Arlete Olivier
Alguém toca a campainha de minha casa e eu mesma atendo Henrique me abraça chorando e eu sem entender pergunto o que aconteceu.
Sem resposta o convido para entrar ele me acompanha pisando alto e aéreo de repente ele apenas fala:
— Não meus pais não.
Ele apaga em meus braços e eu grito a minha mãe para vir me ajudar.
Assustada pelo meu grito minha mãe vem correndo assustada:
— Arlete minha filha o que aconteceu?
— Mãe me ajude aqui o Henrique é pesado.
Minha mãe me ajuda a deitar o Henrique no sofá.
Sem entender minha mãe pergunta o que o meu parceiro de dança está fazendo ali? Observando seu rosto percebemos que ele havia chorando muito, seus olhos estão inchados.
— Nem eu sei mãe ele chegou aqui chorando eu o convidei para entrar e ele desmaiou em meus braços.
— Fique com ele Arlete eu vou buscar um algodão embebecido em álcool para que ele acorde.
Fico com Henrique e me pergunto o que aconteceu para ele chegar aqui em casa tão transtornado.
Minha mãe retorna com o algodão e o álcool, molha um pedaço e passa a uns centímetros do nariz de Henrique para que ele cheire e acorde.
A manobra da certo e meu amigo acorda se senta e começa a chorar novamente só que dessa vez ele murmura:
— É mentira senhor, meus pais não, isso só pode ser brincadeira de muito mal gosto.
— Henrique o que aconteceu com seus pais?
— Estão mortos, eu soube agora dois polícias foram em minha casa para comunicar.
— Como assim mortos? Eu não entendo.
— Em um acidente de ônibus.
Olho para minha mãe que está assustada e peço para que ela ligue a televisão.
Apressadamente minha mãe liga a televisão e em todos os canais notícia de um capotamento de ônibus na avenida Nueve de Juli a princípio devido a falhas nos amortecedores, trinta pessoas estavam gravemente feridas e foram levadas para hospitais outras doze morreram e infelizmente os pais de Henrique estavam entre esses doze mortos.
— Henrique meu Deus como ficará você e sua irmã Nayara?
— Mãe temos que ajudar pelas leis argentinas o Henrique só será considerado responsável legal aos vinte e um anos.
— Calma filha não vamos desampará-los — Henrique onde está a sua irmã agora?
— Na escola essa notícia será um choque para ela que é muito apegada aos meus pais a meu pai principalmente.
A situação é muito complicada como dar a notícia da morte dos pais há uma criança de onze anos?
— Henrique quem normalmente busca sua irmã na escola, em caso de saída antecipada?
— Eu mesmo.
— Precisamos ir buscá-la de imediato não é seguro ela permanecer lá, as autoridades podem querer ir buscá-la se souberem que seus pais morreram no acidente da avenida Nueve de Julio.
Minha mãe tem razão aqui as leis são rígidas.
— Filha enquanto eu e o Henrique buscamos a Nayara na escola entre em contato com meu advogado para ele agilizar a tutoria legal dos dois diga para ele comparecer em nossa casa ainda hoje e com urgência.
Ligo para o advogado enquanto a minha mãe e Henrique buscam a Nayara na escola, peço para o Dr Juan Manuel vir em nossa casa com urgência que era um caso de vida ou morte.
— Arlete querida por favor explique como assim caso de vida ou morte?
— Por favor Dr Juan, esse assunto não da para ser tratado pelo telefone e só estou ligando a pedido de minha mãe.
— Está bem-querida eu estou indo para aí.
— Obrigada Dr eu aguardo.
Espero que o Henrique consiga retirar a sua irmã na escola, pobre Nayara que notícia triste para ser dada para uma menininha de onze anos, mas eles têm que ser fortes.
Henrique
A caminho da escola eu tento entender o que está acontecendo, meus pais saíram a trabalho, estava tudo perfeito um dia normal de repente acontece essa fatalidade.
— Querido por favor seja forte e não chore, os seus olhos estão desinchando é importante que você não demonstre desespero e aja com naturalidade ao retirar a sua irmã, se eles desconfiarem eles além de não deixarem você retirar a menina podem chamar a polícia, ai tudo estará perdido
Por mais que eu esteja desesperado e com meu coração sangrando tenho que demonstrar uma calma que eu não sinto, a minha vontade é sair correndo pela rua gritando, mas para ter a minha irmã Nayara a meu lado eu preciso manter a sanidade e recuperar a calma que perdi quando os policiais trouxeram a notícia.
— Como vamos dar a notícia para a minha irmã Margarete?
— Querido precisamos pegar ela na escola primeiro depois vemos como vamos dar a notícia para ela.
Essa vai ser a notícia mais difícil que irei dar a minha irmã.
Mas ainda bem que teremos a Margarete e a Arlete para nos apoiar.
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Jessy Navarro
Que dó, coitados.
2023-06-01
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