolveu tentar algo novo, uma receita que viu na internet.

— Por que isso parece tão horrível? — Ela olhou bem, e a aparência era tão desagradável. — Se bem que ele gostou dos outros mesmo estando feios, mas o que importa é o gosto!

Ela provou, mas Dahlia achava que estava normal, pode-se dizer que ela não reparava o quão ruim era a própria comida.

Ela procurou uma roupa bonita, mas estava calor, e ela reparou que tinham roupas novas na sua cama.

— Pensando bem... eu estava no quarto de Cassius antes, nem me lembrei disso... essas roupas ele comprou por causa de ontem?

Tinham umas casuais, e outras frescas mas chiques, e claramente Dahlia escolheu as mais chiques.

Ela se arrumou completamente, e pediu para o motorista a levar na empresa.

— Cassius está? — Ela parou na recepção.

Não era mais a mesma empregada de antes.

— Pode me dizer seu nome?

— Dahlia Lombardia!

Ela sabia quem ela era, e ficou robótica de repente.

— O chefe está em uma reunião no momento, mas você pode esperar no escritório dele!

— Obrigada!

Dahlia subiu, e novamente foi o centro das atenções, as pessoas que a viram chegando das outras vezes, estavam sussurrando sobre ela, tentando descobrir sua relação com o chefe.

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