Capítulo 13

Depois de eu subir para o quarto correndo, fui alcançada por Montanari, que me agarrou com brusquidão e me encostou na parede.

— Porque Diabos você falou essas coisas, na frente dos meus irmãos? E ainda se atreve a mencionar, que dormiu completamente sem calcinha, suas brincadeiras foram bem ousadas.

— Não falei nada demais, só disse a verdade. — falei sentindo seu olhar me queimar.

— Vem aqui. — Montanari me puxa pra dentro do meu quarto, fecha a porta com o pé. Ainda me segurando pelo braço, ele senta - se na cama, e me coloca em sua perna, levantando meu vestido. — Nossa, que bundinha mais bonita você tem, esposinha. — disse.

— O que vai fazer Ethan? — pergunto com um pouco de medo.

— Vou te dar algumas palmadas, pra você aprender a se comportar minha Ragazza. — disse me metendo vários tapas na bunda. Quanto mais eu pedia pra ele parar, mas ele me batia. Aposto que minha linda bundinha ficou bem marcada com suas mãos.

E talvez eu não consiga mais me sentar.

Depois de longos tapas, Ethan me soltou, e me encarou por segundos, eu estava com tanto ódio dele, que me dava vontade de voar em seu pescoço.

— Não me olhe dessa forma Elisa, você pediu por isso. Quero que se troque, e vista um vestido apropriado para uma festa. Te pego mais tarde. — disse saindo.

Quando Montanari saiu, eu joguei o travesseiro na porta, queria tanto que pegasse nele. Mas vaso ruim, não é atingido.

Cretino !

A noite chegou, eu nem sequer sabia o que havia acontecido do lado de fora, porque não sai do quarto. Eu tomei um banho bem demorado, e depois caminhei para o closet, atrás de um vestido, apropriado para a noite.

Montanari, não me disse do que se tratava a festa, mas tenho certeza, que é uma daquelas, que os baba ovos fazem, para baba o ovo do Don. fazem uma pequena reunião na festa, e isso é chato pra caramba. Porém o importante é eu me divertir!!!

Me arrumei, vesti um vestido branco, bem curto e um salto preto. Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo, passei uma maquiagem leve. E pronto! Tá tudo ok !

Peguei minha bolsinha de mão, dei uma última olhada no espelho, e observando meu reflexo falei comigo mesmo :

"Vamos lá Elisa, vamos matar o cretino do diabo do coração". Se não for de desejo, é de raiva.

Sai do meu quarto fechando a porta, e fui caminhando a passos largos até a escada, onde vejo Montanari novamente a ponto de furar o chão. Eu revirei os olhos, e mostro um sorriso diabólico.

— Calma meu esposo, dessa forma vai furar o chão. — falei parando diante dele. Olhei por cima de seu ombro, dois de seus seguranças estavam parados atrás.

— Que roupa é essa Elisa? — me perguntou rangendo os dentes.

— Roupa? — fingi não entender. — Ah ! essa que estou vestida? — perguntei com maior cara de pau. — Bom, essa roupa é um vestido caro que você comprou pra mim, não lembra?

— Quero que suba imediatamente, e troque esse vestido. — ele me encarou.

— Quando você me conheceu Ethan, você sabia que eu gostava de andar com esse tipo de roupa, e isso nunca te importou. — Eu o desafiei. — por tanto, eu não vou tirar esse vestido.

— Nem fodendo, você vai com essa merda de roupa, está parecendo uma püta. — disse com olhos cheios de ódio.

Eu dei um passo à frente, e dei uma voltinha na frente dos seguranças.

— Me digam meninos, essa roupa não está ótima? — perguntei provocando a ira do diabo. Mas os medrosos não dizem nada, apenas abaixaram a cabeça, quando Ethan olha para eles.

— Está testando minha paciência Elisa Montanari? sobe agora mesmo, e troque essa roupa. caso contrário, eu vou rasgá - la em dois pedaços, e te farei ir com ela dessa forma, não brinca comigo.

— Você é um canalha. — Vociferei subindo pro quarto, tirei o vestido jogando em um canto qualquer, e peguei outro, provocativo mas recatado.

Desci novamente até Ethan, e ele me olhou. sua expressão de raiva deu lugar a uma expressão mais contente. Nem se quer eu parei pra falar com ele, simplesmente passei direto, abri a porta do carro e entrei, logo ele também entrou e sentou - se ao meu lado.

— Acho que já está mais do que na hora, de agir como uma mulher, uma mulher casada, e você não está casada com qualquer homem. Está casada com um Don. — Disse sem me olhar.

Horas depois, chegamos na festa, e como de costume em todas as festas envolvendo máfias, entramos, cumprimentamos todos. Eu não sei como, mas eu consegui, falar com todos com um sorriso no rosto. fui obrigada a falar com todas as mulheres dos amigos de meu marido infeliz, ele fazia questão de que eu esticasse meus lábios, e andasse mostrando o dente pra todos, pra dizer, que somos muito feliz. Eu já nem sentia mas meus lábios pareciam está dormente.

Uma música começou a tocar no grande salão, sem aviso, o bocó do Montanari me guia até o meio do salão, e começamos a dançar. Me coloquei mais longe o possível de seu corpo, mas não adiantou, porque ele me puxou com força, me fazendo ficar colado a ele, tão colado, que nem uma praga, passava no meio, e assim começamos a dançar juntos. Eu pisei no seu pé de propósito, e ele me encara.

— Está pisando no meu pé. — disse entre dentes.

— Eu sei. — falei sem olhá - lo. — por isso eu estava distante de seu corpo, mas você quis assim, aguenta.

— Não posso deixar, que esmague meus dedos com seus saltos.

— E o que sugere ?

— Que aprenda a dançar.

— Então me ensine. — provoquei, sentindo ele me rodopiar, e voltar a me agarrar novamente.

— Queria te ensinar a dançar de outra forma. — disse apertando minha cintura com as mãos fortes.

— Você não tem jeito. pau que nasce torto, morre torto.

— O Meu não é torto não, é reto e sadio. — ele sorri.

— Não tou falando do seu membro, tou falando de... — parei de falar. — Ah deixa pra lá.

Ficamos mais algumas horas dançando, e depois bebemos um pouco. Montanari subiu pra área vip com alguns mafiosos que estavam na festa, e logo em seguida, via aquela descarada amante dele subir para lá.

Mulherzinha descarada.

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