Capitulo 8

Volto de minhas lembranças, os últimos competidores dançaram, eu Marcelo nos preparamos para voltarmos para o aconchego de nossa casa.

E nem bem entramos fomos para o salão que tem nos fundos da nossa casa e lá passamos a treinar a coreografia nova que vamos dançar.

Minha vida desde os quinze anos é voltada para o tango para a sensualidade do tango e para o que o tango representa para mim e para as pessoas que assistem hipnotizadas a dança.

E depois mostram que gostaram como uma linda salva de palmas para os dançarinos e para os percursores da música que normalmente é ao vivo.

— Henrique meu amor percebo que está muito animado e sua animação é envolvente e me contagia.

— O tango Marcelo é minha vida é minha realização profissional, com ele proporcionei a minha irmã caçula Nayara, os estudos e passeios.

— Quando o conheci Henrique você e Nayara dançavam juntos e digo com propriedade que vocês são uma ótima e ninguém imaginava serem irmãos.

Dançamos um pouco e eu resolvo continuar contando a história de minha vida para Marcelo que ele só conhece até a parte em que estravarei a minha tristeza por perder os meus pais, momento esse que a minha irmã decide chamar a Margarete de mamãe, e esta eu lembrei enquanto dançava com o Marcelo e após dançar, enquanto via os competidores dançarem até então.

— Marcelo estou disposto a te contar o restante da história de minha vida.

— Maravilha Henrique eu estou disposto a ouvir enquanto preparo algo gostoso para nós comermos.

O acompanho até a cozinha e dou continuidade a história que comecei contar para ele e que nunca terminei, pois encaramos uma rotina de treinos e competições e assim fomos seguindo a nossa vida nesses anos que estamos juntos.

Hoje tenho vinte e oito anos e danço com Marcelo há dois e juntos estamos trazendo de volta o tango argentino para homens uma dança um pouco mais bruta, mas linda de se assistir.

— Marcelo eu começar do ponto onde parei — Você se lembra não é?

— Claro que me lembro Henrique, foi quando você extravasou a tristeza pela morte de seus pais dançando.

— Exato e se comento com alguém que mandei a tristeza embora dançando, me acham maluco da mesma forma que criticam a minha irmã por chamar a Margarete de mãe logo depois que meus pais foram enterrados.

— São pessoas com falta de empatia meu bem, que mal há em extravasar a tristeza dançando, eu matei a tristeza pela morte de minha esposa chapando o globo, e quanto a sua irmã chamar a Margarete de mãe é lindo, pois foi a pessoa que a acolheu não deixando a justiça levá-la de você.

— A falta de entendimento do ser humano é tão grande que às vezes eu penso que falta conhecimento de interpretação e não de texto da vida.

Marcelo me compreende e entende o meu lado e o quanto minha trajetória foi difícil para chegar até aqui.

E sim ele disse morte da esposa vocês compreenderão conforme eu for contando a minha história.

Margarete

— Henrique acho prudente deixar a Nayara em casa essa semana, seus pais acabam de ser enterrados, e pelo regimentos internos das escolas argentinas o aluno que perde o familiar tem direito há pelo menos três dias de luto, se interpretarmos literalmente Nayara tem direito de ficar em casa por seis dias.

Margarete tem razão, mas e quanto a perca de conteúdo? Isso pode prejudicar o rendimento de Nayara na escola.

— Como responsável legal por vocês eu vou, pessoalmente a escola amanhã, não se preocupe Henrique deixa que dessas questões eu cuido.

— Está bem Margarete eu agradeço, o que você acha Nayara de guardar o luto de nossos pais durante essa semana?

Nayara pensa um pouco e acaba concordando.

— Será ótimo maninho assim posso digerir melhor que nunca mais vou vê-los.

— Está bem hermanita eu vou acatar a sua decisão.

— Estamos combinados então amanhã eu vou à escola e resolvo isso — Por hora a Nayara tem que dormir.

— Mamãe aqui em casa tem um quarto de hóspedes ao lado do meu lá tem duas camas e será o quarto perfeito para a Nayara e o Henrique a princípio.

Arlete minha filha tem razão como as coisas acontecem muito rapidamente eles podem ocupar por essa noite, esse quarto, no decorrer dos dias eu cuido para que Nayara tenha seu próprio quarto e sua privacidade.

— Mamãe a senhora me acompanha até o quarto?

— Claro que sim pequena.

Acompanho Nayara até o quarto enquanto Henrique e Arlete conversam na sala de jantar, Nayara é uma menina muito doce e eu vou amar cuidar dela como minha filha e lhe darei todo amor que meu coração pode direcionar para ela e esse amor é imenso.

O fato da pequena me chamar de mamãe é porque ela tem a sensibilidade para compreender que o que fiz foi por amor e para não separará-la do irmão a quem ela ama muito.

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