O velório de meus pais foi tranquilo. Muitas pessoas vizinhas a nossa casa compareceram, prestaram as devidas condolências, apesar do terrível acidente mamãe e papai estavam com a face serena, mamãe parecia dormir e papai estava com a face de sonhador, beijei o rosto dos meus paizinhos e prometi para eles cuidar e proteger a Nayara. Choramos eu e a Nayara choramos juntos abraçados e Margarete e Arlete nos protegeram das palavras de vizinhos, explicando que eu e Nayara iriamos morar com elas, assim eu e minha irmãzinha não precisávamos ficar nos explicando para as pessoas conhecidas e amigas.
O advogado de meus pais estava presente e se propôs a ir à casa de Margarete para ler o testamento de meus pais.
Naquele dia eu apoiei Nayara e Nayara me apoiou e prometemos nunca sairmos um do lado do outro.
Velamos meus paizinhos por cerca de uma tarde inteira e seguimos para o cemitério, Margarete cuidou disso e comprou a melhor morada eterna para os meus pais. Após o enterro fomos para casa.
Eu estava baqueado, mas conhecendo os meus pais eles iriam querer me ver feliz então resolvi convidar a Arlete para dançarmos um pouco.
— Tem certeza Henrique? Acabamos de enterrar seus pais.
— Ai bem! Eu tenho eu preciso dançar para extravasar essa tristeza e o tango não se dança sozinho.
Margarete sensitiva entende o meu lado e afirma para a filha:
— Vá querida para a sala de dança e dance um pouco com o Henrique, ele precisa dançar para deixar toda a tristeza sair.
— Está bem Henrique eu vou me trocar então se esse é o seu desejo eu vou te ajudar a realizar.
Arlete vai se arrumar eu já estou de social, uma camisa preta e calça preta para não a dança não ficar muito mórbida eu troco a gravata preta por uma vermelha. Sigo para a sala de dança e espero a Arlete que entra na sala com a minha irmãzinha.
— Henrique posso assistir à dança? Quero me sentir alegre e sei que se ver vocês dançarem eu ficarei mais feliz.
— Oh gatinha! Claro que pode.
Nayara se senta em uma cadeira que está na sala de dança e Arlete liga a mais linda música Argentina.
E dançamos, eu amo dançar o tango, que é uma dança sensual e eu me sinto livre.
O que era para ser apenas uma dança, acabou por ser duas três e assim por diante.
Quando percebemos já era noite terminamos a última dança e eu percebi que a Nayara estava encantada com a nossa dança e eu nunca imaginei que no futuro a minha parceira de dança ia ser a minha irmã Nayara...
§
— Henrique os competidores são bons.
Me fala Marcelo com um ar de preocupado.
— Calma, amor vamos fazer a nossa coreografia e vamos arrasar.
— Henrique você está muito confiante!
— Marcelo o que me torna confiante é você a meu lado amor.
Sorrimos e acompanhamos os outros homens competidores dançando e mostrando os seus desempenhos.
Todos dançam muito bem, mas nenhuma dupla tem o intensamento perfeito como temos eu e o Marcelo.
O mesmo acontecia quando eu dançava com Arlete e depois com a minha irmã Nayara ninguém têm o mesmo brilho no olhar. O brilho de amor pela dança.
Amor pelo tango, o tango argentino.
Marcelo e eu vimos todas as duplas dançarem eu queria dançar mais, mas pelas regras da competição só poderia dançar apenas uma vez.
Então me perdi nas lembranças novamente enquanto Marcelo e eu voltávamos para a nossa casa...
— Arlete eu não acredito gata! Dançamos até escurecer.
— Sim, Henrique eu percebi e notei que a pequena Nayara está encantada com o tango.
Minha irmã estava encantada seus olhinhos estavam brilhando.
— Henrique, Arlete dancem mais uma vez uma última música por favor.
Impossível recusar o pedido de uma criança, mas ela tem aula amanhã e eu quero que ela vá para a escola descansada.
— Benzinho, digo para a minha irmã.
— Só mais uma e vamos jantar para você ir dormir, amanhã você tem aula.
— Prometo que depois dessa última dança eu janto e durmo.
Arlete liga mais uma música argentina e dançamos essa mais sensual que as anteriores, nessa última dança colocamos nossos corações, para agradar a Nayara e aos meus pais onde estiverem.
Dançamos o salão inteiro e finalizei a dança segurando Arlete em cima de minha cabeça com uma das mãos.
Saímos do transe quando escutamos as palmas e os pulos de Nayara.
— Parabéns, Henrique, Nayara vocês arrasaram.
— Mais, mais, mais.
A empolgação de Nayara murcha quando Margarete entra na sala de danças para avisar que o jantar já está servido.
— Mas já mamãe?
— Já! E me emocionei agora pequena.
— Me chamou de mamãe.
— Como não poderia chamar você lutou para cuidar de nós e eu gosto muito de você Margarete — Posso te chamar de mamãe?
— Claro que pode.
Saímos da sala de danças e fomos para a sala de jantar.
Jantamos alegres e eu agradeci há Deus por colocar uma parceira de dança tão boa em minha vida, se não fosse pela Arlete eu e Nayara estaríamos separados hoje.
E pedi também a meus pais que onde estivessem cuidassem de mim e da minha irmã.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Gabi
A história até parece ser boa, mais esta quebra de tempo está muito confusa.
Ahh é a mudança de assunto e mto brusca.
Não consigo entender 3 coisas
1° Como a justiça vai atrás de uma criança que fica órfã sem ao menos ter ocorrido o funeral dos pais?
2° Depois do enterro o filho vai dançar p/ estravazar a tristeza?
3° No mesmo dia do funeral dos seus pais a filha, chama a mulher de Mamãe, pelo fato de ter adotado a criança?
Aonde fica o luto, a tristeza, pela perda dos pais?
Sei que escrever um livro não é fácil, mais qdo se escreve um livro tem q pensar nestas brejas, é tentar a conexão antes de postar, senão confundo o leitor.
deixando claro que estou deixando meu direito de expressão, como leitora.
2023-05-29
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