Capitulo 6

Resolvo deixar a Nayara dormindo no quarto após Arlete me dizer que sua mãe vai cuidar da liberação dos corpos para o velório e o enterro.

— Arlete será que ela deixa eu acompanhá-la?

— Eu preciso passar em casa e pegar algumas roupas par mim e para a Nayara.

— Eu acredito que sim Henrique, me acompanhe minha mãe está na sala.

Acompanho Arlete e deixo a minha irmã dormindo no quarto, tadinha ela passou por muitas coisas e achei melhor deixá-la descansando.

Margarete já estava se preparando para sair quando Arlete a impede.

— Mãe espere! O Henrique quer ir com a senhora.

— Tem certeza querido, pois reconhecimento pode ser traumático.

— Tenho, sim, Margarete e outra eu preciso passar em casa pegar umas coisas para mim e para Nayara.

Margarete pega a ordem do juiz e coloca em sua bolsa.

— Para se caso a vara da infância estiver em frente a sua casa — Vamos passar primeiro lá para pegar as roupas e depois seguimos viagem precisamos liberar os corpos dos seus pais para lhes dar o descanso devido.

— Está bem Margarete vamos então.

— Querida cuide da Nayara eu vou tentar voltar logo — Se ela perguntar pelo Henrique diga que fomos tratar de ajeitar o velório e o enterro de seus pais.

— Está bem mamãe podem sair tranquilos, eu cuido da Nayara, enquanto isso vou dançar um pouco para relaxar.

Margarete joga da porta um beijo para a filha e saímos.

No carro eu pergunto para a Margarete se é mesmo necessário andar com a decisão do juiz em mãos?

— Vai por mim querido noticia ruim vem a cavalo, então melhor nos prevenirmos não é?

De fato Margarete tinha razão, quando chegamos a minha casa não só o juizado estava lá como a secretária que me atendeu mais cedo para que eu retirasse a Nayara da escola mais cedo.

— E agora Margarete o que faremos?

— Tenha calma querido eu tenho a ordem do juiz em mãos.

— Não vamos perder tempo vamos até a sua casa pegar as roupas para você e para a Nayara.

Desembarcamos do carro e fomos para a entrada de minha casa.

A secretária da escola me aborda:

— Henrique fiquei sabendo a algum tempo por que não me disse que seus pais haviam morrido no acidente de ônibus na avenida Nueve de Julio mais cedo?

— Para evitar justamente essa situação constrangedora em que vocês viriam em minha casa para tirar a Nayara de mim.

— Viemos buscá-la Henrique onde ela está?

— Você não tem idade legal para cuidar dela.

Margarete se aproxima da secretaria e da juíza da vara de infância e afirma:

— Ele não tem idade legal, mas eu tenho e vou cuidar deles de agora em diante Margarete tira a petição que o Juiz deferiu e entrega para a Juíza da vara da infância e juventude.

— Vocês não têm o direito legal de levarem a Nayara, ela agora é minha protegida e eu vou cuidar dela de hoje em diante.

A juíza confere a autenticidade do documento e o entrega de volta para Margarete.

— Muito bem, senhora cuide bem deles.

A juíza do menor pega sue carro e com os policiais que foram dar apoio caso Henrique se negasse a entregar a sua irmã.

— Ainda bem que agi rápido, se não fosse pela minha agilidade a Nayara estaria indo com eles nesse exato momento.

Agora que tudo acabou eu quero curtir a minha irmã, dançar com mais afinco, para ter fonte de renda para ajudar a Margarete a cuidar de sua irmã.

Vá querido vá pegar as roupas para você e sua irmã, eu espero aqui.

Entro e pego uma mala para mim e outra para a Nayara coloco algumas roupas.

Deixo a casa em que fui tão feliz com os meus pais.

Coloca as malas no porta malas do carro e seguimos para liberar os corpos dos meus pais, porém passamos antes no cemitério para deixar tudo acertado, Margarete comprou os caixões e tudo mais para que meus pais tivessem um pós-morte tranquilo.

Até roupas novas a Margarete comprou para que a Funerária cuidasse dos corpos dos meus paizinhos.

A funerária nos acompanhou até o local para a liberação dos corpos.

Quando Margarete assinou a liberação a Funerária levou os meus paizinhos para cuidar de todos os trâmites.

Eu e Margarete voltamos para casa.

Quando entrei minha irmãzinha já estava acordada e veio me perguntar:

— Maninho eu tentei arrancar da Arlete a informação mais ela não me disse nada, e pediu que eu esperasse você chegar para dar a notícia.

— Oh, sim, foi a meu pedido Nayara desculpa.

— Pode falar Arlete a notícia que ia me dar há algum tempo.

— Nayara vocês não serão separados a minha mãe conseguiu a tutela definitiva de vocês.

— Quer dizer que...

— Sim Nayara vocês vão morar aqui conosco.

Minha irmã me abraça com força.