Tango De Hétero A Descoberta

Tango De Hétero A Descoberta

Capitulo 1

A luz do palco se acende e estamos lá eu e meu parceiro do tango masculino Marcelo nos preparamos para dançar o tango entre homens uma dança mais bruta, porém graciosa, somos famosos hoje em dia, mas o começo foi difícil muito complicado, pois ninguém aceitava ser meu parceiro de dança, por eu ser homossexual, a princípio eu dançava com a minha irmã Nayara, ganhamos o mundo, fama e dinheiro e foi esse dinheiro que me ajudou a criá-la depois que perdemos os nossos pais em um acidente de ônibus.

Eu aos dezoito anos já dançava o tango, uma dança sensual e envolvente, minha parceira de dança e salvadora se chama Arlete Olivier.

Falo que a minha parceira é salvadora, pois ela quem amparou a mim e a minha irmã que na época dos fatos tinha apenas onze anos. Se não fosse o apoio de Arlete eu tinha perdido a minha irmã, pois na época eu era jovem e aqui em Buenos Aires lugar onde eu vivo, as leis são rígidas e eu teria perdido a minha irmãzinha para as leis e ela seria levada para um abrigo. Mas Arlete contou o caso para sua mãe uma rica empresária que intercedeu por nós e nos deu abrigo, se tornou nossa tutora legal, uma segunda mãe, mas eu não deixava ela cuidar de nós sozinha se ela nos criou com o dinheiro investido em minhas aulas de dança e nos estudos de Nayara eu dava a Nayara a educação, emocional, mas Graice a mãe de Arlete ficou doente de câncer e acabou falecendo, nessa época minha irmã tinha quinze anos e eu vinte três então não me levaram ela, continuei dançando com Arlete e ela ensinava a minha irmã a dançar o tango para em breve substituí-la em seu lugar, pois ela se casaria. E assim aconteceu eu um homem de vinte três ganhava a vida e fama dançando com a minha irmã Nayara, e assim eu criei ela e dançamos juntos, até agora, porém só em ocasiões especiais em que assinamos algum contrato, pois hoje eu danço o tango com o meu amante Marcelo. E é essa história que vou contar para vocês.

A música começa e eu e meu parceiro começamos a dançar o tango para homens o tango raiz que na década de 1880 era famoso nos bordéis e bares do subúrbio da Argentina, onde mulher não podia entrar e muito menos dançar o tango, pois a participação de uma mulher no tango era tida como obscena. O tango era dançado entre dois homens e não necessariamente homossexuais como é o meu caso, e é essa a arte que eu e meu parceiro Marcelo queremos trazer de volta aos palcos, uma tradição que aos poucos foi se perdendo nas linhas do tempo. Ambos as formas de tango são artes, embora o tango masculino esteja adormecido há muitos homens que dançam nas sombras da noite e esse não é o meu caso nem mesmo o de Marcelo. E nossa história de vida e trajetória de muita luta e amor vamos contar para vocês.

Henrique Gusmão

Recebo a notícia sobre a morte dos meus pais em um acidente de ônibus pelos lábios de um policial e grito um grito desesperado de dor, susto, sofrimento:

— Não... Não, meus pais não, isso é mentira não é possível.

— Sentimos muito rapaz, mas essa é a realidade dos fatos.

A policial tenta tocar em meu ombro e eu grito, mas alto:

— Não me toque, eu não acredito nisso meus pais pessoas boas e íntegras.

Choro, lágrimas de desespero caem de meu rosto é inútil tentarem me acalmar eu estou transtornado.

— Vamos Sargento Jones já demos a notícia agora é com a família do jovem cuidar dos trâmites legais.

Observo os policiais deixarem o local e chorando muito fecho a porta. 

Me sento no sofá as lágrimas não param de rolar de meus olhos.

— Como vou criar a Nayara?

Minha irmã tem apenas onze anos e estava na escola quando os policiais trouxeram essa notícia que devastou a minha alma.

Perdido vou à casa de Arlete minha parceira de Tango não sei o que fazer quem sabe ela possa me dar uma luz perante as leis argentinas eu ainda sou de menor e não posso cuidar da minha irmã Nayara, a justiça vai tirar ela de mim.

Penso em tudo isso enquanto ando na rua em direção à casa de minha única amiga Arlete.

Toco a campainha do grande casarão a própria Arlete atende a porta e desesperado eu a abraço chorando.

— Henrique o que está acontecendo? — Por que choras, tenha calma Por favor vamos me acompanhe

Entro com ela para dentro e sinto que estou pisando alto e perdendo a consciência a única coisa que me lembro foi de dizer:

— Não meus pais não.

Não me lembro de mais nada apaguei.

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Comments

🌟OüTıß🌟

🌟OüTıß🌟

WAAAAA,ISSO PARECE TÃO LEGAL,
JAJA VOU IR VER UMA APRESENTAÇÃO DE TANGO MASCULINA DESSE JEITO!
certo,6/05/24 07:40 :)

2024-05-06

0

Paolo Salvatore

Paolo Salvatore

A narrativa é boa prende a gente parece aqueles livros americanos que são traduzidos para o Brasil eu gostei

2023-06-22

2

Jessy Navarro

Jessy Navarro

Cheguei e já gostei. 😜

2023-06-01

1

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