Assim que cheguei na mansão, subi para o meu quarto, livrei-me da roupa que vestia e coloquei a sandália no canto do quarto. Peguei minha camisola de seda no closet e coloquei sobre a cama. Após isso, caminhei até o box, tomei um banho demorado, lavei os cabelos, escovei os dentes e retornei para o quarto logo depois. Me enxuguei e me vesti.
Deitei sobre minha cama king size, peguei no sono e adormeci. No entanto, tenho sempre o hábito de acordar pela madrugada. Levantei-me e fui tomar um copo de água, pois senti a garganta seca.
Saí do quarto; o corredor estava um pouco escuro, mas mesmo assim passei e fui em direção à cozinha. Estendi a mão para acender a luz e tomei um susto ao ver Ethan sentado sobre a cadeira da cozinha, na penumbra. Mas para mim não é novidade; o diabo sempre gosta de estar no escuro.
— O que faz acordada a essa hora? — perguntou, encarando-me.
— Quase me matou de susto. — levei as mãos até o coração.
— Não assusto ninguém, mas mato muita gente quando ousam me afrontar, como fez hoje no restaurante. — ele travou o maxilar.
Ethan levantou-se do lugar, parando diante de mim, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça social.
— Vou tomar água, com licença. — tentei passar por ele, mas suas mãos me agarraram pelo pescoço novamente, batendo minhas costas na parede. — Me deixe em paz, Ethan. — reclamei com dificuldade de respirar.
— Isso está fora de cogitação, baby. — disse cheirando todo meu pescoço.
— Vá para o inferno. — falei, e ele apertou ainda mais o local, mas depois me soltou.
— Não estou gostando da forma como está se comportando, esposa. — falou. — Eu espero que isso não se repita mais. — disse, saindo da cozinha para outra área que desconheço.
Tomei minha água e retornei para meu quarto, de onde não deveria ter saído.
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Acordei com uma leve dor de cabeça; não consegui dormir muito bem, pois Ethan ficou me incomodando praticamente a noite toda. Virei-me na cama, procurando um jeito de dormir mais um pouco, mas era impossível. Livrei-me dos lençóis que me cobriam e, devagar, fui levantando e caminhei até o box para tomar um banho.
Enchi a banheira com sais minerais e entrei dentro, relaxando um pouco. Após sair do banho, eu me sentia bem melhor; meu corpo estava relaxado, a água levou toda a tensão e o cansaço que eu sentia. Quando eu vivia sozinha, eu vivia muito bem, mas agora com esse encosto em minha vida, chamado Don Montanari, eu sinto um peso no corpo. Qualquer dia desses, vou dar a ideia de ele ir a um pajé, para tirar tudo quanto é ruim do corpo dele; está sobrecarregado de espíritos ruins.
Abri a porta do closet, e meus olhos contemplavam várias roupas de modelos diferentes, calçados, bolsas, botas e muitas outras coisas. Corri como uma criança pelo espaço e escolhi uma peça para vestir; era bem difícil escolher, porque cada uma era mais bonita que a outra.
Voltei para o quarto, vestida com um vestido cor bege, com decote em V nas costas, e imediatamente senti o cheiro do perfume masculino de Ethan, impregnado no quarto. Isso me leva a crer que ele esteve aqui e saiu, pois não tem ninguém no quarto. Fui até o banheiro me certificar que ele não estava.
Desço para a cozinha e vou em direção às risadas altas. Meus olhos param primeiro em Ethan; ao seu lado estava sua irmã e um homem que nunca tinha visto em toda a minha existência complicada.
— Bom dia, cunhadinha. — a mulher veio até mim e me abraçou, deixando um beijo em minha bochecha.
— Bom dia. — cumprimentei, sentando-me em uma das cadeiras de frente para Ethan, que parecia querer me engolir com os olhos.
A irmã de Ethan, chamada Élida, é mil vezes diferente dele. Ela não mora aqui na mansão, é casada e mora em outra cidade próxima daqui; é bem difícil vê-la por esses lados. Parece que Ethan a mantém escondida.
— Querida, este é Enrico, meu irmão, está de passagem. — Ethan me apresenta.
E que homem bonito é esse? Parece que a mãe deles não tinha um útero, e sim uma máquina da beleza.
— É um prazer, Enrico. — ele se levanta e eu também; ele aperta minha mão e deixa um beijo na costa da mesma.
— O prazer é todo meu, minha linda; você é uma graça. — falou; eu engoli seco, pensando que Ethan a qualquer momento poderia sacar a arma e matar o próprio irmão, porque o olhar que ele nos lançou não era dos melhores. Se Ethan tivesse o poder de matar só com o olhar, já teria matado.
— Obrigada pelo elogio, cunhado. — falei provocando.
— Dormiu bem, minha bela? — perguntou Ethan com ironia, limpando a garganta. Mas eu sei que ele estava morrendo de ódio por dentro, querendo agarrar pelos meus cabelos e me arrastar até o quarto.
— Claro, esposo, dormi muito bem. — falei entrando no jogo dele. — Acredita que eu dormi sem calcinha? Estava com tanto calor, você não sentiu calor ontem, esposo?
Meus cunhados nos olharam com olhares estreitos, e Ethan estava vermelho de ódio, estava perto de explodir.
— Vocês não dormem juntos? — Élida perguntou.
— Bom... — Eu ia falar, mas Ethan me impediu.
— Sim, minha maninha, a gente dorme juntos. — Ethan tomou a frente e falou. — A questão é que ontem trabalhei tanto, e cheguei tarde, e não quis atrapalhar minha esposa, que dormia feito um anjo. — travou o maxilar, e eu me aguentei para não rir.
— Claro, irmão, ocupado como sempre, sei muito bem como é. — Disse Enrico.
Ficamos conversando por mais algumas horas ali; eu conheci Elida melhor, e depois eles se despediram e foram embora, me deixando na companhia de Ethan.
— Vem cá, Elisa. — disse se levantando, e eu já sabia no que tudo isso iria dar; subi para o quarto correndo.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Fatima Frade
autora eu estou amando o comportamento de ela e fenomenal .. fantástico parabéns excelente livro
2023-07-16
23
Marlene Almeida
história maravilhosa autora parabéns ela sofre muito mais não abaixa a cabeça kkkkkkk estou amando
2023-11-01
1
Candy Candinha
parabéns escritora.. esse livro está sendo fenomenal
2023-10-27
1