Henrique
Chego ao meu local de trabalho um programa de auditório em que trabalho três vezes por semana.
As meninas que dançam estão nervosas e eu procuro passar calma há elas.
— Meninas calma vai dar tudo certo.
Há certos dias que é difícil se trabalhar com as mulheres, a TPM eu costumo brincar que todas podem matar, umas choram outras brigam e algumas faltam arrancar seus cabelos de tanto nervoso.
E eu como uma quase mulher procuro tentar apaziguar os ânimos por esse motivo tenho em meu camarim muitos chocolates, uma bomboniere cheias de variedades deles.
Alguns com pimentas, outros com licor para as mais nervosinhas dou uma trufa a base de conhaque.
Hoje a minha mana Nayara vai me ajudar com as meninas, sou uma quase mulher, mas não sou mulher, certas coisas só uma mulher entende e a Nayara se da bem com todas as meninas.
Quando ela chega eu respiro aliviado.
— Henrique estou aqui passei antes na escola para ver como os professores estão lidando com os alunos e alunas eu não admito desrespeito e falta de bom senso.
— Querida aconteceu algo lá na escola me diga que vou lá fazer a porca torcer o rabo, não me esconda nada se viu algo que te desagradou.
Minha irmã sorri e eu admiro o seu lindo sorriso.
Seu sorriso já me dá a resposta que eu esperava ouvir de seus lábios.
Está tudo bem em nossa escola de dança.
Nayara se prepara para me ajudar com as meninas e assim iniciamos juntos mais um dia de trabalho.
Minha irmã cresceu e amadureceu, mas ainda assim continua sendo uma garota mais forte que eu e vez ou outra eu lembro da menininha de onze anos que quando perdemos nossos pais falou que ia me proteger de fato a Nayara nunca me deixou cair, estava sempre a meu lado.
Por vezes eu acho que ela para a sua vida para cuidar de mim, e eu não quero que ela faça isso afinal eu já sou um moço crescido.
Minha irmã é meu tudo minha única parente viva ela é sangue do meu sangue e foi a que me apoiou a viver com o Marcelo.
Marcelo sempre me disse que enxerga em mim a mesma essência de Michele a sua esposa falecida, muitas vezes eu o reprendia, pois me sentia mau com ele me comparando com uma mulher tão linda de espírito como a sua esposa de Marcelo.
— Não me repreenda amor me compreenda por favor as suas essências são exatamente iguais e eu não estou louco, sou um homem mais sensitivo que o normal.
Isso foi o que ele me falou quando eu o repreendi.
Ao lado de minha irmã Nayara ensaiamos as meninas que com a presença iluminada dela ficaram mais calmas, ensaiamos a nova coreografia e no período da tarde fomos para a nossa escola de dança onde eu vivo os momentos mais felizes e posso cumprimentar a minha segunda mãe e protetora Margarete.
Como a saúdo? Muito simples eu tenho um quadro de minha protetora no meu escritório e sei que aonde quer que ela esteja no plano espiritual está ao lado de meus pais cuidando de mim e da Nayara.
Na escola de dança acompanhamos os professores nas salas de danças e em uma sala a parte, nós dançamos juntos eu amo dançar com a minha irmã, minha pequena irmãzinha, que muitas vezes teve medo de nós sermos descobertos. — Sou menor de idade Henrique vão nos descobrir.
Eu sempre a tranquilizava dizendo que ela ficava muito mais velha usando a maquiagem carregada.
Dançávamos juntos e sempre ganhávamos prêmios de dança e quando falava que ela é minha irmã muitos não acreditavam, pois o entrosamento na dança e nossos olhares davam a entender que eramos pessoas aleatórias, um casal de amigos dançando, na realidade eu acredito que enxergávamos um nos olhos do outro, enxergávamos a pureza de espírito um do outro por esse motivo a dança se tornava linda.
Quantas vezes eu via nos olhos dos jurados e nas pessoas lágrimas vertendo em seus olhos, pois nosso tango emocionava até o mais duro e carrancudo dos jurados e eu e Nayara temos sintonia e eu acredito que nascemos para dançar e para levar alegrias aos corações de todos.
Naquele salão alheio a tudo e aos outros alunos dançamos e no emocionamos, sempre nos emocionamos, e assim dançando seguimos pelas estradas da vida.
Dançamos um, dois três tangos e por hábito nos curvamos um ao outro em agradecimento a dança.
— Henrique meu irmãozinho bobalhão como eu amo dançar com você, graças a você me encontrei na dança.
— Minha menininha sempre exagerada, você se encontrou, pois tem o dom para dançar não graças a mim.
— Não sou mais uma menininha Henrique já sou uma mulher, deixei se ser aquela menininha há muito tempo.
Sorrio para a minha irmã, para mim ela sempre será a minha irmãzinha caçula e minha protetora.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Da Silva Lopes Clinger
muito lindo os princípios familiares o amor fraterno eu não tive isso na vida então busco dar a quem me conhece e me procura mesmo não tendo meu sangue os ajudo pois sei a falta que me fez
2023-11-13
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