Lena, um caso perdido?

Alguns meses depois...

Usando fones de ouvido, um macacão jeans azul, botas pretas, meias rosas cobrindo metade da perna e um boné preto virado para trás, enquanto se direcionava do seu quarto para a cozinha, Lorena, mais conhecida como Lena, pensava consigo mesma.

Amor? O que é isso? Não consigo entender esse sentimento. Nunca me apaixonei nem vou. Esses são sentimentos que os seres humanos usam para justificar a procriação. Lorena refletia.

Lena faz biquinho assim que vê a mesa farta de bolos, quitutes, pães, suco e café. E sentados a mesa estavam Vinícius que é seu irmão mais novo 1 ano que ela, e os seus pais: Dona Noemi e seu Alexandre. Ambos esperavam pela filha para iniciarem a tomar café.

Lorena se senta na mesa e começa a se servir. A televisão em frente a mesa estava ligada no som máximo, mas somente Seu Alexandre assistia. As notícias seguiam a todo vapor, mas uma em específico chamou a atenção de todos na mesa, que pararam por um momento a refeição para olhar para a tv. No noticiário exibia um jornalista divulgando sobre os casos de homicídios envolvendo um justiceiro com o codinome de Drácula:

" E mais uma vez, o Drácula ataca. Um promotor investigado sobre a acusação de ter assassinado a esposa foi a vigésima quarta vítima de um provável assassino em série, que estudiosos do caso apelidaram de "Drácula". Devido ao assassino nunca derramar sangue de suas vítimas, mesmo sendo visível cortes profundos em todas." O jornalista na tv apresentava a notícia.

— Esse caso me causa arrepios. — Dona Noemi diz se endireitando na cadeira e volta a saborear seu prato.

— Eu acho incrível o que ele faz. — Lena contesta depois de bebericar seu suco. — Já imaginou se todos os criminosos pagassem pelo que fizessem assim? O mundo seria muito melhor. — Ela sorri.

— Mas isso é horrível, filha. Ninguém merece morrer desse jeito.

— E o que o senhor acha disso, pai? — Lena direciona a discussão para seu Alexandre, que naquele momento não queria se intrometer no assunto.

As duas esperavam ávidas por uma resposta do homem, que usava um óculos redondo, forte, alto e alguns fios brancos delineando sua cabeça denunciava a idade mais avançada.

— Dessa vez eu concordo com sua mãe, Lena. — Ele responde já se apoiando na mesa e levantando da cadeira. — Vamos?

Lena faz careta. E se levanta junto ao seu irmão.

— Tchau mãe. — Os dois irmãos falam ao mesmo tempo.

Os dois seguiam seu Alexandre até o carro estacionado no terraço da casa. O pai dá uma carona aos filhos, deixando Vinícius na escola e Lena na faculdade.

Os cabelos pretos ondulados soltos ao vento, e os olhos verdes esmeralda que brilha sob a luz do sol conferiam um charme a mais a Lorena.

E como de costume, ela espera o carro do pai ir embora, mas ao invés de ir para a sala do seu curso de administração, que foi obrigada pelos seus pais a cursar, foi direto para um clube de xadrez do outro lado da avenida.

Como sempre, andava com um pirulito na boca e todas as partidas que jogava, ganhava dos seu adversários, sem importar quem fosse.

Logo depois, foi para uma academia de judô ali perto. Frequentava costumeiramente as aulas de luta, e junto a outros alunos aprendia vários golpes, levando ao chão todos seus adversários. E mais uma vez, é a vencedora de todas as lutas. Com o passar das horas, ela volta para a faculdade.

Porém para sua surpresa, seu pai já estava a sua espera na porta de entrada da instituição.

Lena tenta se esconder correndo por entre os carros estacionados ali na avenida para chegar até a frente da universidade sem seu pai ver. Mas apesar da muita idade de seu Alexandre, ele é capaz de enxergar muito bem de longe. Ainda mais quando as roupas exóticas de Lena não passavam despercebidas por ninguém. E mesmo depois de sua tentativa, Lena é pega no flagra. E seu pai corre até ela, irritado.

— Onde você se enfiou, Lena?! Faz horas que te espero aqui fora! — O pai reclama com a jovem.

— Desculpa, pai. Eu...

— Não vai me dizer que você estava naquelas casas de jogos de novo?! — Seu Alexandre questiona irritado.

— É que eu fui... É...

Lena procurava em sua mente uma forma de se sair da situação. Mas falhava visivelmente em sua mentira.

— Já chega de desculpas! Vamos para casa agora! E nem pense em voltar para aquele lugar de novo, me entendeu?! — O pai continua com sua repreensão a jovem.

Lena fica carrancuda, mas entra no carro sem dar um pio.

Vinícius já estava dentro do veículo e sorria depois de presenciar toda a cena.

Os três chegam em casa. E Vinícius e Lena vão direto para os seus respectivos quartos.

No entanto, de longe podia-se ouvir a discussão que se instaurava na sala entre Noemi e Alexandre.

Lena se tranca no quarto, e põe seus fones de ouvido novamente. Viver ali era um saco, mas era preciso, afinal.

De repente, Lorena escuta batidas na porta e atende de imediato. Era sua mãe na frente e seu pai atrás. Os dois entram no quarto da garota de 19 anos e fecham a porta.

— Lena, andamos pensando muito nisso, e resolvemos que o melhor para você agora é ter alguém para você aprender a ter maturidade e assumir suas responsabilidades. — Sua mãe se pronuncia ainda em pé ao lado da filha.

— O quê?! Vocês estão brincando comigo?! — Lena sorria sem acreditar no que acabara de ouvir.

— Não estamos brincando, filha. Já estamos pensando nisso desde há muito tempo, e não vemos outra escolha. Já fizemos o possível e o impossível por você, desde castigos a te mandar para um internato, mas nada funcionou. Agora resolvemos que seremos mais radicais com você. — O pai insere.

— Vamos encontrar o pretendente certo para você se casar logo. — A mãe continua.

— Eu nunca vou me casar! Nem que vocês me arrastem! — Lena esbraveja totalmente irritada e já ficando vermelha.

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Personagens:

Lorena Fontenelle:

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