O Bebê Bilionário Do Ceo

O Bebê Bilionário Do Ceo

Capítulo 01

...*・゚゚・*:.。..。.:*゚:*:✼✿ ...

Esta obra foi escrita e registrada no ano de 2023©. Todos os direitos autorais estão reservados à autora. É proibida a reprodução parcial ou total deste conteúdo sem a devida autorização. O uso indevido, cópia ou publicação não autorizada será considerado plágio e estará sujeito às sanções previstas na Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98).

Respeite o trabalho e a criatividade da autora

...*・゚゚・*:.。..。.:*゚:*:✼✿ ...

Sou Ana Castilho, tenho 26 anos. Estudo na faculdade pela manhã e, à tarde, trabalho com a minha patroa em um restaurante bem movimentado no centro. Minha rotina é corrida — tenho hora certa para começar, mas nunca sei exatamente quando vou sair. Essa é a minha realidade, dia após dia. Hoje não é diferente, apenas mais um capítulo da minha rotina cheia de compromissos, esperas e sonhos.

Sou casada com Vítor há quase dois anos. Ele é um homem gentil, doce, e sonha em ser pai desde o nosso namoro. Eu compartilho desse sonho. Sempre me imaginei sendo mãe, com uma casa cheia de vida. Mas, por causa de problemas de saúde, esse desejo ainda não se realizou. Descobri um mioma uterino após sentir muitas dores e fazer exames.

Descobrir o mioma foi um susto. Sentia dores estranhas, sangramentos fora de hora, e só quando fui ao médico descobri que tinha um mioma submucoso — um tipo que cresce bem dentro da parede do útero. O doutor disse que esse era o tipo mais complicado, porque dificultava muito a implantação do embrião. Era como se o meu corpo quisesse, mas o útero não deixasse. Foi preciso operar, retirar aquele 'invasor', como ele chamou, e depois disso vieram meses de recuperação, de exames, de esperanças renovadas. A medicina disse que eu podia tentar de novo. mas nada veio.

Tenho sido acompanhada por uma equipe médica maravilhosa.

Logo depois da operação, Vítor e eu tentamos engravidar naturalmente várias vezes. Infelizmente, sem sucesso. Foi frustrante. Cada teste negativo era um pequeno baque. Mesmo assim, ele nunca deixou de me apoiar. Quando o médico sugeriu a fertilização in vitro, surgiu uma nova esperança. A possibilidade reacendeu algo em mim — um sentimento de que tudo ainda pode dar certo. Conversamos com calma, avaliamos os prós e contras e decidimos seguir em frente.

No dia seguinte à nossa decisão, Vítor foi até a clínica, fez os exames necessários, e seu sêmen foi coletado, analisado e congelado para ser usado na fertilização em laboratório. Eu continuei com minha bateria de exames: hormônios, ultrassons, consultas. Foi exaustivo, mas eu sabia que tudo fazia parte de um propósito maior.

Agora, depois de meses de preparo, só falta uma ligação da clínica. Uma simples ligação que pode mudar a nossa história.

Na manhã seguinte, recomecei minha rotina. Acordei cedo, fui para a faculdade com aquele frio paulistano cortando a alma. As aulas passaram depressa. Logo depois, corri para o restaurante. Apesar do frio, o movimento estava intenso. Gosto de estar ocupada — assim, minha cabeça não fica presa na ansiedade da espera.

No restaurante, além de atender os clientes, eu costumo preparar uma mesa especial para um grupo de executivos. Os "Homens de Terno", como os chamamos por aqui. São CEOs de grandes empresas, clientes fiéis. Sempre que estão em São Paulo, ligam para reservar a mesa deles. Gostam do atendimento, da comida e, talvez, da discrição do lugar.

Terminei de arrumar a mesa especial e, como de costume, não demorou muito para ela ser ocupada. Os ternos pretos logo apareceram. A maioria dos rostos me era familiar. Mas havia um homem diferente naquele grupo. Nunca o tinha visto por ali. Chamou minha atenção de imediato.

Vestia um terno azul-marinho sob medida. A calça realçava suas pernas fortes. Alto, provavelmente com seus 1,85m. Cabelos pretos brilhantes, bem cuidados. Boca desenhada, marcante. E uma barba rala que o deixava ainda mais interessante. Seu olhar era penetrante, e por um momento, esqueci até onde estava.

— Acorda, garota, tá sonhando? — Emília, minha patroa, me trouxe de volta à realidade com uma risada. — Vai, leva esse lixo lá fora e para de babar nos clientes!

Emília é daquelas mulheres que todo mundo respeita e gosta. Alegre, trabalhadora, coração enorme. É uma ótima chefe, mas como sogra, ninguém arrisca! Mãe de dois filhos lindos, ela segura as pontas do restaurante e da casa com uma força admirável.

Enquanto eu organizava a cozinha e recolhia o lixo, ela se aproximou, como sempre curiosa.

— E aí, já ligaram da clínica?

— Ainda não — respondi, um pouco aflita. — Estou esperando essa bendita ligação. Cada vez que o telefone toca, meu coração dispara.

— Imagino. Você merece, Ana. Lutou tanto. O Vítor deve estar numa expectativa só também, né?

— Muito. Ele ficou arrasado depois das tentativas frustradas. Mas agora, com a inseminação, voltou a acreditar. Eu também. Por isso, estou firme nessa — falei, com os olhos marejando de leve.

— Você vai conseguir, eu sinto — disse ela, me abraçando de lado.

Levei o lixo para fora, ajeitei tudo direitinho para os coletores e voltei ao salão. Um dos CEOs me chamou para fazer um novo pedido. Anotei com atenção, mas minha mente estava no homem de azul. Seus olhos escuros encontraram os meus por um segundo, e meu corpo reagiu como se tivesse sido tocado.

— O senhor vai querer algo também? — perguntei, tentando manter a compostura.

— Não, senhorita. Estou satisfeito, obrigado — disse com um leve sorriso, que me desconcertou ainda mais.

Fui até a cozinha buscar o vinho solicitado por um dos outros executivos.

— O que esses homens veem nesse vinho? — murmurei ao entrar.

— Vai ver é status — respondeu Emília, rindo. — Ou estão acostumados com o gosto. Você não gosta?

— Aquilo é amargo demais. A última vez que bebi, quase devolvi tudo ali mesmo.

— Tem paladar refinado, minha filha — ela brincou. Dei de ombros e voltei com a garrafa. Servi com cuidado e retornei à cozinha.

Mais tarde, com o restaurante já vazio, Emília precisou sair às pressas por causa de uma emergência. Me encarregou de fechar tudo. Limpei, organizei, desliguei os equipamentos e verifiquei cada porta.

Caminhei até em casa pela rua de sempre. O vento cortava o rosto, mas eu já estava acostumada. Nossa casa ficava no final da rua, e como Vítor não tinha passado para me buscar, supus que ainda estivesse trabalhando. Quando ele sai mais cedo, sempre aparece.

Ao entrar em casa, fui recebida pela decoração aconchegante e pelas fotos do nosso casamento. Fui eu mesma quem decorou cada cantinho. Gosto de transformar os espaços em lares. Vítor é um homem maravilhoso. Atencioso, calmo, e tem sido um verdadeiro companheiro nessa luta. Não poderia ter escolhido alguém melhor para dividir minha vida.

Tomei um banho, preparei uma janta simples e me deitei, esperando por ele. As horas passaram. Liguei. Nada. Apenas a caixa postal. Virei de lado, com o coração um pouco apertado, e acabei adormecendo com a luz do abajur ainda acesa.

Mais populares

Comments

Elizabeth Araujo

Elizabeth Araujo

fora que essa autora gosto muito 😍

2023-10-10

27

Gabi Ramos

Gabi Ramos

comecei agora e já tô ansiosa pelo próximo capítulo. Acho que esse marido dela está com outra.

2025-03-09

0

Graça Barbosa

Graça Barbosa

infelizmente creio que ele está traindo a esposa 😡

2025-03-31

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!