Isadora
Mas sei que eu não posso mentir para um padre, sei que seu fizer estarei condenando a minha alma ao inferno.
Dizem que padre é a santíssima, muitos viram até santo, agora imagina eu, ele morre vira santo, e quando eu morrer, ele vai se lembra que eu menti para ele, e não vai me perdoar, vai me jogar direto no inferno.
E eu acho que já sofro de mais em vida, para ter que sofrer também depois de morta no caldeirão do chifrudo, Deus me perdoe.
Eu tenho que tomar cuidado com o que eu vou falar, ou ele pode ficar com medo dos traficantes vim aqui e destruir a igreja dele, e vou está perdida se isso acontecer, já que meus próprios familiares estão me condenando. Depois de pensar muito, resolvo responder.
— me chamo Isadora Alves, mas por favor padre, não chame a minha mãe para vim me buscar, eu não posso voltar para casa, se eu for será o meu fim.
Ele se aproxima de mim, mas desvia indo até a sua cadeira que está do outro lado da mesa, ele se senta e me olha bem fixamente, da até um arrepio esse olhar dele.
Mesmo sendo um padre, ele tem um ar de sensualidade, parece que está aqui não para salvar as almas, mas sim para fazer as mulheres pecarem com sua sedução.
Seu jeito de caminhar é como se fosse uma autoridade, dá até isso me arrepia. Afasto esses pensamentos, não posso pensar nessas coisas, não depois do que eu quase passei, e ainda mais com um padre, um ser de luz, intocável.
— me diga, o que aconteceu para você vim até aqui? suponho que coisa boa não seja, já que tinha um carro cheio de homens atrás da senhorita.
Mentir para um padre não dá, ou eu conto a verdade, ou serei expulsa do mesmo jeito. Mas pedindo a Deus para que ele me deixe ficar.
— eu fugi do dono do morro, e durante a minha fulga, o traficante correu atrás de mim e... E tentou me tocar... Tentou me... — começo a chorar, abaixo a minha cabeça com vergonha de está tão suja na frente de um padre.
— ele conseguiu abusar de você?
— Não... Eu machuquei ele e sair correndo.
— quantos anos você tem?
— 17, vou completar 18 o mês que vem.
Ele se levanta e pega um copo com água e me entrega. Minhas mãos tocam levemente as suas, e uma coisa estranha passa pelo meu corpo me arrepiando inteira, mas ele puxa sua mão rápido, como se não quisesse ser tocado.
— sabe que eu deveria te levar de volta para sua casa não é?
— não o faça por favo senhor, eu não quero voltar para aquele inferno, se fizer isso a minha mãe vai me entregar para os traficantes. Ela queria me vender para pagar a dívida do meu irmão, pedi ajuda de Deus, e ele me trouxe até aqui. Por favor padre, me deixe ficar.
Ele diminuiu os olhos, deixando quase serrados. Seu rosto perfeito aumenta seu poder de sedução, ele é muito lindo, seus traços são bem fortes, e tenho quase certeza que as mulheres são as devotas mais fiéis.
Ele chama a freira e manda ela me ocupar em um dos quarto. Vou abraça ele para agradecer por ter me deixado ficar, mas percebo que eu o abraço sozinha, é como se ele estivesse com nojo de mim.
Me afasto, mesmo que não tenha acontecido nada comigo, talvez ele pense que tenha acontecido e por isso me ache suja a ponto de não querer me tocar.
Peço desculpas, mas com ignorância ele me manda sair. Fico com medo, com as minhas pernas trêmulas e saio correndo, quase caindo com os tropeços que eu dou com os meus próprios pés.
A irma me leva até um dos quartos do corredor, que fica próximo do dele, olho bem para a porta, e entramos.
— Menina não tenha medo tá bom, pode ficar tranquila que nada vai te acontecer, ele pode parecer ignorante as vezes, mas é só o jeito dele. Com o tempo você vai conhecer ele melhor e verá que ele é um bom homem.
— Ele não precisava gritar comigo daquele jeito, eu só dei um abraço nele.
— não faça mais isso, ele não gosta que ninguém o abrace, fale com ele sempre de longe, para evitar esses problemas tá bem?
Balanço a cabeça confirmando, passo os olhos pelo quartinho, tem uma porta no canto, a irmã diz que é o banheiro, e que eu posso tomar banho. Ela me dá uma das suas... Não sei como se chama isso, bem, roupa de freira para eu me vestir.
— como a senhora se chama?
— pode me chamar de irmã Maria, eu vou te ajudar no que precisar menina, depois você me conta o que aconteceu com você?
— obrigada irmã, eu me chamou Isadora. Eu conto sim, mas acho que agora eu só preciso descansar desse dia tão complicado, eu corri mais que uma maratona hoje para salvar minha vida.
Ela me olha carinhosamente, como se estivesse com pena de mim. Só isso que eu vi até agora, olhares de pena. Mas, eu vou mudar minha vida, hoje foi só um passo que eu dei.
— descanse agora, você está na casa do senhor, e mal nenhum te tocará, amanhã eu venho cedinho te acordar para tomar café da manhã, e aí você me conta tá bom?
Concordo com a cabeça, e sorrio com suas palavras de carinho, agradeço a ela, e ela vem me dá um abraço. Me sinto bem aqui, espero que ele não me expulse. Pois se eu tiver que virar freira para me manter segura, eu vou virar.
Ela sai e eu vou me banhar. Fico um tempo em baixo do chuveiro, e agradeço a Deus por ter me livrado das mãos daquele que queria me machucar.
Saio do banho e coloco a roupa que ela me deu e me sinto uma freira, bom, vocação para isso eu tenho, já que nenhum homem me tocou até hoje, e também tenho muita fé em Deus.
Mas minha barriga me lembra que eu estou com fome, eu só almocei, que era 12:00, estava esperando minha mãe me chamar para jantar, mas aí ela entrou no quarto me falando aquelas coisa, não comi nada, fiquei tentando me esconder do traficante.
Vou abrindo de porta em porta até que em uma dela, eu vejo o padre somente de com uma toalha na cintura, de costas. Me arrepio inteira ao ver essa cena. Deus me perdoe, mas esse homem está no lugar errado.
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Atualizado até capítulo 94
Comments
Antonia Prates
meu Deus, já estou em pecado senhor também o senhor coloca um padre desses todo fofo lindo e maravilhoso as fiéis entram em pecado 🫣
2025-03-06
2
Vanedrigues
gente, ainda bem q é padre de mentirinha, pq os pensamentos pecaminosos borbulham!!! 😅
2025-01-27
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Thauana Macario
com certeza eu iria arder no mármore do inferno KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
2025-03-21
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