Capítulo 4

Marcelo e eu estamos nos bastidores.

E eu estou maravilhado em poder competir no festival ao lado do único homem que aceitou dançar comigo.

— Estou realizado Henrique por dançar o tango masculino com você, que é o meu melhor amigo e meu amante, e eu acredito que vamos vencer.

Não gosto que Marcelo se refira a mim como amante, pois o que rola entre nós é mais que um simples caso de uma noite então o repreendo.

— Marcelo não gosto que se referia a mim como seu amante, somos namorados e eu te amo muito.

— Henrique não fique bravo comigo, eu também amo você Henrique e a dança me levantou de uma depressão que achei que fosse acabar com a minha vida.

Não resisto puxo o Marcelo para mim e beijo seus lábios um beijo íntimo mais não tão ardente.

— Henrique o que você prefere:

— Ir para casa, já que dançamos e temos que aguardar ver se fomos classificados ou ficar e ver os outros competidores dançar.

— Marcelo eu prefiro assistir aos outros competidores assim podemos elaborar a nossa próxima coreografia.

— Está bem eu concordo vamos encontrar lugares para nos sentarmos.

Entramos no salão e buscamos lugares para nos sentarmos, ao encontrarmos os lugares sentamos e assistimos aos outros competidores.

Enquanto outros homens dançavam eu me perdi nas lembranças...

Arlete

Deixei Henrique no quarto ao lado de sua irmã, quanta dor meus amigos passam perder os pais assim de uma maneira tão trágica. Escuto alguém tocar a campainha.

"O Dr Juan Manuel chegou"

Eu mesma abro a porta para o advogado.

— Dr Juan Manuel que bom que veio.

— Pequena o que aconteceu? Você estava muito angustiada ao telefone.

— Entre por favor Dr Juan, minha mãe está lhe aguardando na sala me acompanhe lá minha mãe explica o que aconteceu.

Dr Juan Me acompanha e entramos na sala.

Quando minha mãe vê o Dr Juan ela se levanta para o cumprimentar.

— Dr Juan que bom que veio.

— Vocês têm que me falar o que está acontecendo a Arlete estava muito angustiada ao telefone.

— Por favor Dr Juan entre e sente-se vou explicar o que está acontecendo.

Minha mãe conta sobre Henrique e de sua irmã pequena que estão com medo de serem separados, devido aos pais terem falecido no acidente de ônibus que aconteceu na Avenida Nueve de Julio, mais cedo.

— Entendo você diz que o rapaz tem dezoito anos, certo?

— Exatamente Dr Juan, ele está desesperado.

— Ele sabe que a justiça irá recolher a menor, aqui na Argentina a maioridade é de vinte e um anos, ele não pode cuidar da irmã mesmo que queira.

— Eu sei disso Dr tanto que eu e Henrique buscamos a irmã dele mais cedo na escola com medo de que a vara da infância fosse buscar a meninas na escola.

O advogado entende na entre linhas o que a sua amiga de longa data pretende.

— Margarete entendi o que pretende você quer se tornar a responsável legal pela Nayara já que o Henrique tem dezoito anos e pode seguir a vida.

Minha mãe briga com o advogado como ele pôde dizer certa besteira, percebendo que os ânimos iam esquentar eu intercedo:

— Dr minha mãe vai amparar os dois e cuidará de todos os trâmites para velar e enterrar os pais de meu amigo.

— Entendo eu posso redigir uma procuração provisória para que ela tenha a tutela da menina, e entro com um processo para ela ganhar a tutela definitiva de Nayara.

— Isso mesmo Dr ainda dá tempo de ser hoje mesmo, tenho receio que o juizado venha em minha casa levar a Nayara e isso eu não vou permitir.

— Irei presa mais não permito.

Dr Juan Manuel olha no relógio e diz:

— Dá tempo eu redijo a procuração levo no cartório reconheço a firma de sua assinatura e peço para o juiz analisar em caráter de urgência.

— Posso usar o seu computador?

A pedido de minha mãe eu preparo o computador para o Dr que em menos de uma hora entregou a procuração para minha mãe assinar.

— Está assinada mais eu vou com você, não vou permitir eles levarem a menina de minha casa, esses dois já sofreram demais com a morte de seus pais, depois eu cuido da liberação dos corpos.

Dr Juan não teve como argumentar e minha mãe o acompanhou.

Duas horas depois ela retornou com a procuração definitiva assinada.

— Mãe como a senhora conseguiu?

— Filha dinheiro compra tudo e eu sou uma socialite e empresária de muita influência aqui em Buenos Aires. O juiz da vara da infância não só bateu o martelo como disse que não ia permitir que ninguém pleiteasse a guarda da menina, a tutela é irrevogável.

Emocionada abraço a minha mãe e corro para dar a notícia para Henrique e Nayara.

Uma boa notícia em meio a tanta tragédia.

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